sexta-feira, 30 de novembro de 2007

UMA NAÇÃO DE APERTADORES DE PARAFUSO


Está lá no Blog do Diego do dia 29/11: "Metade das empresas quebram no Brasil em apenas 8 anos". Os dados revelados na coluna são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas, no Jornal Nacional, no Jornal da Band e em todos os outros que fazem parte da mídia de grande alcance (no caso do Brasil, rádio e TV) as "chamadas" diárias revelam um outro Brasil:

- Há crescimento de emprego (mesmo que seja o do de catador de lata),

- Há crescimento da produção industrial (mesmo que seja o do da indústria de bens primários),

- O IDH (índice de desenvolvimento humano) é o melhor de nossa História (mesmo que este índice só tenha sido criado depois dos governos militares, no caso do Brasil, e que quando, certamente, os índices seriam infinitamente superiores, pois o Brasil simplesmente saiu da posição de 46 economa mundial para a 8),

- A produção e a venda de automáveis cresceu e bate récordes (mesmo que a razão disso sejam os financiamentos em 3 anos com taxas de juros que fazem o sujeito pagar quatro vezes o valor real do veículo que comprou, mas que ele acaba optando por pagar assim mesmo porque os sistemas de transporte urbanos são péssimos - fora os riscos de assalto),

- As vendas de bens de consumo duráveis crescem (mas, pelos mesmos motivos que crescem as dos automóveis - prazo e crédito), assim como também crescem as vendas nos supermercados (mesmo que seja simplesmente porque até comida esteja sendo comprada com crédito....)

- E o Natal deste ano vai bater récorde no volume de vendas (mesmo que seja pelo fato de que a cada roupa produzida no Brasil que deixará de ser vendida - por causa do preço e da covardia das condições de concorrência - serão vendias 30 blusinhas "made in China" - ou equivalentes - por 1/3 do preço, mas que são fruto de mão-de-obra escrava (escravidão essa que chegará por aqui, mais cedo do que se pensa... justamente por questão de "sobrevivência me engana que eu gosto" do mercado).

Com um detalhe a esclarecer: o pessoal não compra blusa produzida por escravos porque queira "levar vantagem em tudo", não - é porque precisa se vestir - até mesmo para alimentar a indústria da moda, que de supérflua só tem o nome, pois emprega milhões de pessoas no mundo todo - e não tem outra opção. O mesmíssimo raciocínio pode ser usado para explicar a "febre" do consumo de DVDs pirata, que são vendidos a R$ 5,00 cada. Quem é que compra esses DVDs? A nova classe média da informalidade e a nova elite endinheirada do socialismo (ambas pelo mesmo motivo: a cultura da ignorância e da falta de educação) e, mais recentemente, pela velha classe média, em indisfarçável decadência financeira, para a qual, infelizmente, levar a família ao cinema passou a ser "programa de rico". Todos, porém, o fazem por uma simples e óbvia razão: "a gente não quer só dinheiro - a gente quer cultura, diversão e arte".

Voltando às empresas, como diz lá no Blog do Diego, "É dura a realidade para o empreendedor brasileiro: burocracia, carga tributária asfixiante e um governo que só entra para retirar dinheiro, oferecendo quase nada em troca. O resultado não poderia ser outro - mais da metade das empresas quebram no Brasil em apenas 8 anos".

De acordo com o IBGE, das 738 mil criadas no país em 1997, apenas 51,6% continuaram funcionando até 2005, sendo que mais da metade deste percentual veio a fechar as portas depois de 2002. Outro dado grave: os índices revelam que as empresas que mais resistiram foram as que tinham um mínimo de 100 pessoas empregadas - o que, para um país como o nosso, pode significar o mesmo que um negócio de médio porte para cima. Ou seja, o pequeno empresário, que é o maior empregador de mão-de-obra nacional e que também é responsável pela diversificação (e até pela criatividade) de nosso mercado, não está conseguindo prosperar no Brasil.
As conseqüências disso são evidentes: crescimento desproporcional do mercado informal - leia-se "se-virismo" -, aumento exacerbado do número de trabalhadores a espera de um emprego (o que concorre para desvalorizar os salários e para à marginalização cada vez maior dos indivíduos que possuam menos recursos de formação intelectual - é o caso, por exemplo, de homens que falam até duas ou três línguas estrangeiras e que acabam trabalhando como motoristas, ou o de pessoas com nível superior que acabam tomando as vagas oferecidas para gari nos Estados).

Todo esse ciclo de "bons ventos" da economia movida a crédito, com farta redistribuição "robinhoodiana" de terras e de renda (que não é renda, é salário) - DOS OUTROS, é claro - por parte do governo, vai transformar o Brasil numa terra de três classes - os milionários da nomenklatura, a classe dos que trabalham (para morar, comer e consumir - tudo mal - e, é óbvio, pagar impostos) e a classe dos miseráveis (o exército dos despossuídos dispostos a tudo para não deixar de receber as esmolas de seus ídolos da nomenklatura). Vai transformar o Brasil na potência da indústria extrativista e de bens primários. Vai transformar os brasileiros num bando de "apertadores de parafuso", incapazes de agregar intelectualidade reflexiva às suas atividades produtivas - vai transformá-los num bando de papagaios obedientes ao governo, conduzidos pela mídia grande irmã.


Rebecca Santoro
E-mail: rebeccasantoro@gmail.com
Imortais Guerreiros - http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/index.htm
A VOZ DOS GUERREIROS - http://imortaisguerreirosnossavoz.blogspot.com/
(Cópia em: http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/reproduoavozdosguerrei.htm)
CRISE AÉREA: http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/crisearea.htm e http://acidentetam2007.blogspot.com/
MEMÓRIA INFOMIX: http://acidentetam2007.blogspot.com/ (Deixe seu recado)
MEMÓRIA MÍDIA SEM MÁSCARA: http://www.freewebs.com/imortaisguerreiros/mdiasemmscara.htm

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

ESPIONAGEM CUBANA E OS CÍRCULOS BOLIVARIANOS

Comentários: G. Salgueiro
Fonte: Notalatina

Notalatina trouxe esta semana, COM EXCLUSIVIDADE PARA O BRASIL, uma entrevista com o ex-espião cubano Uberto Mario Hernández, que trabalhou na embaixada cubana na Venezuela, entre 2000 e 2003, e resolveu falar à jornalista María Elvira Salazar no programa “Polos Opuestos”, da MegaTV de Miami, em junho deste ano. Hoje ele vive exilado na Flórida, depois de haver desertado.
Mario é jornalista desportivo e trabalhava na “Radio Rebelde” em Pinar del Río (Cuba) quando foi mandado para a Venezuela. Lá, ele foi trabalhar como espião na embaixada de Cuba e recebeu, por parte do governo da Venezuela, identidade, passaporte e endereço como venezuelano, com o nome de José Carlos Contrera. Dentre outras coisas, ele conta que sua função principal era espionar jornalistas opositores e repassar as informações para o embaixador de Cuba na Venezuela, German Sanchez Otero.
Sobre esses documentos falsos que ele diz ter recebido não é novidade, pois aqui mesmo neste blog eu já denunciei isto inúmeras vezes, inclusive em época de eleições e referendos onde mais e mais agentes do G2 cubano chegam para dar apoio a Chávez e votar a seu favor.
A espionagem é feita não só aos opositores venezuelanos mas também aos cubanos que estão lá nas “missões” (médicos, desportistas, alfabetizadores – que são FUNCIONÁRIOS do governo). Mário conta que certo dia foi chamado ao escritório do diretor geral do aeroporto de Maiquetia, - Cel Tomás Rodríguez, que cuidava da segurança na embaixada cubana - , na cidade de Vargas, e que através de um lap top ele pôde ouvir TODA a conversa que esses cubanos estavam tendo com suas famílias na Ilha, (eles tinham direito de ligar DE GRAÇA para Cuba cuja despesa era paga pela PDVSA, ou seja, o Estado venezuelano, com o dinheiro do povo); todos eram monitorados completamente, inexistindo privacidade de informações. Os informes (“chuletas”) colhidos daí e de outras coberturas, eram enviados para a central de espionagem dos cubanos que fica no 3º andar do prédio da embaixada e de lá enviado para Fidel via mala diplomática.

Ele conta que a empresa CONEXTEL, que importa e exporta todo o material de eletrônica em Cuba, fez um acordo com o governo na Venezuela e está lá desde 19 de outubro de 2000. Todo o material que é utilizado para doutrinação e treinamento (áudio, vídeo, DVD) é feito pelo Departamento Ideológico do Partido Comunista de Cuba e elaborado pela CONEXTEL, inclusive funcionários do Instituto Cubano de Rádio e TV estiveram na Venezuela – mais de 100 pessoas – montando rádios comunitárias e serviços de escutas, como esse do aeroporto de Maiquetia. O próprio Mario montou 9 dessas rádios comunitárias, cujo objetivo é fazer doutrinação ideológica e espionar, através de delinqüentes que vivem espalhados pelos diversos bairros e que gravam conversas ouvidas de opositores, e depois entregam à embaixada cubana.

