quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Apenas para lembrar que ,TAMBÉM, nos manifestamos um dia.........


Aecio Kauffmann Colombo da Silva
Cel. Ref.Cav.
Coordenador do Grupo Farroupilha
Porto Alegre, 21 de outubro de 1994

Com tantos dedos a digitarem no vazio e a explodirem o teclado com tantas aleivosias e diatribes, quero relembrar que o “papel aceita qualquer coisa”, mas a vida só aceita ações.

Todas as armas são legítimas, quando se trata da salvação nacional e todo o cidadão é, em essência, um soldado, quando se trata de defender a Pátria.

Pensamos que uma grande parte das coisas que, hoje, estão por aí, se apresentando com o nome de patriotismo não são senão hipocrisias e estreitezas de espírito, disfarçadas em preocupação nacional, em conceito nacional e ódio nacional.

Cremos, também, que há manifestações em demasia, em que, aqui e ali alguns se jactam, levantam bramidos, entoam canções, gesticulam gritam desesperadamente, agitam as bandeiras que deviam estar enterrados há muito tempo.

Acreditamos ainda que, nisto tudo, reside, como patriotismo, uma das maiores desgraças que podem cair sobre o povo, mas antes de tudo, pensamos que, quando o caráter nacional deixa de ser elevado, o país está à beira da ruína; que quando se deixa de prezar e praticar a virtude, o homem se a minúscula e que, quando se chega ao tempo em que, no país, a riqueza está tão corrompida, o prazer está tão depravado, a justiça lenta, omissa e distante e o povo tão descrente e apático que a honestidade e a dignidade parecem coisas de um passado muito distante , só restam então duas alternativas: renunciar à luta ou buscar, no meio trevos da falta de expectativas, homens honrados e em cujas almas ainda não secou a fonte de idealismo. Homens que não estejam dispostos a morrer, pouco a pouco, sob o peso da humilhação de sentir que há possibilidades de vitória para tanta ignomínia e formar com eles uma cruzada, cujo lema seja o DEVER E A HONRA, para tentar o remédio forte da revolta - mesmo que armada - onde a morte seja mais honrosa.

O resto é conversa fiada.

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