sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

CARO SARGENTO DESCONHECIDO, VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ

SARGENTO DESCONHECIDO - REAJUSTE DOS MILITARES


Comentário postado no site www.averdadesufocada.com
28-02-2008

(Pedindo desculpas, mas por respeito ao sargento, corrigi os poucos erros de Português. Simplesmente porque a mim não me custa fazê-lo – coisa que já não faço mais ao reproduzir as palavras do senhor presidente da coisa que ele e seu partido transformaram em brasil – Rebecca Santoro)

HOJE ACORDEI COMO DE COSTUME E, AO LER MEU JORNAL MATINAL, ME DEPAREI COM A NOTICIA DO REAJUSTE DOS NOSSOS SOLDOS. NÃO CONSEGUI ME CONTER. LÁ ESTAVA MINHA ESPOSA, COM SEU OLHAR DE CANSAÇO E DESÂNIMO, E MEUS DOIS FILHOS SENTADOS À MESA, ESPERANDO PELO CAFÉ E COM ESPERANÇA, NOS SEUS OLHOS INOCENTES, DE QUE EM BREVE AS COISAS VÃO MELHORAR..

DE REPENTE, TIVE UMA CRISE DE CHORO AO SABER QUE JAMAIS PODEREI DAR DIGNIDADE À MINHA FAMÍLIA, EM UM PAÍS TÃO INJUSTO COM OS MILITARES. NÃO CONSEGUIA FALAR E TENTAVA ENXUGAR AS LÁGRIMAS QUE ERAM MUITAS PARA QUE MINHA FAMÍLIA NÃO PRESENCIASSE A MINHA DERROTA. ALGUÉM QUE SEMPRE DEMONSTROU MUITA FIRMEZA NOS PASSOS, NOS ATOS E NA EDUCAÇÃO DA FAMÍLIA, AGORA, ENCONTRAVA-SE DE JOELHOS, REFÉM DE MEDÍOCRES CÁLCULOS PUBLICADOS NAQUELE JORNAL.

FUI AO MEU QUARTO, ABRI MEU ARMÁRIO, OLHEI PARA MINHA FARDA E PENSEI... NÃO TENHO MAIS ÂNIMO DE VESTI-LA, NÃO TENHO MAIS FORÇA PARA ENGOMÁ-LA, NÃO CONSIGO MAIS LUSTRAR O BRONZE DE MINHA FARDA, NEM LUSTRAR MINHAS BOTINAS, APENAS ME RESTA O INSTINTO...

O QUE FIZERAM CONOSCO? FOMOS SUBJUGADOS A MEROS CONSTRUTORES DE PONTES, TAPADORES DE BURACOS, APLICADORES DE VACINA, SEGURANÇAS DE FAVELA, ENTRE OUTRAS ATIVIDADES IMPOSTAS À TROPA SEM O DEVIDO RESPEITO QUE MERECEMOS. ACHAM QUE NÃO TRABALHAMOS, QUE SOMOS PARASITAS DA NAÇÃO E POR ISSO NOS PENALIZAM COM ESTA POLÍTICA AVILTADADORA DOS NOSSOS SOLDOS.

ESTAREI PRESENTE NA MINHA UNIDADE, POR INSTINTO, MAS NÃO MAIS PELO BRILHO DE MINHA FARDA, PRONTO PARA UMA REAÇÃO QUANDO ELA FOR NECESSÁRIA E FOR SOLICITADA, MAS JAMAIS PELO ORGULHO DE SER UM PROTETOR DE MINHA PÁTRIA. É MUITA HUMILHAÇÃO PARA UM SOLDADO PASSAR POR TUDO ISSO, E AINDA EM SILÊNCIO, SENDO DESMORALIZADO PELOS GOVERNOS DEMOCRATAS, POR PURO REVANCHISMO, OU ÓDIO DA INSTITUIÇÃO, PENALIZANDO ASSIM MILITARES QUE APENAS QUEREM E DEVEM CUMPRIR O SEU DEVER.

IREI DEVOLVER A MINHA ARMA, NÃO QUERO ESTAR SUJEITO AO COVARDE SUICÍDIO, E MEU SUOR E MEU SANGUE AGORA SERÁ PELA NAÇÃO, SE ASSIM FOR CONVOCADO, MAS NÃO SERÁ MAIS PELA INSTITUIÇÃO QUE NESTE MOMENTO NÃO ESTÁ SABENDO NOS RESPEITAR.

EU AINDA SOU UM BRAVO DE ALMA, CAPAZ DE DAR MINHA PRÓPRIA VIDA AO MEU POVO E AO MEU PAÍS, MAS NÃO MAIS PELA CASERNA, ATÉ QUE MEU RESPEITO E MINHA AUTO ESTIMA SEJAM RESGATADOS PELA INSTITUIÇÃO.

AOS REVANCHISTAS, ESPERO UM DIA SER CONVOCADO PELA NAÇÃO A TER QUE ENFRENTÁ-LOS NOVAMENTE E PROVAR QUE OS SENHORES APENAS DESTRUÍRAM A INSTITUIÇÃO E NÃO OS NOSSOS CORAÇÕES DE SOLDADOS.

PEÇO AOS MEUS IRMÃOS COMPANHEIROS QUE DIVULGUEM MEU DESABAFO POR TODA A REDE.