A Internet também está monitorada – leia-se CENSURADA -, sobretudo depois que a maior empresa do ramo, a CANTV, foi estatizada. TUDO o que os opositores assinantes de CANTV escrevem e que circula pela rede, é monitorado diretamente por esses espiões na embaixada de Cuba, e são mais 1.000 os infiltrados no Departamento de Segurança da Venezuela.


O assessor de Chávez para a criação da TeleSur chama-se Ovidio Cabrera, que é Vice-Presidente do Instituto Cubano de Rádio e TV, ideólogo do PCC há 30 anos. Agora é possível compreender porquê a maioria dos e-mails que envio para amigos que utilizam este provedor é devolvido, com o “simpático” aviso de que a mensagem não foi entregue porque enviei spam.


Vale destacar aqui, também, que este tipo de censura e monitoramento está sendo feita pelo ParTido-Estado, pois em nota recebida ontem, a jornalista Dora Kramer denunciava que os computadores dos funcionários do Ministério da Fazenda eram bloqueados pelo “comitê de segurança” a acessar a página do PSDB e de informativos sobre “política e opinião” por serem assuntos “não profissionais”. O site do PT, entretanto, é liberado. E em breve, seremos todos nós, funcionários de Ministérios ou não.


Outra informação grave, denunciada nesta entrevista, dá conta de que na ilha La Orchila há uma base de espionagem – Centro de Operações de Internet – e uma base de submarinos. Essa base usa a fachada de uma agência de mergulhos, entretanto, foi aí que se reuniram Chávez, Fidel, Sanchez Otero e outros para criar um cabo submarino que liga Cuba e Venezuela, aumentando em 2.500 vezes as comuicações entre os dois países. Isto justifica as compras de submarinos russos que Chávez fez ano passado.


Cabe lembrar que todas as operações ilícitas feitas por Fidel Castro, sobretudo com relação ao narcotráfico, foram feitas utilizando submarinos em águas internacionais, daí porque o DEA sempre teve dificuldade em provar que o governo ditatorial cubano participava ativamente do narcotráfico, conforme relata Luis Grave de Peralta Morell, em seu livro “A Máfia de Havana”, ainda inédito no Brasil. (veja texto em azul abaixo)
Quem montou este Centro de Operações em La Orchila foi o sr. Angel Gamos, um dos últimos oficiais da Segurança de Cuba, que é filho do Coronel Cargame, delegado do Ministério do Interior (MiNint) encarregado do caso do General Ochoa, fuzilado após “confessar” sua participação no narcotráfico, coincidentemente neste caso em que o DEA não encontrou provas. Ele foi o bode expiatório escolhido para salvar a pele de Fidel e de Raúl, porque o DEA estava a um passo de chegar a esta conclusão...


Mas a parte mais preocupante e grave desta bombástica entrevista é quando ele fala do recrutamento de jovens para o exercício da espionagem e militância. Ele explica que os “Círculos Bolivarianos” são formados por hordas de delinqüentes, drogados, marginais que não têm nada a perder e que agem de forma violenta e armada, conforme o Notalatina apresentou em sua última edição sobre as agressões sofridas pelos estudantes, dentro das universidades.


Ex-funcionários do regime cubano estão na Venezuela dando aulas de espionagem nas “Escolas de Capacitação de Trabalhadores Sociais”, nome muito elegante para esconder seus reais objetivos. Por essas escolas já foram doutrinados e treinados durante 45 dias, mais de 5.000 jovens venezuelanos que formam hoje os “Comitês de Jovens Bolivarianos”, cujo objetivo é difundir e arregimentar adeptos à revolução bolivariana.


Aqui no Brasil existem vários desse grupos que apresentam-se com o nome de “Círculos Bolivarianos”, mas cujo objetivo é o mesmo dos Comitês de Jovens, conforme pode-se comprovar através deste artigo Círculos Bolivarianos no Brasil, escrito por Carlos I. S. Azambuja para o site Mídia Sem Máscara.


É isto que está ocorrendo na Venezuela hoje e é isto que está invadindo nosso país, silenciosa e cinicamente, porque a mídia inteira se cala sobre estes crimes que provêm da união maligna entre Chávez+Lula+Castro, o “Eixo do Mal” do Foro de São Paulo, denunciado há quase uma década pelo saudoso Dr. Constantine Menges.


Será que depois de ouvir esse depoimento tão grave e fidedigno, pois o autor das denúncias foi participante direto de tudo que denuncia, os brasileiros ainda vão ficar indiferentes à malignidade do ingresso definitivo de Chávez ao Mercosul? Será que os nacionalisteiros – civis e militares – ainda vão “lamentar” que alguém no Brasil não queira a ajuda de Chávez?


Deixo com a consciência de cada um, julgar de que lado quer ficar: se do Brasil, com toda esta corja de comunistas no raio que os parta, ou mancomunados com a pior escória do planeta, apenas para ser contra tudo (sem separar o joio do trigo) que vem dos Estados Unidos.


Aqui estão os vídeos da entrevista que juntos somam pouco mais de 15 minutos:
















Proposta de fusão entre Venezuela e Cuba

por Edgard C. Otálvora
08 de novembro de 2007


Resumo: A Confederação Cubano-Venezuelana seria o caminho escolhido por Fidel Castro e Hugo Chávez para garantir a sobrevivência do atual regime na ilha.


© 2007 MidiaSemMascara.org


A fusão dos governos da Venezuela e de Cuba em uma única entidade é, segundo fontes consultadas em vários países, algo mais que uma frase de ocasião. Tanto o governo venezuelano como setores específicos do regime cubano estariam considerando esta opção seriamente. No caso da Venezuela, o governo de Hugo Chávez se propõe dar pavimento constitucional a essa via, incluindo na reforma constitucional uma claúsula que permitiria um governo conjunto Caracas-Havana.


A criação de uma entidade que unifique os governos da Venezuela e de Cuba foi incluída como parte das reformas constitucionais que os deputados da Assembléia Nacional colaram à proposta inicial apresentada por Chávez.


No artigo 153 foi incorporada a “Fundação de Repúblicas que consolidem os projetos estruturantes da região” como uma das ações que a República “promoverá e favorecerá”.


De acordo com o Dr. Adolfo Salgueiro, na semana passada, poucas horas antes que a Assembléia Nacional (AN) levasse ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o texto “definitivo” da reforma, o conteúdo do Artigo 153 foi modificado sem ter ido a nenhum “debate” parlamentar. Salgueiro, que vem realizando um minucioso exame do texto constitucional proposto e seu impacto no campo internacional, fundamenta que a “fundação de Repúblicas” gerou mal-estar entre grupos chavistas os quais imediatamente relacionaram o texto (saído ao que tudo indica de Miraflores) com o que Chávez já havia adiantado poucos dias antes em Cuba, sobre a fusão dos dois governos.


O texto do artigo 153 que finalmente foi entregue pela senhora Cilia Flores – presidenta da AN – à senhora Tibisay Lucena – presidenta do CNE -, já aparece na página da Internet do organismo eleitoral. No texto que será submetido à votação em dezembro foi apagada a parte que diz “fundar Repúblicas”, introduzindo com camuflagem a mesma idéia. O texto definitivo já não se refere à criação de novas repúblicas, senão que faz referência a que a República promoverá a “Confederação” (escrito com maiúsculas pelos redatores) na América Latina. O produto de uma “Confederação” segundo o neutro dicionário da Real Academia, é a criação de um Estado. A nova Constituição abre assim caminho para a formação de um novo Estado resultante da confederação ou aliança de Cuba e Venezuela.


A modificação do artigo, nas intimidades palacianas, foi realizada com tal discrição que, ao que parece, não se inteiraram nem sequer no diário “Últimas Notícias”, dirigido por Eleazar Díaz Rangel, um publicitário próximo do governo. Em sua edição do domingo passado, quando o texto definitivo já aparecia nas páginas oficiais na web, esse matituno publicou um resumo do conteúdo da mudança da Constituição no qual ainda figura como Artigo 153, o correspondente à “fundação de Repúblicas”.


Durante sua visita a Cuba iniciada em 12 de outubro passado, Hugo Chávez referiu-se a que, na prática, os governos da Venezuela e de Cuba são um só. Chávez utilizou em várias de suas intervenções públicas a palavra “confederação”, para referir-se à fusão dos dois governos.


Américo Martí, um cuidadoso analista do dia-a-dia cubano, ressalta o fato de que nas palavras de Raúl Castro em resposta a Chávez, o cubano nunca se referiu a algo que pudesse ser entendido como uma fusão de ambos os governos. Com efeito, o presidente interino cubano falou de “união e integração”. O contraste de posições entre ambos os mandatários se produziu durante a assinatura de uma nova série de acordos bilaterais no dia 15 de outubro.


Poucos dias depois, o chanceler cubano Felipe Pérez Roque falou implicitamente, desde Nova York, sobre o tema da fusão com a Venezuela. E o fez sob a euforia de haver derrotado os Estados Unidos na ONU, quando a maioria dos países votou rechaçando o embargo norte-americano à ilha. Nesse contexto, Pérez Roque assegurou que seu país estava disposto a ceder sua soberania e bandeira em honra da “Pátria Grande”.


