Terça-feira, 16 de Outubro de 2007
Santa Sé anuncia absolvição dos Templários, ordem que está nas origens do Brasil
A Santa Sé anunciou a publicação de um documento pontifício que absolve a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou Templários, dos cargos que lhe foram imputados. Esta ordem militar de cavalaria foi fundada em Jerusalém em 1118, nos tempos das Cruzadas, por Hugo de Payens e Geoffroy de Saint-Omer e companheiros. Ela protegia os peregrinos que iam a Terra Santa.
Túmulo de templários. Temple Church, Londres
O templários tornaram-se lendários pela sua fé e coragem no campo de batalha. Criaram hospitais gratuitos de uma organização e esplendor famosos para romeiros e pobres. Sua Regra foi ditada pelo grande São Bernardo. Sua divisa foi: “não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a glória”. O nome de Templários vem do fato de eles terem erigido suas primeiras instalações no local onde esteve o Templo de Salomão.
Os cristãos deram donativos com largueza para as obras da Ordem. A aureola de prestígio e de coragem que rodeava a Ordem, mais sua importância material, suscitou a inveja de reis e potentados picados pela mosca da Revolução contra a Igreja e a Civilização Cristã.
Em 13 de outubro 1307, o rei Felipe o Belo, da França, que haveria de morrer excomungado, fechou todas as sedes da Ordem, expropriou seus bens e promoveu processos contra ela. Acusava-a de adorar o demônio, praticar a homossexualidade, blasfêmia e heresia. O exemplo de Felipe o Belo foi seguido por outros reis, exceção feita, do de Portugal.
Os cavaleiros que fugiram da prisão, cárcere e torturas, refugiaram-se em terras portuguesas. O último Grão-Mestre foi queimado em Paris. (foto)
Felipe o Belo (foto) aduzia uma carta do Papa Clemente V. Mas, agora, o Vaticano afirma ter achado documento do mesmo Papa Clemente V exonerando a Ordem de toda culpa. A publicação ocorrerá sob os auspícios dos Arquivos Secretos do Vaticano e da fundação italiana Scrinium.
Muralhas de Tomar e Convento de Cristo, Portugal
Segundo o historiador medievista Franco Cardini, um dos responsáveis pela edição, “a prerrogativa do Papa (Clemente V) era a de dissolver a ordem, mas ele nunca a condenou”. Cardini acrescenta que o documento achado “testemunha que o Pontífice não a considerava herege”.
A verdade é que se os Templários tivessem continuado existindo teriam sido grave obstáculo à Revolução gnóstica e igualitária que depois jogou o mundo no caos.
Muitos grupelhos ou associações obscuras tentaram durante séculos se apropriar da aureola de prestígio dos Templários, e abusaram do seu nome. De fato, nenhuma associação hoje existente sob o rótulo de Templários ou Templo é autêntica continuadora da genuína Ordem do Templo extinta no século XIV.
Os últimos remanescentes da Ordem do Templo foram a base da Ordem de Cristo criada por Dom Dinis, rei de Portugal. Foram esses cavaleiros que descobriram o território brasileiro e tiraram o Brasil do nada.
Se houve uma “vingança dos templários” ela consistiu em trazer à luz a nação hoje com a maior população católica da Terra, o Brasil, dotado de uma vocação providencial.
Os herdeiros espirituais de Felipe o Belo, entretanto, tentam enlamear e degradar o Brasil para que ele não cumpra essa missão histórica.
Veja o clip da BBC
Fortaleza templária, La Couvertoirade, França.
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