Recado (resumido de muitos recados) ao respeitoso Sargento:

1) Caro Sargento, quem tem as armas não pode aceitar derrota como a que se lhes é imposta sem reagir. Mesmo por que, não são somente os militares que sofrem com o desgoverno deste país. Muitos brasileiros clamam em suas preces que o senhor e seus soldados tenham a coragem de sair às ruas para devolver o Brasil aos brasileiros e à democracia que tanto sempre sonhamos, tirando os atuais comunistas do poder.
2) Caro Sargento, o senhor não teria motivos para ter vergonha de sua farda se, junto com seus colegas, defendesse o país e o seu povo – ou o senhor não concorda que estamos TODOS abandonados e prisioneiros e um bando de lobos?
3) Caro Sargento, o que o senhor e sua Instituição passam não é por revanchismo não. Revanchismo é só um pretexto, uma cortina de fumaça, para encobrir a intenção transnacional de transformar todas as Forças Armadas dos países em tropas policialescas e especializadas, todas unificadas (porém jamais unidas), no nosso caso, nas forças armadas da américa-latina (tudo em nome do que muitos generais, almirantes e brigadeiros chamam de unificação latino-americana para – pensam eles erradamente – lutar contra o imperialismo norte-americano, esquecendo-se, é claro, do imperialismo chinês, muçulmano e transnacionalista.
4) Caro Sargento, não devolva sua arma. Ninguém deve se matar, é claro. Mas, se for para morrer, ainda que pareça suicídio, morra lutando, com sua pequena arma, e ainda que sozinho, tentando mostrar ao mundo que morreu como um soldado, lutando para libertar o seu país das garras comunistas e para honrar seu juramento de dar a vida pela Pátria.
5) Caro Sargento, o soldado que der o primeiro tiro para defender o país terá atrás de si toda uma nação, milhões de brasileiros, com e sem farda, prontos para se colocar a seu lado e com ele lutar pela liberdade e pela democracia legítima.
6) Caro Sargento, a Nação não tem mais voz. A imprensa fala por ela e, na maioria das vezes, a trai e engana. Lembra do sucesso que faz o Capitão Nascimento no filme Tropa de Elite, apesar da Imprensa que tentou transformá-lo num torturador anti-herói? Não, o Capitão não faz sucesso pelos erros que comete. Ele faz sucesso por seu espírito de luta, por sua coragem de reagir. A Nação está, de joelhos, esperando que surjam os capitães Nascimento dentro das Forças Armadas.
7) Caro Sargento, está divulgado.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ex-presidente do TJ de Rondônia é punido com aposentadoria compulsória

ENTÃO O RAPAZ ROUBA À VONTADE E, EM VEZ DE IR PARA A CADEIA E DE AINDA SER CONDENADO A DEVOLVER AOS COFRES PÚBLICOS TUDO O QUE DELE INDEVIDAMENTE RETIROU, PASSARÁ O RESTO DA VIDA, LIVRE-LEVE-E-SOLTO, DESFRUTANDO, QUEM SABE DO DINHEIRO FURTADO, MAS COM CERTEZA DE SEUS PROVENTOS DE DESEMBARGADOR. TUDO COM O SEU DINHEIRINHO, CARO E (SINTO MUITO) OTÁRIO CONTRIBUINTE... QUE NOME SE DÁ A ISSO? REALMENTE NÃO ENCONTREI NA LÍNGUA PORTUGUESA DEFINIÇÃO QUE SE ADEQÜE A ESTA SITUAÇÃO...
Fonte: site Espaço Vital
28-02-2008
O Conselho Nacional de Justiça determinou ontem (27) a imediata aposentadoria compulsória do desembargador Sebastião Teixeira Chaves, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia. Esta é a pena máxima que um magistrado pode sofrer no âmbito administrativo. AO desembargador Sebastião foi preso pela Polícia Federal em agosto de 2006, junto com outras 22 pessoas, acusado de fazer parte de um esquema que teria desviado pelo menos R$ 70 milhões dos cofres públicos de Rondônia.
Além dele, foram detidos o presidente da Assembléia Legislativa, um ex-procurador-geral de Justiça e o ex-chefe da Casa Civil Carlos Magno Ramos. Logo depois das prisões, o CNJ determinou o afastamento do desembargador da presidência do tribunal, enquanto tramitava o processo disciplinar. Em março de 2007, em nova decisão, o CNJ afastou Sebastião Teixeira Chaves do cargo de desembargador.

Agora, em decisão definitiva do CNJ, o ex-presidente do TJ-RO foi aposentado compulsoriamente. Claro que - por dispositivos da Lei Orgânica da Magistratira - Sebastião continuará recebendo vencimentos proporcionais ao tempo de carreira. Como ele foi afastado no exercício do topo da carreira, seus proventos de aposentado serão integrais.

A internet mais rápida e mais barata do planeta

25/02/2008
Redação
O Estado de S. Paulo
A velocidade incrível, que permite que se baixe um DVD inteiro em cerca de 5 minutos, é apenas um dos fatores que fazem da Coréia o país mais conectado do planeta.

“A internet aqui é tão importante quanto a eletricidade”, conta o vendedor Choi Jin Siek, de 32 anos. “Muito apartamento novo já tem conexão de fibra óptica. Não dá para viver sem a web porque todo o nosso mundo está lá.”
O governo sul-coreano apostou pesado na tecnologia para espantar a crise econômica que tomou conta da Ásia no final dos anos 1990. Investiu US$ 24 bilhões em infra-estrutura de rede e hoje consegue oferecer para qualquer pessoa conexões absurdamente velozes por menos de US$ 20 (R$ 34) por mês. Sem limite de downloads. Cerca de 90% da população está plugada na banda larga.
Hoje, conexões de 50Mb/s e 100 Mb/s são normais nas casas. No Brasil, a conexão mais rápida é de 8 Mb/s, mas poucos têm acesso a ela. Em Seul, em breve a velocidade chegará a 1Gb/s (gigabit por segundo), quase um quinto da impressionante velocidade da conexão oferecida na Campus Party Brasil há cerca de duas semanas.