A Confederação Cubano-Venezuelana seria o caminho escolhido por Fidel Castro e Hugo Chávez para garantir a sobrevivência do atual regime na ilha, o qual está em dúvidas, uma vez que o cubano faleça ou fique, por razões de seu estado de saúde, anulado em sua capacidade de intervir no exercício do poder.


Após o discurso de George W. Bush sobre Cuba, pronunciado na Casa Branca em 24 de outubro, ficou no ambiente certa ambivalência sobre a posição definitiva de Washington ante um governo de transição encabeçado (diretamente ou com um segundo interposto) por Raúl Castro. Parece pouco provável que Raúl Castro e a casta militar que se mantém a seu redor, estejam na linha de uma fusão com a Venezuela. A Confederação seria então um projeto dos civis que rodeiam Fidel e os que têm ligações privilegiadas com Chávez.

VOCÊ ACHA QUE O COMUNISMO ACABOU?





VOCÊ ACHA MESMO QUE NÃO EXISTE COMUNISMO NOS EUA?










Círculos Bolivarianos no Brasil




26 de outubro de 2007


Resumo: A infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI.

Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5. Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao caos primitivo, esta parte seria a América”. (Simon Bolívar, falecido em 17 de dezembro de 1830)

Em 24 de outubro de 2007, o jornal Correio Brasiliense, de Brasília, publicou matéria a respeito dos Circulos Bolivarianos existentes no Brasil, bem como o esforço do governo venezuelano, através de um grupo de diplomatas, de municiar essa organização – Círculos Bolivarianos – de política anti-imperialista para transformar o Brasil numa democracia socialista. O título do artigo é apropriado ao tema: Ameaça à Soberania.

Segundo a matéria, a infiltração ideológica de Hugo Chávez no Brasil vai muito além do lançamento e distribuição às universidades e escolas do livro Simon Bolívar - O Libertador. O livro é apenas a ponta de um iceberg do projeto político de Hugo Chavez para o Brasil, país no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do Socialismo do Século XXI.

O trabalho de campo está sendo articulado e coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, assessor de política internacional de Hugo Chávez (http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/19/o-brasil-e-imperialista/). Diz a matéria que a infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI. Nesse sentido, Maximilian Arvelaiz há quase um mês percorre várias capitais brasileiras com a missão de coordenar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Tal articulação culminará com a realização da I Assembléia Bolivariana Nacional, em dezembro, no Rio de Janeiro, quando será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano, uma frente anti-imperialista que não passa de um ambicioso projeto destinado a transformar o país numa democracia socialista. As linhas teóricas do Estatuto desse organismo – obtido pelo autor da reportagem – repetem, sem timidez, o ideário da reforma constitucional que está sendo feita na Venezuela, bem como a meta de Hugo Chávez de construir um poder popular para formar uma Federação Socialista Latino-Americana.

O Movimento Bolivariano terá um hino, um símbolo e uma bandeira, e prevê a cooptação de posições estratégicas em partidos políticos, sindicatos, associações de moradores, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas. Nesse trabalho, Arvelaiz não está sozinho. Dispõe de uma equipe de 15 diplomatas lotados na embaixada e em diversos consulados, inclusive um Adido de Inteligência. Essas pessoas foram mandadas ao Brasil com a justificativa oficial de que se trata de um reforço diplomático para impulsionar as relações bilaterais. Sem dúvida, uma justificativa coerente, uma vez que o próprio presidente Luiz Inácio classifica Hugo Chávez como um parceiro importantíssimo e sua base parlamentar faz esforços para a imediata aprovação no Congresso do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul.

Prossegue o autor da reportagem, escrevendo que o enviado especial de Chávez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos já existentes no Brasil, a fim de instruí-los sobre a mudança de status dessas células sociais: deixam de ser unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e tornam-se parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada, composta por mulheres e homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e latino-americana à definitiva independência.

A convocatória para a realização da conferência para a criação dos Círculos Bolivarianos, dias 8 e 9 de dezembro, no Rio de Janeiro, termina com as seguintes palavras-de-ordem em uma página (http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/) mantida pelos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, coordenada pelo jornalista Aurelio Fernandes, membro da CUT e do Diretório Nacional do PDT:

Ousar sonhar! Ousar Lutar! Ousar Vencer!
Não ao imperialismo, não ao liberalismo, não ao reformismo!
Poder Popular!
Pátria, Socialismo ou Morte! Venceremos!



Recorde-se que os Círculos Bolivarianos Leonel Brizola são uma iniciativa do Partido Comunista Marxista-Leninista e as palavras-de-ordem Ousar Lutar! Ousar Vencer! eram as utilizadas pela Vanguarda Popular Revolucionária durante a luta armada dos anos 60 e 70.


Aurélio Fernandes conseguiu unificar todas as organizações similares existentes no Rio, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários e para isso recebeu apoio do Cônsul da Venezuela no Rio de Janeiro, embaixador Mario Guglielmelli Vera.

O Movimento a ser fundado em dezembro de 2007 terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania
(http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/), em cujo nome estarão todas as propriedades e documentos legais do Movimento Bolivariano, à semelhança do que já acontece com o MST, que legalmente não existe, e tem suas finanças geridas pela ANCA – Associação Nacional de Cooperação Agrícola.

Os Círculos Bolivarianos reúnem em sua direção intelectuais, políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol, PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior números de unidades bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva do Círculo Bolivariano Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Amazonas também têm organizações bolivarianas
.

Trechos do Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil (
http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/):

“É uma organização política que se define como bolivariana, guevarista e brizolista. Fundamenta na teoria marxista sua visão crítica e revolucionária, contra o capitalismo (…) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. Utilizaremos todas as formas de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem como objetivo a tomada do poder”.

“Lutamos por uma sociedade socialista que prepare as condições para uma sociedade sem classes e sem estado: a sociedade comunista. Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela unidade e independência da América Latina”.

“O povo trabalhador deve se organizar e lutar para construir o Poder Popular através da conquista do Estado e o controle dos meios de produção. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da teoria à prática local concreta”.

“O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e municípios”.

“A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes por estado”.

“As principais missões que deverão agrupar os companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações Internacionais”.

“O Movimento deverá implementar e organizar seus militantes na forma de círculos bolivarianos, agrupando os companheiros, desde a base, em seus locais de luta no trabalho, na moradia e no estudo. Para o melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de funcionamento específicas”.

“Em todas as atividades do Movimento devem estar presentes a Bandeira e o Hino (a serem definidos). Todos os meios de comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados para divulgação”.

Essas atividades bolivarianas, no entanto, vêm de longe, como se observará pela leitura da página do Círculo Bolivariano de São Paulo.

A Casa Bolivariana, no Rio, funciona na Praça da República 25-3º andar, local onde nos dias 13 a 17 de novembro de 2006, a pretexto de comemorar os dois anos de fundação dos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, foram realizadas uma série de conferências sobre os temas “Pensamento Social Latino-Americano”, “Marxismo, Bolivarianismo e Brizolismo”, e “Poder Popular e Movimentos Sociais”, bem como um ato público em favor da reeleição de Hugo Chavez à presidência da Venezuela.

Antes disso, em 5, 6 e 7 de outubro foi realizada em São Paulo uma reunião do Grupo de Trabalho, preparatória para o Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas em 20/23 de novembro de 2003, com a presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Al Socialismo boliviano, Movimento Pachakutuk, do Equador, Movimento Piquetero Barrios de Pie, da Argentina e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, de El Salvador, partidos e movimentos que organizaram o Congresso de Caracas. Fernando Bossi, historiador argentino, membro do Projeto Emancipação, foi o Secretário de Organização do Congresso.

Uma das decisões do Grupo de Trabalho foi a de articular o seguinte calendario de protestos com o objetivo de potencializar a boa capacidade de mobiização existente:

- 13 a 15 de novembro de 2003: Cúpula Social dos Povos Santa Cruz de la Sierra;
- 16 a 23 de novembro de 2003: Campanha contra a Militarização;
- 18 a 21 de novembro de 2003: Miami – Mobilização contra a ALCA;
- 20 a 23 de novembro de 2003: Congresso Bolivariano dos Povos;
- 26 a 30 de janeiro de 2004: Havana – Campanha Continental contra a ALCA;
- 08 a 12 de março: Quito – Foro Social Americano.

