11/08/2007
Estejam eles presentes ou ausentes, bem como seus filhos. Pai é um estado de espírito...
Dizem que o primeiro a comemorar o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, que, na Babilônia, há mais de 4.000 anos, teria esculpido uma espécie de "cartão", só que esculpido em argila, para seu pai, desejando-lhe sorte, saúde e vida longa.
Mas, foi somente a partir de 1910, que aconteceu a instituição de uma data especial para comemorar esse dia, todos os anos.
À semelhança do que ocorreu com a criação do Dia das Mães, uma norte-americana chamada Sonora Louise Smart Dodd resolveu, já depois de adulta, quando olhou para seu passado e percebeu a força e a generosidade de seu próprio pai, criar um dia especial para homenageá-lo e, porque não, a todos os outros pais. O pai de Dodd, William Smart, fora um veterano da guerra civil norte-americana que ficou viúvo quando sua esposa tive seu sexto bebê. William, então, acabou criando os seis filhos, sozinho, em uma fazenda no Estado de Washington.
Dessa forma, o primeiro Dia dos Pais foi comemorado em 19 de junho de 1910, em Spokane, Washington. A rosa vermelha foi a flor escolhida como símbolo oficial do evento que deveria ser oferecida aos pais que fossem vivos. Aqueles que já fossem falecidos deveriam ser homenageados com rosas brancas. Pouco a pouco, a comemoração espalhou-se por outras cidades americanas, até que, em 1972, o presidente amaericano Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais.
Os brasileiros ganharam um dia especial, a partir de 1953, depois de uma iniciativa tomada pelo jornal O Globo, do Rio de Janeiro, que se propôs a incentivar a celebração em família, baseado-se nos sentimentos e costumes cristãos. Primeiramente, o dia 16 de agosto,dia de São Joaquim, foi instituído como a data oficial do Dia dos Pais. Mas, acontece que, como o domingo era mais apropriado para que as famílias pudessem se reunir, a data da comemoração acabou sendo tranferida para o segundo domingo de agosto.
Em São Paulo, a data foi formalmente comemorada pela primeira vez, em 1955, em evento promovido pelo grupo Emissoras Unidas, que reunia o jornal Folha de S. Paulo, a TV Record e pelas rádios Pan-americana e São Paulo. No antigo auditório da TV Record, o grupo organizou um grande show, no qual foram premiados, como o pai mais novo, Natanael Domingos, de apenas 16 anos; o pai mais velho do mundo, Silvio Ferrari, de 96 anos; e Inácio da Silva Costa, de 67 anos, como o campeão em número de filhos - ele tinha de 31 deles.
Na ocasião, as gravadoras lançaram quatro discos (LP's de vinil) em homenagem aos pais. A música de maior sucesso foi "É Sempre Papai", um baião composto por Miguel Gustavo e interpretado por Jorge Veiga. Assim como aconteceu nos EUA, o Dia dos Pais acabou contagiando todo o território brasileiro e até hoje é comemorado.
Muitos países têm datas especiais para homenagear os pais, que, nas várias culturas espalhadas por nosso planeta, desempenham seus papéis com diferentes peculiaridades. Aqui mesmo no Brasil, em algumas tribos indígenas, é costume, por exemplo, o pai manter resguardo no lugar da mãe que deu à luz. É isso mesmo: são cerca de dois meses de descanso, com alimentação leve e abstenção de sexo, porque, como nessas culturas acredita-se que o bebê só cresça e se fortaleça no útero materno por causa das constantes "visitas" do futuro pai à sua mulher, ele precisa, então, de muito repouso para recuperar as energias. É também para o novo papai que são destinados os presentes dados pelos membros da família.
Muitos países têm datas especiais para homenagear os pais, que, nas várias culturas espalhadas por nosso planeta, desempenham seus papéis com diferentes peculiaridades. Aqui mesmo no Brasil, em algumas tribos indígenas, é costume, por exemplo, o pai manter resguardo no lugar da mãe que deu à luz. É isso mesmo: são cerca de dois meses de descanso, com alimentação leve e abstenção de sexo, porque, como nessas culturas acredita-se que o bebê só cresça e se fortaleça no útero materno por causa das constantes "visitas" do futuro pai à sua mulher, ele precisa, então, de muito repouso para recuperar as energias. É também para o novo papai que são destinados os presentes dados pelos membros da família.
