quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O SOLDADO QUE MORA EM CADA BRASILEIRO


São como feridas que não cicatrizam as chagas abertas no coração daqueles que amam sua terra e seu povo quando o vêem ser enganado e explorado em sua miséria e involuntária ignorância. Fere o coração ver irmãos morrendo nas portas de hospitais – e não interessa se são municipais, estaduais ou federais. Irmãos morrendo nos cantões periféricos das grandes cidades – morrendo atingidos por balas perdidas ou achadas, mas que, na verdade, já morreram antes, abandonados pelo Estado que não se fez presente nas suas vidas e em seus endereços. E Irmãos que morrem nas ruas, vítimas indefesas de criminosos armados.

Irmãos empresários falindo ou tentando desesperadamente sobreviver numa economia sem dinheiro, mas que se alimenta de crédito. Sim, é uma falsificação a prosperidade da indústria e do comércio, porque toda ela está concentrada não no aumento efetivo da renda e do crescimento, mas sim no aumento do crédito - crédito esse que alimenta os sangue-sugas que se aproveitam das dificuldades alheias para com ela lucrar – duas vezes: vendendo e liberando crédito. Cresce também a indústria da esmola e da partidarização do funcionalismo público (o governo de Lula colocou 190 mil).

Irmãos pais de família que não podem ficar com os filhos que com tanto amor tiveram, porque devem ser escravos do trabalho que alimenta o círculo vicioso desse abandono, posto que, praticamente, só se trabalha para pagar contas, moradia e comida. E cada vez mais, para menos ter (e ser, na medida em que pouco sobre para alimentar a natural sede de cultura que deveria ser instigada).

Irmãos sendo envenenados contra irmãos por gente que se apossou do país para sobreviver da desgraça de todo um povo. Os comunistas que tomaram conta do Brasil roubaram a solidariedade que existia entre nossos irmãos, de todas as cores (porque raça, a que temos aqui, é uma só: a mestiça), entre os irmãos de todas as condições sociais e financeiras – e quem fazia muito bem essa ponte de relacionamento contínuo era a classe média. Essa gente que tomou o Brasil destruiu as escolas públicas, onde todos os brasileiros eram iguais, estudavam lado a lado e aprendiam uns com os outros. Cresciam juntos e, ainda que os destinos os separassem, sempre havia os que puxavam uns aos outros para cima. Sim, no Brasil já existiu a meritocracia.

Separaram todos nós em classes e nos jogaram uns contra os outros, pois, mantendo muitos irmãos na pobreza e na miséria, deixaram que os criminosos os dominassem como reféns e que a eles se misturassem para estigmatizá-los, até que se convencessem que devessem odiar os irmãos que ali, naquela condição, não estivessem. A estes últimos, por outro lado, convenceram que os primeiros tivessem que temer – e deram motivos para que assim acontecesse. Transformaram nosso povo em animais irracionais: uns se alimentam de ódio e outros de medo. Mas, todos, com raras exceções, igualmente impotentes e escravos de sentimentos que, bem lá no fundo, não gostariam de ter.

Mataram a inocência de um povo cujo destino seria, sem dúvida, vitorioso. O comunismo é a desgraça da humanidade – por onde esteve a tudo destruiu. E aqui não será diferente. Cada governo entra para a História com uma marca. A deste reinado de Lula caberá o eterno estigma do separatismo: foi o governo do homem que destruiu a harmonia do povo brasileiro – jogou fora nossa única chance de prosperidade – destruiu a herança de integração deixada pela maior das obras executada pela colonização portuguesa, fato que era mundialmente reconhecido, respeitado e estudado. Mas, ao longo de anos de deturpação das verdades históricas, conseguiram até jogar também os brasileiros contra os portugueses.

Talvez sejam vitoriosos estes exploradores separatistas e destruidores de nossas tradições e de nossas heranças. Talvez. Posto que, depois da reeleição, parecem eles ter pressa, muita pressa. Tanta é essa pressa que não conseguem mais esconder suas verdadeiras intenções e nem seu caráter putrefato. Começam a tomar, atabalhoadamente, medidas que, visivelmente, contrariam a vocação e o desejo de milhões de brasileiros: desarmamento, legalização do aborto, fim do Senado, acordos com partidos xiitas e terroristas, deportação de estrangeiros indefesos, indisfarçável aparelhamento do Estado, achincalhamento da Justiça e apedrejamento das Forças Armadas.

No dia 7 de setembro – dia em que se comemora a Independência do Brasil – as praças serão vermelhas, todas elas tomadas por gente que é solidária e internacionalmente comunista e não brasileiro. Não deixarão espaço para os patriotas – como o fizeram no Rio Grande do Sul, espancando e assaltando homens e mulheres cuja única arma eram cartazes e que ali estavam para protestar contra o governo petista.

Muitos brasileiros sentirão vergonha das Forças Armadas em que tanto confiaram. Em cada um dos soldados verão a marca da humilhação (tanto pelos baixos salários como pelas ofensas a que se submetem) e da rendição aos destruidores do nosso Brasil. Vergonha e desespero ao verem o país ir embora em cada soldado que passar e a cada continência prestada aos inimigos da Nação.

Mas, mesmo assim, ainda há os brasileiros – sem distinção de credo, cor, idade, sexo – de coração verde amarelo. Mora um soldado BRASILEIRO em cada um deles. A estes filhos a Pátria pede socorro. Eles não estarão integrando os desfiles militares comemorativos da Independência. Não; porque eles não precisam nem de salário e nem de farda para saberem-se defensores do Brasil, da Constituição, da liberdade e da tão desgastada democracia. Há gente que ainda coloca a mão no peito e chora quando canta o Hino Nacional, e não é porque esteja em nenhum pódio recebendo medalha não, é porque ama mesmo o país, a bandeira, o povo. Chegará a hora em que este soldado que mora em cada um destes brasileiros falará mais alto.

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