O I Congresso Bolivariano dos Povos foi antecedido pela Reunião de um Grupo de Trabalho, realizado em Caracas dias 28 a 30 de agosto de 2003, e adotou as seguintes Resoluções:

- Criação de uma Secretaria Provisional do Congresso Bolivariano dos Povos;
- Criação de Comitês Nacionais que sirvam para comunicar o que for discutido e resolvido neste Encontro preparatório e impulsionar a mais ampla convocatoria, sem exclusões, às forças populares de cada país;
- Organização obrigatória, por parte dos Comitês Nacionais, de um encontro preparatório para a realização do Congresso Bolivariano dos Povos em novembro de 2003;
- São propostas as datas comuns de mobilização em todos os países latino-americanos e caribenhos, o 12 de outubro, Dia da Resistencia Indígena, e o 13 de abril, Dia da Democracia Participativa e em homenagem à vitória do povo venezuelano ante o golpe fascista de 11 de abril de 2002;
- Construção de uma ferramenta imediata de comunicação entre as organizações populares paricipantes desta convocatoria. A proposta é a criação de uma página-web onde se publiquem as Resoluções deste Encontro e as diferentes informações sobre iniciativas de cada país;
- Realização de um vídeo que sirva para propagandear o Congresso Bolivariano dos Povos através de TVs de cada país;
- Preparação e edição de material didático sobre a reconstrução das lutas populares, onde se incluam acontecimentos e figuras das batalhas de libertação e independência de nossos povos, com ênfase na menção dos militares patriotas do nosso continente;
- Avançar na idéia de establecer convênios de educação popular e formação política entre nossos países e organizações, partindo da existencia da Universidade Bolivariana da Venezuela e auspiciando que seja esta que coordene a referida tarefa. Propiciar também a idéia de cátedras bolivarianas em cada um de nossos países, onde se estude a verdadeira história e realidade de nossos povos - realizar uma lista e cadastro de todas as organizações populares de nosso continente, a fim de que cada país convocante conheça o amplo marco de concorrência ao evento de novembro.

Para implementar as propostas acima, aprovadas por unanimidade, foi decidido designar os integrantes da Secretaria Provisional:

• Circulos Bolivarianos, Venezuela
• Comitês de Defesa da Revolução, Cuba
• Frente Farabundo Martí de Libertação Nacinoal, El Salvador
• Movimiento Al Socialismo, Bolívia
• Movimiento Piquetero Bairros de Pie, Argentina
• Movimento dos Sem-Terra, Brasil

Em 2004, a Resolução Final do II Congresso Bolivariano dos Povos (Caracas, 06/09 de dezembro de 2004) aprovada por cerca de 200 delegados de toda a América Latina, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede de movimentos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre determinação dos povos e sua sobrevivência. As políticas neoliberais e suas e suas variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do encontro que teve como consigna a unidade latino-americana.

Entre as principais propostas está a formação de uma Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do agronegócio. O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento internacional para enfrentar as agressões a Cuba, à Venezuela e “as que serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do império”
(
http://www.voltairenet.org/article123170.html).

Para concluir, em dezembro de 2006 foi fundado no Rio de Janeiro o Partido da Revolução Bolivariana Nacional, com 109 assinaturas de eleitores de 11 Estados. Seus integrantes dizem se inspirar em Simón Bolívar (1783-1830), herói da independência de colônias espanholas na América, e no presidente da Venezuela Hugo Chávez, que diz promover uma revolução “bolivariana” e socialista. Os militantes do PRBN iriam propor a Chávez, que estava no Rio para a cúpula do Mercosul, uma “Internacional Bolivariana”, que una organizações de ideários semelhantes. O PRBN diz-se nacionalista e defensor da economia de mercado com presença forte do Estado. O presidente do PRBN é o empresário Paulo Memória, que já foi do PMDB e do PT do B. Como não poderia deixar de ser, o PRBN apóia o governo federal, mas seu modelo não é Lula, e sim Chávez, disse Paulo Memória.

(
http://www.panoramabrasil.com.br/noticia_completa.asp?p=conteudo/txt/2006/12/27/21788722.htm).



Por Jorge Serrão
Exclusivo

Alerta Total: http://alertatotal.blogspot.com/2007/11/relatrio-de-inteligncia-dos-eua.html

Transformou-se na mais recente dor de cabeça do presidente Lula da Silva um relatório reservado do Departamento de Estado norte-americano que revela as articulações da cúpula do Foro de São Paulo com organizações terroristas - que se aproveitam do dinheiro do tráfico internacional de drogas para financiar suas ações de terror. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve acesso ao relatório em que a CIA e a coordenação de contraterrorismo do Departamento de Estado dos EUA informam, extra-oficialmente, sobre as ligações perigosas dos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Moralles (Bolívia) e Daniel Ortega (Nicarágua) com narcotraficantes e guerrilheiros. Os três são da cúpula do Foro de São Paulo – balaio de gato que mistura partidos políticos de esquerda com ONGs e movimentos de esquerda armados (guerrilhas aliadas de narco-varejustas) na América Latina.

O Alto Comando do Exército sabe do teor do explosivo documento. O especialista de assuntos estratégicos de um grande jornal brasileiro, também – mas não pode divulgá-lo.Mas o Alerta Total apurou que o texto reservado tem o dedo de Joseph Cofer Black – que desde fevereiro deste ano é o presidente do The Black Group, que trabalha com “soluções totais em inteligência”. Antes deste empreendimento, por dois anos, Black foi vice-presidente da Blackwater USA – uma famosa empresa que funciona como um “exército privado". Antes disto, até 2005, Cofer Black foi coordenador de Contraterrorismo do Departamento de Estado norte-americano. Durante 28 anos, foi da diretoria de operações da CIA – a central de inteligência dos EUA. Informes de inteligência estimam que a Blackwater e o Black Group têm pelo menos 15 mil paramilitares de elite na América do Sul – grande parte nas regiões de fronteira do Brasil.

Uma das principais novidades do informe é sobre a origem da famosa droga sintética, muito popular entre os jovens adeptos das festinhas de rave. O documento reservado denuncia que o ecstazy que abastece a América Latina vem do Irã. O mais grave é que a droga chegaria ao continente através da Venezuela. O informe norte-americano revela que Hugo Chávez faz vista grossa para isto. Os EUA também têm indícios da colaboração direta de Chávez e de Moralles com as FARC (da Colômbia). Também detectaram um foco de prováveis terroristas iranianos em Foz do Iguaçu. Os terroristas serviriam para apoiar as ações de guerrilha na expansão da revolução bolivariana.


O relatório também indica o que todo mundo já sabe: Chávez usa o dinheiro do petróleo para expandir seu poder pessoal, em armamento, propaganda e treinamento de milícias para deflagrar sua revolução bolivariana. Outro informe-velho é que os analistas de inteligência norte-americanos avaliam que o presidente Lula teme o poderio bélico de Hugo Chávez – que é o coordenador militar do Foro de São Paulo. Mas o relatório reservado dos norte-americanos aponta que a grande ameaça geopolítica para o Brasil é o presidente da Bolívia.


O informe assegura que são fortes os indícios de que Evo Moralles tem intenções de tomar o Acre do Brasil. Para isso, o índio reforça sua fronteira de selva com um contingente de 23 mil homens. As tropas bolivianas teriam maior e melhor capacidade de armamento que o Exército Brasileiro.Os norte-americanos advertem que Chávez e Moralles pretendem radicalizar na ocupação militar das regiões de fronteira. No entorno do Acre, os dois pretendem colocar 27 mil homens em mais de 20 quartéis a serem implantados. Na fronteira com o Amazonas, os planos bolivarianos de curto prazo são para construir outras dezenas de quartéis com 30 mil homens treinados mais bem armados que os brasileiros.


Os norte-americanos já identificaram quem é o operador do dinheiro de Hugo Chávez em múltiplos investimentos no Brasil. O gestor do venezuelano virou alvo de observações pela fúria com que vem adquirindo o controle de empresas tradicionalmente norte-americanas, além dos grandes volumes de aquisições de terras nos estados de São Paulo e de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. Os analistas de inteligência dos EUA também identificaram que a máfia russa e os iranianos participam desta parceria de negócios. Como o gestor é um grande parceiro dos especuladores ingleses, os norte-americanos recomendam que ele ponha sua elegante barba de molho.


Em tempo: antes que alguém especule, o camarada não é o Zé Dirceu (que não tem barba), muito embora também faça negócios com os russos (vide o caso do Corínthians).


Os analistas de inteligência dos EUA falam abertamente em parceria de Chávez com a Al Qaeda. As milícias da Venezuela seriam treinadas no Irã. A mulher que invadiu recentemente um estúdio de tv para agredir o apresentador venezuelano - a deputada chavista Iris Varela - foi identificada como sendo uma miliciana, que já teria viajado 7 vezes para treinamentos no Irã.



Se os EUA sabem de tudo isso, por que não fazem nada? Os EUA agora não podem se preocupar diretamente com a América do Sul, por causa da frente aberta no Iraque. Os analistas de inteligência avaliam que outra frente, principalmente para ações de guerra na selva, seria derrota certa. Por isso e por enquanto, o Departamento de Estado dos EUA se limita a fazer pressões no Comitê Interamericano contra o Terrorismo (Cicte) da Organização dos Estados Americanos (OEA). As metas principais do governo Bush no combate ao terrorismo são: derrotar as organizações terroristas, atacando suas lideranças e seus sistemas de financiamento e de comunicação; e também cooperar com outros países para que se recusem a continuar patrocinando, apoiando ou abrigando terroristas.


Os norte-americanos indicam que Lula estaria irritado e perdido porque ficou fora de todo este processo pela hegemonia do poder no Foro de São Paulo. Os norte-americanos também revelam que o presidente de Cuba, Fidel Castro, deu uma “chamada” em Chávez para que o venezuelano tenha moderação na condução dos movimentos revolucionários. Não é por coincidência (que não existe) que Lula fará uma viagem, nas próximas semanas, para um encontro com Fidel Castro, o comandante do Foro de São Paulo, que pedirá ao brasileiro uma ofensiva contra o companheiro bolivariano.