Essa aposta na internet não poderia ser mais acertada. Toda uma nova cultura digital está se desenvolvendo graças a essa iniciativa, e é essa cultura que coloca a Coréia no topo do mundo digital.
Muito antes de Orkut, FaceBook e MySpace, a Coréia já tinha seu site multimídia de rede social. O Cyworld, criado em 1999, reúne 43% da população do país. O site tem ainda mais peso do que o Orkut tem no Brasil.
A sacada do Cyworld em relação aos outros sites de rede social é a forma como outros produtos são oferecidos. Fazer uma página pessoal é grátis, mas adicionar novos recursos, como músicas personalizadas, vídeos de artistas ou gráficos mais bonitos custa dinheiro. São microtransações, de baixo valor. Uma música, por exemplo, custa US$ 0,50. Mas apenas essas músicas já movimentaram dentro do Cyworld mais de US$ 100 milhões.
Esse modelo de negócios da web é a base de muitos serviços online na Coréia, inclusive os games online. Tudo é gratuito para quem quiser a experiência básica, mas uma experiência mais elaborada é cobrada.
Nos games online, é normal comprar itens que aumentam o poder dos personagens ou modificam o visual, como uma roupa ou um adereço.
O Messenger, que no Brasil é o programa de mensagens instantâneas mais usado, quase não tem vez aqui. O NateOn Messenger domina. Integrado ao Cyworld, o pequeno programa também serve como uma espécie de leitor de RSS, que avisa quando os contatos atualizaram suas páginas pessoais.

O Google praticamente não tem importância para o internauta coreano. Quando precisa de uma informação, ele segue direto para o Naver, o maior site de busca da Coréia. O grande diferencial em relação aos outros mecanismos de busca é a forma como a informação é tratada. A grande sacada do Naver foi, em 2002, permitir que os usuários alimentassem a base de dados do buscador de forma colaborativa.

É como se o Google fosse fundido com a Wikipédia. O resultado foi a criação de uma comunidade em torno do buscador. Como o sistema é baseado nas pessoas, e não em algoritmos de busca, o resultado sempre é satisfatório.

O web designer Park Soo, de 21 anos, só usa o Naver em suas buscas. “Quando procuro por restaurantes na área onde moro, em vez de um script automático me mostrar o resultado, eu vejo essa informação e a recomendação pessoal de várias pessoas, que endossam ou não a informação que o sistema me oferece. O Google não tem nada parecido”, conta.

Outra mostra da força do meio digital na Coréia é a forma como conteúdo multimídia é vendido.
Enquanto no Ocidente a venda digital de músicas não passa de 10% do total, na Coréia, mais de 57% das canções já são vendidas digitalmente.

Conteúdos criados pelos usuários movimentam a rede. Vídeos, wikisites, textos e músicas podem até render dinheiro. Quanto maior a visibilidade e relevância do conteúdo, mais dinheiro pode render.

O acesso à web também possibilitou que a população tivesse muito mais acesso à informação e papel mais ativo na vida política do país . Ao mesmo tempo, o governo investiu pesado na digitalização dos serviços públicos.

Em vez de obrigar os cidadãos coreanos a perder horas de trabalho em filas e burocracia desnecessária, houve um maciço esforço para a digitalização dos serviços públicos.
Com mais informações online, o governo procura baixar custos e otimizar processos, além de barrar a corrupção.

LATA VELHA - FRAUDE???

"Estava bom demais para ser verdade". Foi o que pensou João Marcelo Vieira, 37 anos, ao participar do quadro Lata velha, no programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo. O sonho de ver seu Opala verde, ano 79, transformado em uma supermáquina durou menos de 24 horas. No dia da gravação, o vendedor não percebeu que não existia mais nada do Opala no modelo reformado. Nem no dia seguinte, quando a produção rebocou novamente o carro para a oficina, alegando que iria acertar a documentação. Meses depois, ele recebeu o carro, e só então percebeu, com o documento na mão, que o registro era uma Caravan 79.

O próprio João Marcelo demorou para entender o que estava acontecendo. O documento esclarecia as dúvidas: a Caravan marrom, que antes pertencia a Rubem de Souza, em Minas Gerais, teria sido comprada por ele próprio por R$4.200! O problema é que João, dono de um quiosque na Praia do Recreio, garante que nunca esteve na cidade de Ribeirão das Neves, em Minas, tampouco adquiriu o carro e muito menos assinou o documento de compra e venda. Estava, segundo ele, configurada a fraude. E começou uma odisséia em busca do verdadeiro carro.

"Me deram o documento do carro com minha assinatura falsificada e sumiram com o Opala, que era de um tio que morreu de câncer e me pediu para não vendê-lo nunca", lembra João Marcelo. O Opala, que tinha o apelido carinhoso de Ogro, estava caindo aos pedaços, só pegava no tranco, mas quebrava galhos. O quiosqueiro nunca tinha pensado em fazer a reforma. A participação no Lata velha foi sugestão de dois clientes, os atores Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima. A pedido deles, João Marcelo escreveu uma carta, entregue, em mãos, a Luciano Huck, durante uma festa. Dias depois, a produção do programa procurou pelo comerciante, fez entrevistas e fotos do carro.

"Na terceira entrevista, o Luciano apareceu no meu quiosque já para pegar o carro. Ele me propôs cantar uma ópera. Tive sete aulas de canto em Niterói. Tudo isso levou uns 26 dias. O carro supostamente foi para Belo Horizonte, eu acho, porque, até agora, a Justiça não conseguiu achar a oficina, cujo endereço foi passado pelo próprio dono, Paulinho Fonseca, baterista da banda Jota Quest", diz João Marcelo.
Para ter seu carro modificado no programa, João interpretou no ar O sole mio, de Luciano Pavarotti, e emocionou o público.

"No dia seguinte à gravação, dei uma volta com o carro, escoltado pela Globo. Logo depois, a emissora mandou rebocá-lo sob alegação de que atualizaria a documentação. No quarto dia, recebi um telefonema da Rita, da produção do Caldeirão, dizendo que uma pessoa do Sul tinha oferecido R$ 120 mil para comprar meu carro. Não aceitei porque minha intenção era ficar com o Opala modificado", explica.