Na cultura judaica tradicional, na qual os pais recebem todo o respeito e obediência dos filhos,o pai é o responsável pela educação religiosa, principalmente a dos meninos, que, a partir dos 7 anos, já começam a aprender os rituais religiosos. Com 13 anos, o pai os leva à sinagoga, onde, depois da cerimônia conhecida como Bar-Mitzva, tornam-se membros efetivos e participantes da comunidade.
Entre os ciganos, cabe ao pai a decisão final sobre qualquer atitude dos filhos e é ele quem supervisiona a educação que a mãe dá às crianças. Assim como também é ele quem se encarrega de ensinar aos meninos as técnicas de comércio, tradição milenar do povo cigano. Numa cultura que valoriza a tradição oral, o pai tem o dever de passar para seus filhos os conhecimentos das gerações passadas, como tocar instrumentos musicais (acordeão, violão e violino), fazer artesanato de cobre e falar o romanês - língua do povo cigano. Também é o pai quem decide sobre o casamento dos filhos. Os pais da noiva e do noivo reúnem-se para definir o dote a ser pago pela família do futuro marido. O poder do pai sobre os filhos só acaba se o casamento desfeito - situação na qual o pai precisa deixar de ver o(a) filho(a) pelos próximos dez anos.
E, finalmente, aos pais de todos os brasileiros:
M Ã O S
Por Anchieta Mendes
Mãos que abençoam, que apedrejam e aplaudem
Mãos que dão adeus, que rezam e dão “palmadas”
Mãos que empurram, que seguram, que asfixiam,
Que estrangulam, que beliscam e apunhalam,
Mãos que colhem flores e plantam mortes,
Mãos que servem de alfabeto ao triste mudo,
Que unidas, elevadas ao céu, chegam a Deus.
Mãos-dadas em gesto de solidariedade.
Mãos que carregam pesos e crianças,
Mãos que apontam os pontos cardeais
Que empunham o punhal e o crucifixo,
Mãos que fazem o sinal da fé com a hóstia
Que elevam o cálice com o vinho santo.
Mãos que conduzem as mãos dos filhos
E transmitem calor, energia e segurança.
Mãos que seguram o rosário das promessas,
Que colocam a comida na boca das crianças,
Mãos benditas que balançam ao ninar,
Mãos que neste linguajar, estendo,
E com elas abraço o irmão e o injustiçado.
Mãos trêmulas pela idade ou a emoção,
Que levam a bengala do ancião ou do doente,
Mãos benditas no amor ou amaldiçoadas no pecado.
Que sangram, que se lavam, uma a outra,
Na trivial manifestação da vida.
M Ã O S
Por Anchieta Mendes
Mãos que abençoam, que apedrejam e aplaudem
Mãos que dão adeus, que rezam e dão “palmadas”
Mãos que empurram, que seguram, que asfixiam,
Que estrangulam, que beliscam e apunhalam,
Mãos que colhem flores e plantam mortes,
Mãos que servem de alfabeto ao triste mudo,
Que unidas, elevadas ao céu, chegam a Deus.
Mãos-dadas em gesto de solidariedade.
Mãos que carregam pesos e crianças,
Mãos que apontam os pontos cardeais
Que empunham o punhal e o crucifixo,
Mãos que fazem o sinal da fé com a hóstia
Que elevam o cálice com o vinho santo.
Mãos que conduzem as mãos dos filhos
E transmitem calor, energia e segurança.
Mãos que seguram o rosário das promessas,
Que colocam a comida na boca das crianças,
Mãos benditas que balançam ao ninar,
Mãos que neste linguajar, estendo,
E com elas abraço o irmão e o injustiçado.
Mãos trêmulas pela idade ou a emoção,
Que levam a bengala do ancião ou do doente,
Mãos benditas no amor ou amaldiçoadas no pecado.
Que sangram, que se lavam, uma a outra,
Na trivial manifestação da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário