terça-feira, 16 de outubro de 2007

JURISPRUDÊNCIA DA IMPUNIDADE

Geraldo Almendra

16/outubro/2007


Bastaria ler com atenção a entrevista concedida por Lula ao jornal Folha de São Paulo do último domingo, para compor um perfil do nosso presidente. Parafraseando Affonso Romano de Sant?Anna (no seu "A implosão da mentira"), é "um presidente que mente, mente de corpo e alma, completamente. E mente de maneira tão pungente que a gente acha que ele mente sinceramente. Mas que mente, sobretudo, impune/mente... E mente tão nacional/mente, que acha que mentindo história afora vai nos enganar eterna/mente".
(Augusto de Franco)


A corrupção e a prevaricação são eternas conseqüências da burocracia.


Os podres poderes da República são os maiores corruptores da sociedade.


Quanto maior o poder público mais a corrupção espalha suas raízes contaminando as relações públicas e privadas.


Por decisão do STF está nas mãos do próprio STF e do Procurador Geral da República o direito unilateral de solicitar o indiciamento da canalha da corrupção que se enquadrar nas regras do foro privilegiado, instituto da mutação da calhordirce da política prostituída criado para proteger a máfia dos ladrões que fazem, há décadas de desgovernos civis, os contribuintes de palhaços e imbecis.


Para brindar a sociedade com um digno exemplo da podridão corporativista das nossas instituições públicas, em nome da “Justiça”, os “excelentíssimos” togados do STF anularam os processos de um senador e um deputado que foram indiciados por estarem envolvidos em grotescos casos de corrupção. Agora a Polícia Federal também é refém do corporativismo petista que controla os podres Poderes da República. Suas ações passam a ser subordinadas à vontade do submundo da política prostituída.


Nosso sistema político, a corruptocracia, está aparando suas arestas para tornar o Estado, cada vez mais, o paraíso dos corruptos e prevaricadores, protegidos pelo corporativismo mais sórdido e com o aval da “Justiça”, bastando serem leais à base política aliada do desgoverno ou cúmplice dos seus cúmplices.


A história tem nos ensinado - especialmente à canalha da academia que vive sob o guarda chuva das sinecuras públicas servidas por outra canalha, a dos prostitutos da política - que burocracia é sinônimo de corrupção e prevaricação, e quanto maior for a máquina do Estado, maior o suborno da sociedade promovido pelos patifes que servem aos interesses das prostitutas oligarquias políticas dominantes, que têm seus representantes no poder público sustentado por mais de cinco meses de trabalho dos contribuintes.


No caso do Brasil, por força da falência cultural e educacional de mais de 70 % dos eleitores, a situação é gravíssima, abrindo espaço para que o Estado seja absolutamente dominado pelas oligarquias prostitutas que se revezam no poder pelo poder, com o submundo que as sustentam, camuflado por brigas políticas entre situação e oposição, mas mergulhados no mesmo mar da canalhice da patifaria da política prostituída.


O resultado é que o poder público no Brasil do petismo afundou definitivamente no corporativismo mais sórdido que promove, com um fisiologismo criminoso, o cenário para o perdão de todos os canalhas da corrupção e da prevaricação – as “gangs dos quarentas”-, assim como favorece o terreno para a sustentação de uma burguesia comunista que já está dominando as instituições públicas, corrompendo ou subornando todos à sua volta. Em breve teremos mais de cem mil militantes do mais sórdido filho dos ovos da serpente da prostituição política espalhados por todos os setores do poder público com suas canalhas ramificações na sociedade civil.


O Estado Comunista de Direito já está se tornando uma realidade no país diante da omissão de uma sociedade absolutamente covarde na ação e na reação.


Muito oportuno citarmos o texto de Eduardo Galeano, um autor de esquerda:


“Desfeitos os utópicos sonhos marxistas da sociedade sem classes e evidenciada a intrínseca ineficiência do chamado "socialismo real", os comunistas se unem aos piratas hegemonistas da globalização para a opressão dos povos através da liquidação do Estado nacional e dos direitos individuais conquistados em séculos de progresso da humanidade. Uns entram nesta espúria sociedade com o know-how de controle de massas acumulado pelo estado policial marxista-leninista, outros com o capital, a tecnologia e o gerenciamento eficiente da produção. É o total esmagamento do indivíduo, tal como concebido na sociedade livre e democrática, e sua transformação numa massa coletivizada sem direitos e liberdades individuais, o retorno à barbárie".


No Brasil, prostituído pela política suja, somente a burguesia petista e seus cúmplices terão os plenos benefícios do Estado Comunista de Direito corrupto e prevaricador.


Enquanto milhares de vítimas da exclusão social apodrecem nos ambientes prisionais, pagando na forma pior possível pelos seus crimes, porque não podem bancar a conta de criminalistas corporativistas que promovem a “inocência” de bandidos, terroristas, ladrões e ladras de bancos, amigos e protegidos do mais sórdido canalha e representante da política prostituída, o país irá presenciar, novamente, o engodo de uma Justiça - fraudulenta de princípios éticos e morais – que está, metodicamente, preparando o terreno da absolvição da maioria ou de todos os canalhas das “gangs dos quarentas” e seus cúmplices.


A podridão corporativista que domina o Estado é absolutamente exemplificada pelo caso Renan, que já se transformou uma mancha fétida na história do país, dando absoluta transparência para a canalhice política que sustenta um Poder Legislativo – deputados, senadores e cúmplices - que deveria ter a maioria de seus membros colocados na cadeia.


A parcela da sociedade – civis e militares – que ainda tem respeito pela pátria e pelas relações sociais fundamentadas na ética, na moralidade, e na honestidade, precisa se reunir e plantar sementes revolucionárias para acabar com esse poder público corporativista, fisiológico, prevaricador que é, na verdade, o grande responsável pelo atraso social e econômico do país.


Usando as palavras de um canalha da política podemos afirmar que nunca nesse país estivemos com nossas instituições públicas tão apodrecidas e tomadas por tantos corruptos e prevaricadores.


Somente no dia em que a corrupção for classificada como crime hediondo contra a sociedade, o país terá uma Justiça realmente digna desse nome.


São esses canalhas da política prostituída que contaminaram os poderes da República durante as últimas décadas os grandes responsáveis por todas as mazelas que apodrecem o tecido social. Com raras exceções, suas ações continuam sendo criminosamente abafadas por uma “Justiça” que protege os ricos, os corruptos, e seus cúmplices, punindo apenas os “escolhidos” bois de piranha, e todos aqueles que não têm acesso ao submundo da manipulação dos códigos legais pelos representantes da “Justiça”.


O entorpecimento dos homens da caserna, e a destruição de sua estrutura moral e material pelos desgovernos civis, contaminaram o resto da sociedade, acovardada diante de uma canalha corrupta e prevaricadora, que está fazendo o que bem entende com as instituições públicas do país, apoiados por grandes empresários sem pátria, por uma Igreja omissa, por uma academia calhorda, por empresários das comunicações cúmplices da manipulação da opinião pública, por uma classe de artistas controlada pelo medo de perderem seus empregos, por milhares de funcionários públicos vendidos, pela classe dos estudantes universitários subornados pelo clientelismo e por verbas públicas, e por um sistema financeiro que fica cada vez mais bilionário com o produto do sangue suor e lágrimas de milhões de cidadãos pagadores de impostos, mas desprovidos da consciência crítica necessária para reconhecer seu papel de palhaços do Circo do Retirante Pinóquio, seja pela falência da educação e da cultura, ou pela covardia de se rebelar contra os canalhas da prostituição da política que tomaram conta do Estado.


Antes que seja tarde demais a sociedade precisa entender que o poder público é o corruptor da sociedade e o grande responsável por milhares de mortes causadas pela falência da segurança pública, do sistema de saúde e todos os demais serviços pagos pelo contribuinte.


O poder público no país precisa ser destituído e substituído por estruturas humanas honestas e éticas, controladas por novos códigos legais aplicados por uma Justiça digna desse nome.


A corrupção e a prevaricação sempre existirão no submundo da política. Contudo, no nosso país, elas são os instrumentos dominantes e preferenciais da luta pelo poder, e já criminalizaram as relações públicas e privadas de forma ampla, geral e quase irrestrita.

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