Em tempo: os EUA avaliam que, com a morte de Fidel, Chávez quer pegar Cuba antes dos EUA.


No final de abril de 2006, o Departamento de Estado americano fez críticas à política de combate ao terrorismo adotada pelo governo brasileiro. O ataque foi em um relatório anual sobre o terror no mundo, no qual ficou escrito que o Brasil "não ofereceu o apoio político e material necessário para fortalecer as instituições antiterroristas". O relatório reclamou que o Brasil "preferiu não estabelecer um regime de designação de organizações terroristas" similar à "lista negra" criada por Washington. O documento destacou o problema do controle da Tríplice Fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai), que foi apontada como cenário de "arrecadação de fundos" por parte do Hizbollah (grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano) e do Hamas (grupo extremista islâmico).


Os analistas de inteligência norte-americanos já sabem que os narcovarejistas brasileiros pretendem alcançar o controle da distribuição de drogas no atacado e conquistar a liberdade de comércio no varejo. Por isso, os narcovarejistas brasileiros fazem parcerias com seus companheiros da Bolívia e da Colômbia. Na Bolívia, de onde partem 80% da cocaína consumida no Rio de Janeiro, a produção da coca é independente, feita pelos lavradores. O refino boliviano fica a cargo dos cartéis, que negociam com quadrilhas do Brasil e do Paraguai.


Na Colômbia, o cartel poderoso é o do Valle, que produz, refina e vende, direto para México, Estados Unidos e Europa. Era controlado por Juan Carlos Abadía, preso em agosto, em São Paulo. O bandido foi apanhado graças a informações levantadas e entregues de bandeja à Polícia Federal pelos “mercenários” dos exércitos privados e pelos agentes da DEA (Drug Enforcement Administration) norte-americana.


Um dos principais homens a negociar drogas com quadrilhas brasileiras é Javier Chimenes Pavão. Do Paraguai, onde construiu uma estância com mansões e haras, ele negocia carregamentos de maconha e de cocaína com dois grandes grupos : a quadrilha de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e de Ubiratã Brescovith, o Cheiroso, homem do Primeiro Comando da Capital (PCC). Associada à quadrilha de Fernandinho Beira-Mar, a facção criminosa PCC, de São Paulo, vem tentando montar um cartel de distribuição de drogas e de armas com os grupos de traficantes que controlam as favelas do Rio - sejam do Comando Vermelho (CV), ou do Terceiro Comando Puro (TCP) ou do Amigos dos Amigos (ADA). A revelação vazou da CPI do Tráfico de Armas da Câmara dos Deputados, feita pelo delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Roberto Porto, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, dispõe da gravação de grampos telefônicos autorizados pela Justiça que flagraram conversas de bandidos do PCC com a turma do CV.


SS

Denis Lerrer Rosenfield
Professor de Filosofia na UFRGS.
O ESTADO DE SÃO PAULO
26/11/2007

Deveriam causar estupefação, se não indignação, o apoio e os elogios do presidente Lula, do PT e dos movimentos sociais ao ditador Hugo Chávez. A forma demagógica dessa defesa se configura como sendo a da democracia, como se esse regime pudesse ser simplesmente identificado ao da servidão socialista, cujos malfeitos desfiguraram completamente um pretenso discurso de salvação da humanidade. Parece, no entanto, que alguns não querem aprender nada com a História, apresentando o irremediavelmente velho como se novo fosse. E no nível da repetição o ditador venezuelano é inigualável.

No processo em curso, um fato tem sido pouco apreciado na torrente de novidades que jorram do projeto liberticida daquele país: o desencadear de uma corrida armamentista tem um alto significado político, inserindo-se no projeto dito de “socialismo do século 21”. O uso de uma retórica “antiimperialista”, de corte leninista, amplamente utilizada depois por Stalin, não pode encobrir uma outra afinidade, a deste projeto com o nazismo, que, relembremos, significa “nacional-socialismo”.

Deixemos de lado, por carecer absolutamente de verossimilhança, a retórica chavista de que seu objetivo militar consiste na defesa do país contra um ataque do “império”. Esta formulação não faz o menor sentido. Em caso de guerra com os EUA, este país teria condições de destruir tudo o que Chávez comprou e comprará, em alguns minutos, se tanto. Seus Sukhoi-30, seus submarinos e seus mísseis não serviriam para nada. A superioridade militar da potência do Norte é de tal monta que toda a sua capacidade militar seria destruída em poucos minutos, se tanto. Tudo o mais é pura retórica de um demagogo que procura agrupar em torno de si uma esquerda latino-americana atrasada, em busca de um ídolo.

O problema muito mais decisivo é o de suas milícias, que seriam armadas com 1 milhão de fuzis. Para que servem, precisamente? Ora, só pode ser para controlar e disciplinar o povo e, se necessário for, assassinar os opositores. O seu modelo deve ser buscado em Hitler, que constituiu uma força desse tipo, as famigeradas SS. Esta força político-policial cumpria precisamente essa função, criando uma situação que Hannah Arendt considerou própria do “terror”. Não esqueçamos que essa pensadora considera tanto o nazismo quanto o comunismo como formas do regime totalitário, nada os distinguindo em seus traços essenciais. Eis por que elaborou o conceito de totalitarismo para dar conta dessas duas experiências históricas, que atentaram contra os maiores valores da humanidade.

Chávez segue também os passos de Hitler. O nome mudou, apenas o nome. A nova SS é, agora, denominada forças “bolivarianas”, que respondem diretamente ao ditador, sendo um poder paralelo completamente dominado por ele. Trata-se de um meio direto de exercício de sua força, com o uso explícito da violência. Os ataques aos estudantes venezuelanos são somente o início desse percurso, cuja finalidade reside no aparelhamento policial de toda a sociedade venezuelana. Observe-se que Chávez, ao formar esse poder paralelo, procura “curto-circuitar” os próprios órgãos do Estado, como as Forças Armadas e a polícia. O mais plausível é que delas desconfie por abrigarem opositores ao seu projeto totalitário. O seu ganho suplementar, em bom nacional-socialista, consistiria em criar um clima de completa insegurança pessoal e institucional, quaisquer pessoas e grupos podendo ser vítimas das “milícias bolivarianas-SS”. A quem recorrer quando atacados, se se trata da força pessoal do próprio ditador? A ele, que ordenou o ataque?

Há outro paralelismo com Hitler que merece ser destacado: o uso político da guerra. O seu discurso se volta demagogicamente contra os EUA (os nazistas discorriam contra o Ocidente e seus valores decadentes), quando, na verdade, o seu alvo é regional. A corrida armamentista visa a criar uma superioridade militar para conflitos setoriais, que possibilitariam produzir um clima de união nacional contra inimigos próximos, com os quais a Venezuela teria contenciosos ou obrigações. O objetivo é instrumentalizar politicamente a guerra, de modo a calar os adversários internos em caso de necessidade. Basta criar o fato da guerra para manter a sociedade mobilizada. Um Estado que perde a sua finalidade propriamente estatal da paz pública, por carecer de instituições estáveis, precisa estar em constante movimento.

A Venezuela tem problemas fronteiriços com a Guiana, reivindicando um naco de seu território. Com sua superioridade militar - ajudada pela fraca capacidade militar brasileira de dissuasão e por afinidades ideológicas do atual governo -, uma eventual invasão daquele país seria muito plausível. No que diz respeito à Colômbia, além de alguns problemas menores de fronteira, há a afinidade ideológica com as Farc e uma rivalidade política regional. Com a Bolívia a situação é ainda mais preocupante, pela existência de um acordo militar que viabilizaria uma intervenção militar venezuelana com o objetivo de dar sustentação ao projeto socialista daquele país. Em nome de uma luta de Evo Morales contra seus opositores, contra a “direita”, o golpe do líder cocaleiro se faria com o apoio militar de Chávez, que se poderia colocar como o guardião do “socialismo” latino-americano.

A novidade que estamos presenciando em nosso continente diz somente respeito ao modo de conquista do poder para que a “democracia totalitária” possa, então, ser bem estabelecida. E mesmo aqui a novidade é apenas continental, pois os nazistas também ascenderam ao poder por meios democráticos, através de eleições. Os “socialistas do século 20”, por sua vez, fizeram uso direto da violência. Os “socialistas do século 21”, como bons discípulos de Hitler, o fazem por meios democráticos, para suprimir a própria democracia.

DOENÇA NACIONAL

MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
Socióloga
23/11/2007

Se você, caro leitor, não tem o hábito de ler jornais e sua informação deriva apenas do que é veiculado pelas redes de televisão, irá crer com fé inquebrantável que Deus é brasileiro porque nosso país é o próprio paraíso na terra depois que Lula da Silva ascendeu ao poder. A Saúde, disse o presidente, está perto da perfeição. O desemprego caiu. Os pobres comem três refeições por dia porque o programa Fome Zero deu certo. O mundo se curva para o Brasil, mesmo porque, ganhamos o jogo contra o Uruguai. Portanto, essa coisa de caos aéreo, caos da Saúde, caos do gás, impostos escorchantes, entre eles a famigerada CPMF apresentada como salvação nacional, falta de infra-estrutura, fracasso de políticas públicas, violência urbana chegando a níveis insuportáveis, violência praticada pelos chamados movimentos sociais ligados a Via Campesina, como o MST e congêneres, não existem. São intriga da oposição, mentiras dos que não aceitam que o Brasil deu certo. Tão pouco existe corrupção no governo, apesar da queda constante de ministros ou de casos escabrosos onde petistas, diante de montanhas de provas e evidências se declaram inocentes, enquanto seu líder afirma que nada vê, de nada sabe. Afinal, ele é apenas um pobre presidente da República.

Assim, idiotizados pela propaganda, enlevados pelo mito do “pobre operário” cuidadosamente construído pelo PT, aceitamos com naturalidade a total inversão de valores que aos poucos vai erodindo o que resta de nossa civilidade. Temerosos de infringir o politicamente correto damos por certo que elite é um termo pejorativo ao invés de significar produto de qualidade. Nos curvamos ao veneno destilado pelos seguidores dos novos donos do poder que, usando a velha tática de dividir para dominar, a qual por sua vez é indutora de simplismos maniqueístas, divide a sociedade entre maus (aqueles que não são do PT) e bons (os que são petistas); elites (ricos maus e exploradores, em que pesem as doações dos grandes empresários para as campanhas milionárias do mitológico pobre operário e do fato deste e de seus mandarins da cúpula petista terem chegado ao paraíso da burguesia) e pobres (classe majoritária que foi resgatada das garras do capitalismo selvagem por LILS, o iluminado salvador da pátria); brancos (transgressores dos direitos humanos e opressores dos negros) e negros (cujo direito de odiar brancos e agredi-los é algo natural, como disse uma ministra do bondoso pai Lula). E temos apenas dois partidos: PT e PSDB (quem não pertence ao Partido dos Trabalhadores fatalmente é tucano, ainda que não faça parte de nenhum partido).

Acentua-se no Brasil, portanto, o etnocentrismo, ou seja, o julgamento que tudo o que é de alguns é bom e de outros é mau. É o radicalismo do “meu” e do “seu”. Não temos meios termos. Não existem morenos, mulatos, cafusos. Ou se é negro ou se é branco. Ninguém se salva fora do PT e todos que pertencem ao PT são cidadãos acima de qualquer suspeita, façam o que fizerem.

A chamada base governista, ou adesistas de ocasião, capazes de se vender a qualquer preço, mesmo por um “chinelinho novo”, não possuem tanta imunidade. São usados e depois jogados fora. Que o diga o PMDB, partido cujos integrantes, segundo uma amiga internauta, trazem na testa um código de barra, é só passar em qualquer maquininha que sai o preço. Aliás, os mais experientes políticos de diversos partidos nunca aprendem que o PT possui leis próprias, entre elas, esmagar os que não pertencem à casta dos companheiros, triturar os que ajudam o partido e ao seu líder máximo.

Caminhamos rumo ao atraso e a decadência, sob o comando do espaçoso Hugo Chávez, mas vamos felizes entre uma partida de futebol e outra. Afinal, não vamos sediar a Copa do Mundo? Querer mais o quê?

E enquanto o povo se alegra assistindo futebol, gesta-se nos bastidores do poder o terceiro mandato do amado avatar, Lula da Silva. Quem poderá impedi-lo? E que outro mito o PT possui para se perpetuar no poder? Como o próprio presidente afirma que seu comandante Hugo Chávez é um democrata, basta seguir seus passos, como, aliás, vem acontecendo de forma mais branda, conforme a marca registrada brasileira da dubiedade. Calmamente, cuidadosamente o PT fabrica sua ditadura sob aplausos gerais e toques de tambores de guerra de seus estridentes e fanáticos militantes e simpatizantes. Alertas parecem soar inutilmente enquanto triunfa a ignorância, a truculência, a incompetência, a corrupção.
A decadência da nossa sociedade já é uma doença que parece incurável, pois progrediu muito. Perdemos nossa elite no sentido dos melhores, dos mais virtuosos e isso faz lembrar o portentoso pensamento de José Ortega y Gasset em Espana Invertebrada: “quando a massa nacional chega a determinado ponto, são inúteis os argumentos racionais. Sua enfermidade consiste, então, no fato de que a maioria não se deixará influenciar, fechará freneticamente os ouvidos e pisoteará com mais força naqueles que queiram contrariá-la”. A partir daí se segue o triste espetáculo dos piores suplantando os melhores”.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

FORÇAS POLICIAIS ARMADAS DE JOBIM

Por Rebecca Santoro
29/11/2007


Em reportagem veiculada no portal do G1, no último dia 9/11, lia-se que o ministro da defesa Nelson Jobim dizia que a ação das Forças Armadas nas cidades seria inevitável mas que seria preciso, antes que essa ação começasse a se dar, criar um estatuto para que os militares agiressem em áreas urbanas. Para o ministro - que, apesar dos 1,90 m de altura, parece só enxergar aquilo que lhe convenha - apenas questões jurídicas impediriam o uso do Exército nas ruas.



Jobim já estaria em conversas com o Estado-Maior do Exército, vendo como poderia ser a participação dos soldados no combate ao crime organizado nas cidades brasileiras.




“Não há dúvidas de que vai ter uma hora que teremos de atender o clamor público. É certo que um dia vai haver intervenção. O Exército já mostrou que tem expertise para tratar do crime organizado. Isto ficou claramente demonstrado no trabalho realizado no Haiti”, disse Jobim à reportagem.

Repetindo a mesma ladainha que costuma dizer quando se refere ao tema, Jobim ressaltou que os militares no Haiti trabalharam sob a bandeira e o estatuto da Organização das Nações Unidas (ONU) e que, no Brasil, embora a Constituição permita a utilização das Forças Armadas em ações de segurança pública, a tropa não teria um estatuto em que se basear: “Falta um estatuto jurídico próprio para o uso da tropa em intervenções urbanas. O Estado não pode deixar os militares sem respaldo jurídico. Do contrário, quando acabam as operações policiais, eles podem ser processados porque não estavam numa operação de guerra. E aí, quem vai defendê-los?”




Ora, que tipo de convesações estaria tendo o ministro com seu "Estado-Maior" que não lhe alertaram sobre uma outra infinidade de problemas que Jobim só pode estar brincando de fazer de conta que não enxerga e, também, de fazer de conta de que está falando para uma platéia de "ovelhas com cérebro de azeitona".




Em primeiro lugar, não é que as Forças Armadas não estejam taticamente preparadas para combater o crime organizado nas cidades, tanto que, como o próprio ministro reconhece, muito bem se sairam no Haiti. É que, em geral, elas são utilizadas para combater inimigos alienígenas, isto é, estrangeiros ou terroristas (posto que estes carregam ideologias alheias aos anseios e à cultura nacionais), ainda que sejam de mesma nacionalidade, seja em teritório nacional ou no exterior.




A situação no Brasil é completamente diferente. Os militares estariam entrando em território nacional, combatendo irmãos de sangue e em locais repletamente povoados de cidadãos alheios a estes combates - civis desarmados. É bom que se informe ao senhor ministro, inclusive, que, em muitos locais onde estes supostos combates se dariam, os militares estariam fazendo operações de guerra, "mandando bala", contra seus próprios vizinhos e na direção de suas próprias casas (com suas famílias lá dentro ou pelas redondezas). O senhor ministro pensa que soldado, cabo, sargento, tenente, capitão, com o salário que o ministério dele paga, moram onde?




E quem é que vai dar proteção aos colégios militares, aos condomínios, às vilas militares e aos familiares de militares que residem nas cidades? Uma coisa é estar combatendo lá no Haiti, com suas famílias em suposta segurança no Brasil - outra coisa é fazer esse combate aqui, sem ter onde resguardar suas famílias.




A não ser que o ministro esteja pensando em operações mais radicais, como o extermínio quase que instantâneo de comunidades inteiras que estejam tomadas pelo crime organizado, com ataques aéreos em massa, de modo que a neutralização do "inimigo" se desse de forma mais "enfática" e de maneira simultânea em vários pontos do país. Um extermínio, digamos assim, com centenas de milhares de inocentes mortos, entre eles mulheres, crianças e idosos. E a conta, nesse caso, iria para quem? Para o presidente ou para o ministro?




Sim, porque os militares estariam cumprindo ordens e seus deveres constitucionais, assim como o fizeram em 1964, inclusive com a aprovação popular. Mas, depois, vieram os inimigos derrotados mentir que estavam lutando por liberdades democráticas (e não pela revolução comunista, como efetivamente estavam) e acabaram reescrevendo a História, à revelia da realidade, e conquistando, até mesmo, polpudas indenizações por terem sido solenemente impedidos de fazer desta terra o paraíso de Fidel.




Encare-se o óbvio. Não há vontade política de aparelhar as polícias e de aumentar seu contingente para combater efetivamente o crime organizado. Por que? Porque o plano é justamente fazer das FFAA nacionais (não só aqui, mas em grande parte do mundo) forças policialescas - incluindo, aqui, as polícias políticas. Seriam unidades especializadas, cada qual em determinadas áreas de atuação e não necessariamente ligadas entre si. Desta forma, acabar-se -ia com a capacidade de articulação armada das nações (com seus grandes e unificados exércitos, forças aéreas e marinhas) para defenderem seus interesses e para impedirem a transnacionalização de suas economias, de suas culturas, de seus valores e de suas gentes.




E ainda tem militar que consegue acreditar que as intenções do ministério e de articuladores como o socialista Mangabeira Unger sejam as melhores e mais nacionalistas possíveis... Parece discurso de grego, em inglês, para platéia de poloneses de um gueto qualquer do interior da Índia...
Rebecca Santoro

SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER...

MST: as milícias de Lula e do PT (Radar da Mídia)

A coluna de Sonia Racy no jornal O Estado de S. Paulo (8.nov.2007) registra as declarações do empresário Horácio Piva sobre o bom momento da economia nacional, com investimentos em marcha e aceitação internacional crescente dos produtos brasileiros.

Piva alerta, entretanto, para as medidas que se tornam necessárias para que o País possa escalar novas posições: o Brasil precisa avançar na questão da infra-estrutura - "e estamos dispostos a ajudar" - na adequação tributária e na definição clara dos marcos jurídicos para a questão florestal e, sobretudo, o governo precisa atentar para os riscos das ações estapafúrdias do MST e dos quilombolas.

O alerta é cheio de propósito! Sim, o Brasil está à mercê de ações estapafúrdias e criminosas que visam inviabilizar o agro-negócio.

Só faltou Horácio Piva apontar a fonte de tais ações: o governo e a pessoa do Presidente!

Estapafúrdios e crimes

Na verdade, os estapafúrdios que vêm sendo feitos em nome dos direitos quilombolas resultam diretamente de um decreto assinado pelo Presidente. O confisco, inclusive de terras produtivas, previsto no decreto se baseia numa simples auto-declaração da condição de descendente de quilombola por parte do interessado, sem necessidade de qualquer prova documental, o que de si subverte completamente o princípio constitucional da propriedade (ver post abaixo
A revolução Quilombola).
Por sua vez, as ações estapafúrdias do MST (melhor seria dizer, as ações criminosas do MST) só podem progredir pela aliança do PT com o movimento e pelo acobertamento com que Lula trata tal atuação. O MST vai se tornando aos poucos uma verdadeira milícia de Lula e do PT.


Encontro camuflado


Para quem tem alguma dúvida, basta ler o que a imprensa estampa sobre a reunião "às escondidas" de Lula com os dirigentes do MST na Granja do Torto. Noticia a Folha de S. Paulo (8.nov.2007):


"Na reunião, Lula mais ouviu do que falou. Por uma hora e meia, dirigentes do MST cobraram dele o assentamento de acampados, a atualização dos índices de produtividade, a reestruturação dos assentamentos e uma atenção ao avanço das monoculturas, como cana e soja, e dos transgênicos. Lula mostrou-se surpreso com as cobranças: "Estou chocado com algumas dessas questões. Pensei que estivessem resolvidas, mas não estão", disse.


Houve espaço para brincadeiras. Ao entrar na sala, Lula interrompeu uma conversa de ministros e sem-terra sobre tendências políticas no governo. "Quem está mais à esquerda no governo é o [Henrique] Meirelles [presidente do BC]", disse Lula, provocando risos. Mais adiante, Lula ouviu críticas ao modelo econômico.


Do governo, participaram os ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e o presidente do Incra, Rolf Hackbart. Do MST, oito dirigentes nacionais, entre eles João Pedro Stedile, Jaime Amorim e Marina dos Santos.


O MST cobrava uma conversa com Lula desde o ano passado -a última havia sido em maio de 2005, após uma marcha entre Goiânia e Brasília. Em maio, um encontro às escondidas, nos mesmos moldes do ocorrido ontem, havia sido agendado para a residência da ministra Dilma, mas foi adiado em cima da hora por conta da crise da Operação Navalha.


Ontem, o Planalto tentou esconder a reunião. O encontro não constava da agenda oficial de Lula e só foi confirmado quando estava em andamento. Questionado, Cassel disse: "Essas reuniões são muito informais mesmo. São reuniões de conversas, reuniões longas".


É curiosa uma reunião "informal" com tantos ministros e com o Presidente da República. As brincadeiras mostram a grande intimidade com que o MST é tratado e dita sua agenda, quase como fazendo parte do governo.


É curioso também que Lula se diga "chocado" com as questões colocadas pelo MST. Mas não se choca com os crimes perpetrados pelo movimento.


Afinal, o que Lula faz reunido secretamente com líderes de um movimento para-guerrilheiro, que comete continuamente a afronta à lei? O que Lula tem que combinar com tais líderes do movimento, secretamente?


Só para recordar: há dias, João Pedro Stédile, em artigo comemorativo da Revolução Russa de 1917, propunha a mesma como modelo para o Brasil e pregava ações clandestinas para alcançá-la.


Será que o Presidente da República, guardião do Estado de Direito é conivente com tais iniciativas? É grave, muito grave e os brasileiros têm o direito de conhecer a verdade.


MST ataca a Vale e faz reféns


A campanha criminosa do MST contra a Vale do Rio Doce vai mar alto!


Já aqui tratei de como a estrategia do MST contra a Vale está em íntima conexão com as disposições do PT no seu recente Congresso (veja o post
MST e Governo: cumplicidade malfazeja).

O jornal O Estado de S. Paulo (8.nov.2007) noticia: Sem-terra fecham ferrovia e depredam dois trens da Vale. É o seguinte o teor do noticiário assinado por Carlos Mendes, Kelly Lima e Wilson Tosta:


"Belém - Pela segunda vez em menos de 30 dias o Movimento dos Sem-Terra (MST) ocupou a Ferrovia de Carajás, no sudeste do Pará, que pertence à Companhia Vale do Rio Doce. Armados de picaretas, foices e facões, sem-terra bloquearam a saída de trens e depredaram duas locomotivas. Quatro funcionários foram mantidos reféns e liberados no começo da tarde.


A Vale suspendeu as operações na ferrovia e pediu a intervenção do Ministério da Justiça e da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), para que seja cumprida liminar da Justiça Federal de retirada dos invasores. A liminar foi dada em 17 de outubro, na primeira invasão.


Charles Trocate, coordenador do MST, disse que os invasores pretendem continuar no local até que os governos federal e estadual atendam às suas reivindicações - entre elas, a construção de escolas e o asfaltamento de estradas vicinais de acesso a assentamentos. Segundo ele, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, entrou em contato com as lideranças do MST e pediu tempo para avaliar as reivindicações, mas os manifestantes não aceitaram. O MST decidiu que só aceita negociar com a presença das autoridades no local.


A Vale anunciou ter registrado queixa na Polícia Civil do Pará acusando integrantes do MST de ameaçar atear fogo a uma composição ferroviária com 20 mil litros de combustível. Em nota, a empresa expressou preocupação com a segurança de mulheres e crianças que participam do movimento".


Espetáculo da impunidade


Coincidentemente (ou não) a ação criminosa do MST se concretizou no preciso momento em que Lula se reunia "às escondidas" com os líderes do MST e vários ministros, na Granja do Torto(veja o post
MST: as milícias de Lula e do PT).

Segundo noticiou a Folha de S. Paulo, Lula "fechou a cara" e "questionou o movimento" a respeito do ocorrido. Enquanto o MST invade uma ferrovia, depreda bens, faz reféns, Lula "fecha a cara"... e é tudo! Se é que fechou, afinal trata-se de um relato de um participante da reunião "às escondidas" do Presidente com o MST.


Onde estão os rigores da lei? Ora, a lei! Segundo a curiosa ideologia de Lula, os "movimentos sociais" (os fora-da-lei) não podem ser "criminalizados", mas os legítimos proprietários podem ser vítimas dos crimes dos "companheiros".


Aonde Lula pretende conduzir o País com seus aliados do MST? Por enquanto ao espetáculo da impunidade.


O triângulo PT, MST e crime organizado


A impunidade está triunfando no País! E sendo implantada pelo PT do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E com a conivência deste.


A cada dia fica mais claro que o MST (verdadeira milícia revolucionária do campo) pratica seus atos em profunda conivência com o PT e as autoridades.


No Pará, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) instituiu oficialmente a impunidade para as ações gravemente ilegais de sem-terras e grupos do crime organizado. E está abrindo caminho para a guerrilha ideológica.


Ameaças, crimes de extorsão, mortes


O promotor Daniel Barros advertiu a governadora que no Pará "está-se confundindo reforma agrária com crimes de extorsão, dano ao patrimônio, ameaças, lesões corporais e mortes". E, num contra-senso gritante, tudo com a proteção da autoridade máxima do Estado.


A reportagem da revista Veja (7.nov.07), intitulada Faroeste no Pará, fala por si:
"Hoje, a área, equivalente à do estado do Rio de Janeiro, abriga um dos maiores rebanhos do país. A economia floresceu, os investimentos chegaram e o preço do hectare dobrou desde 2004. Agora, uma onda de conflitos agrários e um surto de banditismo ameaçam interromper o desenvolvimento. Vinte e cinco fazendas já foram invadidas. Vinte delas ainda estão ocupadas e oito foram destruídas. A Justiça concedeu mandados de reintegração de posse a nove fazendeiros. Nenhum deles foi cumprido, porque a governadora Ana Júlia Carepa, do PT, editou uma portaria proibindo a polícia de interferir nos conflitos agrários. Pasme, mas é isso mesmo. A medida define esses casos como "conflitos sociais" e estabelece que eles devem ser dirimidos exclusivamente por uma delegacia de assuntos fundiários ....


A decisão da governadora beneficiou não só os sem-terra como também três quadrilhas de malfeitores que aterrorizam o sul do estado. Esses bandos invadem fazendas e cobram resgate dos seus proprietários. Quando não recebem o dinheiro, matam animais, queimam pastos e arruinam edificações. ....


Em meio à impunidade, uma recém-criada organização de sem-terra começou a aterrorizar a região: a Liga dos Camponeses Pobres, que mantém relações com remanescentes do Sendero Luminoso, o grupo terrorista de orientação maoísta que matou 30.000 pessoas no Peru nas décadas de 80 e 90. Os integrantes da liga andam encapuzados e armados. Dois deles contaram que a organização funciona com o dinheiro que cobra de pessoas interessadas em ganhar lotes da reforma agrária. ....


Os crimes dos bandoleiros e dos sem-terra, combinados com a impunidade assegurada pelo governo do PT, levaram fazendeiros a contratar empresas de segurança. .... "É a única alternativa que temos, porque o pouco de presença de estado que existia aqui desapareceu", afirma a presidente do Sindicato Rural de Redenção, Rosangela Hanemann. O Pará da governadora Ana Júlia Carepa é uma terra sem lei".


A revolução Quilombola
(Radar da Mídia)

Lula colocou em marcha mais uma "revolução" no País. A chamada revolução Quilombola, uma revolução de raças e de classes. O governo do Presidente Lula tem o singular plano de desapropriar arbitrariamente 30 milhões de hectares para assentar “quilombolas”.


O assim chamado "decreto quilombola" (4887/2003), assinado pelo Presidente Lula, gera sérias preocupações nos meios rurais e produtivos. O confisco, inclusive de terras produtivas, previsto no decreto se baseia numa simples auto-declaração da condição de quilombola por parte do interessado, sem necessidade de qualquer prova documental, o que de si subverte completamente o princípio constitucional da propriedade.


Esta é, em essência, a denúncia que o jornalista Nelson Ramos Barretto, um especialista em assuntos do campo, estampa em seu livro, justamente intitulado
A Revolução Quilombola.

Revolução em nome da luta racial


Nelson Ramos Barretto já apresentou o livro em diversas cidades do País, e hoje o fará em São Paulo, no Saraiva Mega Store do Shopping Ibirapuera, a partir das 19:30.


Após participar do Forum Empresarial do Agronegócio, promovido pela CNA em Brasília, em março de 2007, onde ficou abismado com os depoimentos de proprietários de várias regiões espoliados pelo INCRA, Nelson Barretto decidiu escrever um livro.


O jornalista percorreu diversas regiões do País em busca de depoimentos e documentação. Colhidos os depoimentos, aprofundados os estudos teóricos e legais, Nelson Barretto conclui que está em curso no Brasil uma sorrateira mas bem articulada revolução, que se serve da bandeira da luta racial para derrubar um dos pilares da civilização cristã, o direito de propriedade.


O quilombismo, segundo Nelson Barretto, poderá facilmente degenerar numa fonte sem fim de conflitos raciais, desorganizar o agronegócio e criar dentro do Brasil uma imensa área de terras coletivizadas, como em Cuba e na China.


Espécie de Reforma Agrária paralela


O jornalista concedeu importante entrevista ao Canal do Boi, no programa Zebu para o mundo, que obteve grande repercussão nacional. Recentemente Nelson Barretto esteve na cidade de Londrina, durante o segundo tecno-show da agro-pecuária, e ali apresentou sua obra. A Folha de Londrina (23.out.2007), sob o título Metáfora dos Quilombolas, publicou matéria a respeito:


"No ponto de vista do jornalista Nelson Ramos Barretto, que atua no Distrito Federal (DF), autor do livro ''A Revolução Quilombola - Guerra Racial Confisco Agrário e Urbano Coletivismo'' (Editora Artpress), o céu é o limite ao representar, o que considera uma grande enganação do governo em relação ao decreto de 2003, que modifica o artigo 68 das disposições transitórias da Constituição Federal sobre os quilombolas, descendentes dos remanescentes de quilombos no Brasil.


''Com as mudanças serão reconhecidos como quilombolas os remanescentes que ocupam a terra com o título de quilombola. Só que o decreto de Lula diz que os que se intitularem quilombolas podem se estabelecer na terra'', comenta Barretto, destacando que antes do decreto existiam 50 comunidades quilombolas e que o número aumentou para pelo menos 5 mil, cobrindo uma área de 30 milhões de hectares.


O autor diz que o decreto é uma espécie de reforma agrária paralela, que passaria por cima da escritura de propriedades produtivas. ''Não são apenas propriedades rurais, mas também urbanas. No Rio de Janeiro, na região portuária, tem uma situação que exemplifica isso. Em São Mateus, no norte do Espírito Santo, outra área quilombola representa 80% do município'', acrescenta o jornalista. Para definir os remanescentes quilombolas é preciso fazer uma pesquisa antropológica, entre outros estudos, que o autor do livro questiona ao afirmar que estão generalizando o processo.


''Um segundo ponto é que essas pessoas estão sendo enganadas e, por isso, alguns negros estão se voltando contra o decreto, que os obriga quase a voltar à escravidão. Os negros não querem viver em comunidades, como se fossem comunidades comunistas. A alternativa é que se reconheça o título de propriedade individual dos remanescentes e não cabe desapropriação de terras produtivas'', conclui Barretto".

Quero voar no passado



Por Adilar André Cossa
Ex-engenheiro de bordo da Varig
Em 23 outubro de 2007
Quero ouvir o ronco do DC3, o zunido do AVRO, o assovio do YS11
O delicioso barulho das hélices do ELECTRA, o gemido desesperado dos motores do CARAVELLE e BOEING 707 durante a decolagem,
O silencio do BOEING 727 em vôo de cruzeiro, e o escândalo dos reversores do 737 brega.

Quero voar nos charmosos CONSTELATION da Real Aerovias, nos elegantes DC8 da Panair, nos aviões azuis da Cruzeiro do Sul, nos multicoloridos da Transbrasil, nos pontuais da Vasp e na Varig, a estrela brasileira nos céus do mundo.

Quero pousar nos aeroportos de Santos Dumont e Congonhas com chuva e sem anti-skid, quero decolar do Galeão lotado de passageiros e combustível, quero furar o nevoeiro do Salgado Filho, passar lambendo as águas do rio amazonas e pousar naquela pista no meio da selva, quero sentir o calor dos aeroportos do nordeste e o frio de
Anchorage

Quero voar baixo no DC3 para observar as paisagens, quero apreciar as belezas do Rio e a selva de pedra São Paulo nas asas do ELECTRA e do Boko Moko, quero ver as cidades se tornarem pequenos pontos a bordo do BOEING 707 e DC10, quero ver as nuvens passando pelas janelas do CARAVELLE e BOEING 727, quero ver a poeira durante o pouso do Boeing 737 nos aeroportos do interior.

Quero ver o comandante e o co-piloto pilotando e não apenas apertando botões , o engenheiro de vôo calculando, as solicitas e simpaticas comissárias, os eficientes funcionários de terra, quero visitar a cabine de comando, observar tripulantes acalmando passageiros nervosos.

Quero comida quente, aperitivos, cerveja e vinho quero mimos para lembrar do prazer de voar, quero um banquete no jantar, ser acordado com um delicioso café da manhã e bombons para presentear.

Quero chegar em New York e Miami com os primeiros raios de sol, em Paris e Londres no meio da tarde, em Tókio trocando o dia pela noite, quero voltar para apreciar a beleza do meu pais, quero ver os meus amigos no aeroporto.

Quero chegar no aeroporto vestido com elegância, ser atendido com cortesia, ver os vôos lotados e o despachante puxar de baixo da balcão aqueles cartões de embarque que não deixarão ninguém no chão.

Quero ter apenas tempo de tomar um cafezinho antes do embarque, também quero poltronas confortáveis e espaçosas, vôos pontuais, e guarda chuva se necessário.

Quero caminhar na pista, observar os mecânicos cuidando de aeronave, a comida sendo embarcada, o cheiro de querosene durante o abastecimento, o barulho da usinas, e no topo da escada abanar para os amigos.

Quero agradecer a Santos Dumont pela magnífica invenção, e lhe dizer que no seu pais a aviação é voltada para o bem. Também quero lembrar de todas as pessoas que ajudam e ajudaram transformar a magia de voar em realidade.