Dois meses se passaram e nada do carro voltar. Ele conversou com Fernanda Lima, que conseguiu marcar uma reunião na Globo. Lá, João Marcelo diz que recebeu uma proposta financeira e que todos assumiram o erro do programa. Segundo o comerciante, a emissora não gostaria que o caso fosse para a Justiça. O encontro teria acontecido na sala do diretor da emissora Aloísio Legey.

"Havia três advogados, o Paulinho, o Aloísio e a Ana Bezerra, diretora de produção. O Aloísio perguntou o que eu queria e disse que se eu levasse o caso para a Justiça demoraria três anos. Falei que não queria nada, só o meu carro de volta", conta João Marcelo, que não esperava uma reação tão enérgica do diretor:

"O Aloísio bateu na mesa e disse que isso poderia acabar com o programa do Luciano quando eu falei que minha carruagem tinha virado abóbora e, por isso, a situação era grave", afirma. O comerciante contou que ficou acertado no encontro que o programa devolveria o Opala transformado. Passados outros dois meses, o carro foi entregue. Mais uma vez, era a tal Caravan:

"Quando me deram a documentação, vi que era da Caravan marrom. O carro foi comprado por R$ 4.200 e ainda falsificaram minha assinatura para legalizar a transferência. O número do chassi na documentação não era do Opala. As placas de identificação nas portas do veículo também eram de outro carro. O carro é um Frankenstein, foi remontado em cima de outra carcaça", garante.

Desde janeiro, corre na Justiça um processo contra a Rede Globo e a Oficina Nittro Hot Rods no cartório da 1ª Vara Cível, em Jacarepaguá, com um pedido de indenização por danos morais e materiais. A pergunta que fica é a seguinte: Onde foi parar o Opala?!?..."

E para quem ainda não acredita, acesse http://www.tj.rj.gov.br/ e consulte o processo número 2007.203.000972-9.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

CLIQUE NA FIGURA ABAIXO E VÁ PARA O SITE IMORTAIS GUERREIROS


O FUTURO DA DIREITA


Olavo de Carvalho - JB


A revista Playboy deste mês publica uma entrevista reveladora com alguns líderes emergentes do chamado "liberalismo" brasileiro, filhos de velhos caciques regionais falecidos, aposentados ou desativados. Reveladora, digo eu, porque ilustra com clareza didática algumas obviedades que tenho publicado nesta coluna, mas que os bem-pensantes insistem em não querer admitir, como outrora se recusavam a admitir a existência do Foro de São Paulo. A mais flagrante delas é que não existe direita politicamente relevante no Brasil.


Os entrevistados não só rejeitam a denominação de direitistas - o que já é bastante significativo, tendo em vista o orgulho com que os esquerdistas se assumem como tais - mas subscrevem no fim das contas todo o programa sociocultural da esquerda, com a única diferença de que desejariam realizá-lo pelo livre mercado em vez da ação estatal direta. Que isso constitua mesmo uma diferença, é altamente duvidoso

Do ponto de vista econômico, a disputa entre liberais e socialistas no mundo vai-se tornando cada vez mais adjetiva: nenhum político é louco o bastante para advogar em público a supressão do Estado previdenciário, nem idiota o suficiente para continuar acreditando na eliminação total da propriedade privada. A guerra entre os sistemas tornou-se uma tênue oscilação para lá e para cá de um confortável meio-termo. A direita quer o capitalismo sob a proteção do governo-babá, a esquerda quer o socialismo vitaminado pela força do livre mercado. É a tese de Paul Edward Gottfried em After Liberalism: Mass democracy in the Managerial State (Princeton University Press, 2001): junto com o socialismo real morreu também o liberalismo ideal.

A vitória da "revolução dos gerentes" matou os dois, inaugurando a era da democracia de massas, o que é o mesmo que dizer: o império universal da burocracia. Com isso, o foco da disputa efetiva transferiu-se para um domínio mais sutil - e infinitamente mais decisivo para o futuro da humanidade: o sonho do espírito revolucionário já não é o controle estatal da economia, mas o controle estatal da vida privada, da mentalidade popular, dos usos e costumes, da imaginação e dos sentimentos. É promover a ruptura total com as tradições históricas e operar enfim a longamente ambicionada mutação radical da natureza humana. Décadas atrás os melhores cérebros da esquerda - Lukács, Gramsci, os frankfurtianos - já haviam concluído que nesse campo, e não na economia, seria travada a batalha decisiva. Mas a idéia era prematura quando a lançaram.

O advento da "democracia de massas" vem dar-lhe uma atualidade explosiva, preparando o terreno para a revolução cultural globalizada. No novo contexto, o dever máximo ou único de uma direita historicamente consciente é defender os princípios e valores civilizacionais milenares, resistindo à ambição insana de planejadores sociais para os quais a espécie humana não passa de matéria-prima para experimentos que variam entre o irresponsável e o macabro. Mas muito provavelmente essa resistência será em breve criminalizada como extremismo de direita, e, se não lutar como um exército de leões, desaparecerá do cenário político decente. Só sobrará lugar para a "direita bossa nova", como a chama a Playboy - a direita que cede tudo em troca de um pouco de capitalismo.

A economia de mercado deve, sim, ser defendida, porque só nela os princípios e valores hoje ameaçados podem subsistir. Mas abdicar deles em troca da economia de mercado pura e simples, fazendo dela a única finalidade em vez de um meio entre outros, é servir duplamente ao esquerdismo, entregando-lhe de mão-beijada o que ele mais almeja conquistar e ainda criando uma camuflagem "capitalista" para dar aparência inofensiva à mais temível mutação revolucionária de todos os tempos.

Governador do RJ manda prender blogueiro

08/02

CENSURA, ABUSO E REPRESSÃO

Inconformado com as críticas feitas pelo tenente Melquisedec Nascimento no blog Militar Legal -
http://militarlegal.blogspot.com/ , que cobra as promessas de campanha, sobretudo as relacionadas com o reajuste de salários dos PMs, o governador Sérgio Cabral Filho decidiu mandar prender o blogueiro.

RIO DE JANEIRO

Governador manda prender blogueiro

Por Mário Augusto Jakobskind em 5/2/2008

O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, está botando os pés pelas mãos, sobretudo na área de segurança. Ele o seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, aprontam de tal maneira que já estão sendo considerados inimigos da Polícia Militar.

A última do governador, que passa as horas de lazer em sua casa em Portobelo, em Mangaratiba: ordenou a primeira prisão de um blogueiro no Brasil, o tenente da Polícia Militar Melquisedec Nascimento, presidente da Associação dos Militares Auxiliares e Especialistas (Amae), um sindicato de policiais. E isso em pleno carnaval.

Inconformado com as críticas feitas pelo oficial no blog
Militar Legal, que cobra as promessas de campanha, sobretudo as relacionadas com o reajuste de salários dos PMs, Cabral decidiu mandar prender Melquisedec.

Quatro PMs da Corregedoria da corporação foram à casa do tenente blogueiro dizendo ter ordem para levá-lo a prestar depoimento e depois prendê-lo administrativamente. O chefe da 3ª Delegacia da Polícia Judiciária Militar, tenente-coronel Alexandre Rodrigues do Nascimento, no entanto, negou que haja ordem de prisão contra Melquisedec, que não foi encontrado em seu domicílio, mas admitiu que a convocação foi para esclarecer o motivo pelo qual colocou em seu blog a fotomontagem de Cabral como Pinóquio.

O governador, que se irrita com qualquer tipo de críticas, não agüentou quando viu seu retrato estampado com o chapéu e nariz de Pinóquio. Cabral apenas é acusado de repetir o que fazem políticos de sua envergadura quando correm atrás dos votos, ou seja, prometem nos palanques e forma a iludir os incautos.

Teoria na prática é outra

Ao decretar a prisão de Melquisedec, Cabral demonstrou que não respeita a livre manifestação de pensamento. Não adiantam discursos de defesa da democracia, que costuma fazer em solenidades para agradar platéias, quando na prática age de forma autoritária. Cabral é o exemplo concreto de como a teoria na prática é outra.

Não é hora das entidades defensoras da liberdade de expressão se manifestarem contra o desrespeito do governador Cabral? O silêncio é, na prática, compactuar com a arbitrariedade. Ou não?

Quem semeia vento colhe tempestade. O autoritarismo de Cabral fez com que em alguns blogs ele apareça com o bigode característico e chamado de Adolfo, numa alusão a Hitler. Se continuar semeando ventos arrisca-se inclusive a colher maiores tempestades ampliando a inconformidade dos policiais militares, com graves conseqüências.

"Colombizando" o Rio de Janeiro

A crise na segurança pública no Rio está visivelmente se agravando. A política preconizada por Cabral e seu secretário Beltrame, com graves reflexos nas áreas pobres, está na prática "colombizando" o Rio de Janeiro. Aliás, depois que voltou da Colômbia, onde a política de segurança recebe a assessoria de militares e agentes de inteligência estadunidenses e israelenses, Cabral tem se revelado um entusiasta no modelo de confronto adotado por lá no combate à violência urbana. O governador tem constantemente criminalizado a pobreza e perde as estribeiras quando é questionado nesse sentido. E a mídia conservadora aplaude de bom grado as seguidas declarações da autoridade máxima do estado do Rio, o que na prática incentiva o seu procedimento.

Como se tudo isso não bastasse, o secretário Beltrame vem sendo acusado de ter vínculos com uma empresa da área de inteligência, especializada em grampear telefones. Trata-se de uma acusação grave, e a única forma de esclarecer se a denúncia tem ou não fundamento é investigá-la a fundo. A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) poderia ser convocada nesse sentido. Resta saber se os parlamentares daquela Casa Legislativa toparão fazer isso, uma rotina na democracia, por se tratar de um procedimento que visa esclarecer uma grave dúvida que paira no ar.

Quanto às dependências de alto luxo de Cabral em Portobelo, onde só moram ricaços, a pergunta que se faz é de como um político sem berço de ouro pode ter uma propriedade deste tipo? Muitos perguntam: herdou, ganhou na mega-sena, deu o golpe do baú, economizou ou...? O que tem a dizer o governador?

Fonte: Observatório da Imprensa - Caderno da Cidadania -
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=471CID002

VER TAMBÉM:

Vídeo: Sérgio Cabral Filho manda prender blogueiro (por Ricardo Boechat) -
http://liberdadedeexpressao.multiply.com/video/item/15

SOB O IMPÉRIO DAS MINORIAS

Graça Salgueiro

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No último dia 13 de fevereiro o governo do Sr. Lula, através do site do Partido-Estado – o PT -, emitiu uma nota de repúdio à agressão sofrida pelo presidente da “Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo” (APOGLBT), Alexandre Peixes, bem como ao assassinato de três travestis na cidade do Recife. Segundo a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, tais atitudes ferem os princípios básicos da Declaração dos Direitos Humanos.
Diz a nota: “A homofobia, explícita na violência física ou moral, limita o exercício dos direitos de todo cidadão e não pode encontrar espaço em nossa sociedade. Um Estado Democrático de Direito não pode ser conivente com práticas sociais e institucionais que criminalizam, estigmatizam e marginalizam pessoas por motivo de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero”.Não sou apologista da violência – de qualquer tipo - e muito menos de crimes de morte, admitindo como “justificáveis” apenas em caso de guerra ou em legítima defesa. Entretanto, o que se vê na nota do Partido-Estado é de uma exacerbação sem tamanho, primeiro porque, como diz no texto, os exames de corpo de delito realizados no “agredido” presidente da APOGLBT “não apontaram nenhum traumatismo”, o que significa que não foi nada além de algum xilique.
Depois, porque não há qualquer prova de que os travestis foram assassinados por sujeitos homofóbicos sedentos de sangue.Os dois primeiros foram mortos a tiros por três homens que estavam dentro de um carro em Boa Viagem, dia 9 de fevereiro, e o terceiro morto a facadas no bairro do Pina no dia seguinte. O que se sabe dos criminosos? Nada até agora. Seriam agressores homofóbicos de fato? O escritor Júlio Severo publica em seu blog excelentes análises sobre a questão do movimento homossexual no Brasil e no mundo, cujas formas de abordagem e pontos de vista nem sempre concordo, mas que não posso deixar de referendar como fonte de pesquisa séria e confiável.Nesta postagem “Onde estão os espancadores e assassinos homossexuais?”, por exemplo, ele aponta a parcialidade e camuflagem da mídia quando os crimes cometidos contra homossexuais são praticados por outros homossexuais, prática muito comum entre a “espécie” mas jamais divulgada para não atrapalhar a aprovação da lei anti-homofobia em curso.
E por que estou criticando esta nota de repúdio? Porque no dia 07 de fevereiro pp. completou-se um ano do brutal assassinato do menino João Hélio Fernandes de apenas 6 anos, quando o carro em que viajava em companhia da mãe e de uma irmã foi assaltado. Por cerca de 7 km João Hélio foi arrastado pelo asfalto preso ao cinto de segurança do carro durante 15 minutos, passando por 14 ruas, sob os gritos desesperados dos que viam a cena dantesca, ficando completamente dilacerado. Foi um dos crimes mais hediondos já ocorridos e que provocou grande comoção no país inteiro, e o que disseram as autoridades da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República? NADA! Que nota de pesar emitiu o presidente da República à família? NENHUMA! Que palavra de consolo à mãe de João Hélio ouviu-se da boca da primeira dama – também mãe -, dona Mariza Letícia? ABSOLUTAMENTE NENHUMA e após um ano do fato ocorrido, esta nota de pesar ainda continua inaudita!Também nunca se ouviu ou leu qualquer nota de repúdio por parte desta Secretaria quando um policial da Brigada do Rio Grande do Sul foi degolado em praça pública por hordas de criminosos do MST que permanecem impunes até hoje.
Do mesmo modo que NADA foi dito às famílias dos PMs mortos durante a rebelião promovida pelos narco-traficantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em 13 de maio de 2006, mas os bandidos mortos em confronto foram largamente pranteados por uma imprensa venal e conivente, sem contar com as notas de repúdio dos “defensores” dos direitos humanos dos bandidos. Tampouco mereceu tratamento de pesar o assassinato do segurança da fazenda Syngenta, Fábio Ferreira, morto com um tiro na cabeça pelos marginais do MST em Santa Tereza do Oeste no Paraná, em outubro do ano passado. Ao contrário, houve até homenagem na Câmara dos Deputados pela morte do militante do MST Valmir Mota de Oliveira, vulgo “Keno”, (não por coincidência, no mesmo dia em que aquela casa legislativa homenageava a “máquina de matar” Guevara) que morrera em confronto ao invadir a fazenda.
Desta barbárie, resultou indiciado o dono da fazenda pela morte do sem-terra e sete funcionários presos, apesar de trabalharem em uma empresa de segurança legal, com autorização para portar armas e que faziam a segurança de uma empresa privada que estava sendo assaltada, sob a alegação de “formação de quadrilha”. E, mais uma vez, nenhum dos invasores foi indiciado pela morte do segurança Fábio. Até a imprensa colaborou, citando o caso sem dar nome à vítima que era tratado apenas como “o segurança”.
Estamos nos transformando num país sob o império das “minorias”, estas novas castas que sob os auspícios do próprio governo impõem padrões de comportamentos a toda uma sociedade estupidificada e silente: são os quilombolas, os “afro-descendentes”, os gays, as lésbicas, os sem-teto, sem-terra, sem-moral ou vergonha na cara, os narco-traficantes que determinam toque de recolher ou quando o comércio pode abrir as portas.
Estamos nos transformando num país sem Lei, numa terra de ninguém onde vale mais quem grita mais alto.E o governo sem freios e amoral do sr. Luiz Inácio se condói com o assassinato de três travestis e algum vexame passado por um representante da casta gay, mas dorme tranqüilo com o assassinato de 50 mil brasileiros por ano pois, afinal o que são cinqüenta mil brasileiros senão mera estatística?


UM CAPÍTULO QUE NÃO ESCREVI

Percival Puggina


Quando escrevi “Cuba, a tragédia de utopia”, encerrei o livro com a plena consciência de que faltava um capítulo e que ele me seria cobrado pelos leitores. Refiro-me à especulação possível, naquele ano de 2004, sobre o que aconteceria em Cuba depois de Fidel. Ou sobre as conseqüências cubanas do eventual desaparecimento do líder. A decisão de não entrar no território inseguro das conjeturas deveu-se ao desejo de preservar o livro de um possível erro de avaliação. Afinal, a obra estava composta por certezas, dados, fatos, observações e testemunhos pessoais.

A história, contudo, tratou de escrever suas próprias linhas, ainda antes do que se supunha. Primeiro a doença de Fidel, depois a dinástica sucessão pelo mano Raúl, e agora a renúncia definitiva, que abre, de vez, o processo político em pauta. Pede-me o nosso O Tempo que especule. Especularei então, sob as menores responsabilidades de um texto de opinião, como fiz, aliás, nos meses que se seguiram ao lançamento do livro, em sucessivas entrevistas nas quais essa indagação esteve sempre presente.

Tenho fortes razões para manter a opinião expendida ao longo dos últimos quatro anos. Nada, em Cuba, indica um caminho diferente daquele que, aos tempos da União Soviética, era seguido nos processos de sucessão no comando político do Partido Comunista (PCUS). Ou seja, a nomenclatura se inclinará a manter seu poder, ainda que com negociações, ou mediante eventuais disputas internas. Mas a experiência de meio século deve ter ensinado aos membros do Comitê Central e de suas subsidiárias, a Assembléia Nacional e as Assembléias Provinciais, o quanto é proveitoso e prazeroso exercer o comando sobre um povo desarmado, sem sobressaltos nem questionamentos.

Motivos para que nada diferente aconteça? Ora, abandonar espontaneamente o poder, em pleno gozo da saúde física e mental, é um raro gesto de grandeza individual e um impraticável gesto de grandeza coletivo. Ademais, Cuba é uma ilha de onde só se sai passando pelos seguranças do aeroporto ou pelas inseguranças do oceano. O povo cubano é desarmado até os dentes. Por falta de oportunidades e de prática não existem políticos na Ilha. Menos ainda existem militares oposicionistas. Ser dissidente, em Cuba, faz muito mal à saúde pessoal e familiar. A economia cubana vai tão mal quanto sempre foi e, passados 49 anos, ninguém mais imagina como seja uma vida diferente daquilo.

A única coisa que pode provocar mudanças substantivas em Cuba seria um eventual ingresso de divisas, pela via do turismo, que desse origem a uma inevitável mudança no perfil social e econômico da população. Até agora isso tem sido obstado pelas muitas proibições que incidem sobre a população local (los ciudadanos de segunda), mantida sem acesso a bens de consumo, a informações do exterior e aos locais freqüentados pelos turistas. Enquanto isso não acontecer, tendo a crer que teremos, por lá, um pouco mais do mesmo.


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PENA? DE QUEM?

Percival Puggina


A que idéia, caro leitor, você associa a palavra “pena”? Pensa no revestimento das aves? Pluma? Coisa leve? Ou, quem sabe, a palavra lhe traz a imagem de comiseração, pesar, mágoa? Ou lhe aparece associada à escrita, ao desenho, às habilidades literárias, gráficas, manuais? Certamente, a acepção menos comum desse polivalente vocábulo é a de castigo, punição.

Talvez venha daí a imensa dificuldade que temos, no Brasil, de entender as condenações, as penas decorrentes de processos judiciais, pelo viés da inflição, do castigo proporcional ao dano causado. Certamente os outros conceitos atuam com maior intensidade no juízo dos que interferem no sistema: coisa leve para o legislador, comiseração para os advogados, e mero produto da caneta para o julgador.

Suponhamos um estuprador, sentenciado a seis anos de prisão. Até as mudanças introduzidas em 2007, ele cumpriria um aninho em regime fechado, outro em regime semi-aberto e o restante em liberdade. Por quê? Porque era o que dizia a lei e porque não temos estabelecimentos penais adequados a essas duas modalidades previstas. Assim, o semi-aberto significa, na prática, que o criminoso passa o dia na rua, recolhendo-se à cadeia para dormir, se quiser. A maioria não quer. E, no regime aberto, o sujeito vai embora com o “compromisso” de não sair de casa à noite. Tá bom? Com as mudanças de 2007, o prazo para a progressão de regime passou para 2/5 da pena, ou seja, no exemplo acima, avança de um ano para 2,4 anos. Pergunte à estuprada se, em sua opinião, lhe terá sido feita justiça.

Os jornais de hoje relatam o caso de duas mulheres violentadas no decurso do furto do veículo em que trafegavam. Imagine, leitor, os traumas e o horror que carregarão na memória pelo resto de suas vidas. Parece-lhe provável que esses bandidos sejam novatos na vida criminosa? Que já não tenham passagens pelas delegacias e presídios do Estado? O que estão fazendo na rua esses animais? Saiba: se forem presos, se o processo transcorrer com perfeição e não propiciar a menor brecha à ação dos advogados de defesa, os estupradores voltarão às ruas depois de escassos 28 meses. Agora, vá dormir tranqüilo porque, se tudo der certo, essa é a justiça que será feita. E que se declarará satisfeita.

Não estou exagerando. Bem ao contrário, estou contido pelos limites de toques deste texto e pelos que a civilidade impõe à palavra escrita e impressa. Os mesmos jornais de hoje, por exemplo, informam que o tal Urso, investigado no crime da corretora de seguros, era foragido do regime semi-aberto... E assim vamos nós, com semi-abertos, semi-condenações, semi-justiça e insegurança total.

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sábado, 9 de fevereiro de 2008

MENSAGEM AO PRESIDENTE LULA

Geraldo Almendra

26/janeiro/2008


"O comunismo é a corrupção de um sonho de Justiça." (Adlai Stevenson)


Senhor presidente,


Começo essa mensagem dizendo o que penso do senhor. É um direito individual garantido pela Constituição do meu país, que ainda não é um Estado Comunista totalmente dominado pelo stalinismo petista, conforme seu profundo desejo.


De uma forma objetiva acho o senhor uma absurda fraude como político e ser humano, e o pior estelionatário da política que a história do país há de registrar.
O senhor é uma grotesca metamorfose ambulante, que não tem formação, patriotismo, princípios, nem ideais, a não ser a luta pelo poder ditatorial e pela sistemática manipulação da ignorância dos eleitores para garantir a sua permanência no controle da sociedade.


Sua luta como político se resume a uma sede de poder para dominar o país, nos transformando reféns da burguesia petista, com a cumplicidade de suas "gangs dos quarentas" e de todos os canalhas de ocasião, que colocam seus interesses patrimonialistas acima da educação, do patriotismo, da cultura, da dignidade, da honra, da honestidade, da ética ou da moral.


O poder público, senhor presidente, sob seu comando, virou um inimigo dos que teimam em trabalhar com honestidade e estudar com esforço próprio para crescer na pirâmide social.


O aliciamento, o suborno material, a covarde manipulação da ignorância das massas e do imbecil coletivo, são suas marcas registradas, senhor presidente. Ser vagabundo, corrupto e prevaricador viraram valores determinantes para esta nova sociedade petista que o senhor está construindo.


O senhor representa, na minha visão, senhor presidente, o que de pior já foi produzido em matéria de político prostituído que está plantando as sementes para a destruição da democracia e das liberdades individuais no meu país.


Seu sucesso como político, senhor presidente, está sendo possível pelo fato de nossa sociedade ter sido, criminosamente, levada à falência cultural e educacional por desgovernos civis contaminados pela presença de corporativistas-corruptos e canalhas da política prostituída, que afundaram o país no mar da degradação de valores morais, familiares e éticos.

Nos últimos cinco anos, senhor presidente, tenho gasto uma grande parte do meu tempo escrevendo o que penso dos seus atos de desgoverno, que está sendo apoiado por uma hedionda mutação do stalinismo – o petismo – e pelo mais escroto parlamento que se poderia imaginar poder existir.


Tenho presenciado como cidadão e contribuinte, o funcionamento do seu balcão de compra e venda de alianças com todos aqueles que aceitam serem cooptados por dinheiro, assistencialismo, poder, status, sinecuras e mordomias, independente de formação e posição social – ignorantes, incompetentes, políticos, servidores públicos, meliantes, artistas, jornalistas, empresários, estudantes, professores, mestres e doutores.


Percebo, também, senhor presidente, que tudo está sendo feito com a covarde e silenciosa cumplicidade da Igreja Católica, e com a cumplicidade explícita de outras igrejas; usam e abusam da ignorância da sociedade na cobrança dos seus dízimos – para fazer fortunas, mandar dinheiro para contas no exterior, e construir mansões – e manter suas pobres ovelhas caladas diante da destruição do futuro de seus filhos e de suas famílias.


Todos estão sendo convencidos a lhe dar apoio, para que o senhor consiga implantar no país o domínio de um Estado Comunista de Direito, comandado por uma burguesia formada no submundo da corrupção e do mais sórdido corporativismo, que já provocaram o apodrecimento moral e ético dos podres poderes da República.


Nossas Forças Armadas, senhor presidente, estão sendo colocadas em estado de inoperância, sucateamento, humilhação e desarticulação diante de nossa perda de soberania, risco crescente de invasão das forças comunistas de países vizinhos, falência da segurança pública, e da flagrante destruição da Amazônia e de nossas riquezas naturais.


Nosso Poder Judiciário está arcaico e corrompido pelo corporativismo sórdido, praticando duas justiças: uma para os ricos e poderosos, outra para os excluídos e para os que não pertencem aos grupos que apóiam o desgoverno petista e seus cúmplices.


A Justiça, senhor presidente, se perdeu no submundo dos artifícios imorais que exploram as "brechas" dos códigos legais para proteger de todas as formas as "gangs dos quarentas".


Nosso Parlamento virou uma casa de tolerância da política prostituída que consegue envergonhar até os prostitutos e as prostitutas de "profissão".


O Poder Executivo, sob seu comando, senhor presidente, já domina com folga os outros podres poderes da República, graças ao silêncio e a cumplicidade dos Tribunais Superiores, dos comandos das forças policiais federais do país, e dos comandantes das Forças Armadas.


Contudo, reconheço que o pior do que está acontecendo com o meu país não é o senhor ser esta grotesca fraude como político e como ser humano.

O pior é vivermos em uma sociedade hipócrita e covarde, que está permitindo que o senhor faça do país o quintal de suas doentias ambições de poder e patrimonialismo, que estão transformando, definitivamente, o poder público no paraíso da corrupção, da prostituição da política, do corporativismo sórdido e da prevaricação.


Senhor presidente. Confesso que estou cansado de escrever e não presenciar nenhum movimento relevante no país para destituí-lo do poder, que foi obtido através do maior estelionato eleitoral de nossa história.


Depois do início do julgamento da "gang dos quarenta", não suporto mais acompanhar tamanha falência de nossa Justiça e a falta de protesto explícito de uma sociedade tão covarde.


Estou cansado de ver os canalhas circulando pelas ruas com seus sorrisos hipócritas sem serem incomodados pelos palhaços e imbecis dos contribuintes.


Estou cansado da ignorância deste povo, cansado de ver uma classe média deixar-se empobrecer sem reação, cansado da covardia da sociedade esclarecida, cansado do corporativismo público-privado que se vendeu à corrupção e ao petismo stalinista, cansando de uma convivência virtual de gente que protesta, mas não consegue se organizar para se apresentar nas ruas e lutar pelo nosso país. Somos uma sociedade apática dominada por ignorantes, corruptos, prevaricadores, hipócritas e covardes.

Senhor presidente, perdi a motivação para escrever e protestar no vazio da degeneração moral e ética de nossa sociedade.


Voltarei à luta apenas se alguém estiver disposto a derramar seu sangue para livrar minha pátria das mãos dos canalhas que estão permitindo que se transforme o país em um Estado Comunista de Direito.


Aos meus amigos de luta virtual, senhor presidente, peço desculpas, mas estamos nadando para morrer na praia do comunismo petista. A vitória está sendo sua, senhor presidente.


Senhor presidente, vou apenas dedicar-me aos meus estudos acadêmicos e ao ensino, e continuar adquirindo a formação que um dia, depois do caos moral e ético que o senhor está provocando no país, vai me ser útil, para lutar nas ruas e presenciar seu alinhamento junto com todos os seus cúmplices no paredão da vergonha. Vou, também, escrever um livro cujo título já foi escolhido: O Retirante Pinocchio, com uma descrição histórica de sua fraude como político e ser humano.
Que a ira de Deus se transforme em espadas que cairão sobre sua cabeça, senhor presidente, e de todos os seus cúmplices da destruição do meu país.


"Adeus" senhor presidente, minhas palavras escritas estão indo embora. Não nos encontramos no outro mundo, pois não irei para o inferno.

Nesta dimensão talvez nos encontremos depois do caos, se o senhor estiver vivo até lá, e eu também.


Espero que estejamos senhor presidente, pois quero lhe ver pagando, da forma mais dura possível, pelos seus crimes de lesa-pátria que estão destruindo meu país e o futuro dos meus filhos e de suas famílias.