sexta-feira, 12 de outubro de 2007

REVANCHISMO LEVA TRIBUNAL COMUNISTA ARGENTINO A CONDENAR UM PADRE À PRISÃO PERPÉTUA

FONTE: NOTALATINA

Comentários e traduções: G. Salgueiro

Um fato insólito, perverso e demoníaco acaba de ocorrer na Argentina, com a condenação à prisão perpétua do Padre Christian Federico Von Wernich, pelo “crime” de ter sido durante a ditadura dos anos 70-80 Capelão da Polícia de Buenos Aires. Este caso arrasta-se há 4 anos, desde os quais o Padre Von Wernich esteve preso mesmo antes do julgamento, na penitenciária Marcos Paz.



A perversidade dessa condenação reside em que a perseguição revanchista que vem ocorrendo em toda a América Latina, de modo especial na Argentina, aos que combateram o comuno-terrorismo que se instalara no continente, a ordem era condenar o padre de qualquer maneira e assim obedeceram docilmente os subservientes magistrados que o julgaram.



Foi, durante todo o tempo, um julgamento parcial, uma farsa patética que, mesmo levando meses para se chegar ao veredicto, seu resultado já era conhecido como nos “julgamentos” dos tribunais revolucionários em que a condenação precede o julgamento. Como nos tempos de Stalin; como nos tempos dos fuzilamentos em Cuba por Fidel e Guevara; como na China Comunista, no Vietnã, na Coréia do Norte e no Irã, com a única diferença de que levou anos para ser concluído.

Na ocasião em que foi preso, uma testemunha de acusação, Julio Jorge Enmed, que também estava preso por crimes políticos, foi subornado pela CONADEP para depor falsamente que o Pe. Von Wernich participou de tortura e seqüestro de presos-políticos, em troca de sua liberdade como réu comum, uma quantia em dólares e exílio em outro país. Como a promessa não foi cumprida, Enmed retratou-se em juízo contando todo o fato mas este seu depoimento foi retirado do processo; coincidentemente depois desta retratação, Julio Jorge Enmed morre em um “atropelamento de carro” e com ele seu testemunho de que mentira sobre as acusações feitas ao Pe. Von Wernich.

Como se tudo isto já não fosse criminoso demais, durante as audiências que começaram em maio deste ano, o juiz que conduzia o caso proibiu a entrada da Srª Cecilia Pando, (esposa do Major Mercado) na sala de audiências porque ela vestia uma blusa com a foto de um militar assassinado pelos terroristas ERP/Montoneros, por EXIGÊNCIA da bruxa comunista Hebe de Bonafini que considerou isto como “uma afronta”. Entretanto, este mesmo juiz permitiu, durante todos os meses em que durou o martírio do julgamento do Pe Christian, a presença no mesmo recinto das comunistas agremiações “Mães” e “Avós da Praça de Maio” que afrontavam os presentes com aqueles ridículos panos brancos na cabeça, com cartazes pedindo a condenação de todos os “terroristas de Estado” e gritando palavras atentatórias ao Pe. Von Wernich.

Durante todo este calvário o Pe. Christian só contou com o apoio dos grupos de Militares e familiares das vítimas do terrorismo. O chefe do Exército, Gen Roberto Bendini, declarou ao final do julgamento que “hoje, ‘somente’ através da Justiça pode-se iniciar um caminho que leve algum dia os argentinos à reconciliação nacional”, numa clara alusão à sua satisfação com o veredicto, sendo ele reconhecidamente de esquerda e bajulador de Kirchner.

De todas as punhaladas e pedradas que recebeu, entretanto, a mais traiçoeira e mortal veio da própria Igreja Católica, através do Comunicado da Comissão Nacional de Justiça e Paz que em nenhum momento abriu sua boca ou fez pronunciamentos para defender o Padre Von Werniche que só agora, depois de sua condenação perpétua, emite uma nota repugnante acreditando na “justiça” feita aos “jovens idealistas”. As vítimas e familiares desses terroristas que vão se danar, junto com o Padre Christian! Reproduzo abaixo a nota para que se perceba que também lá há duas igrejas: uma de Cristo e outra de Marx. É a esta que pertence a tal “Comissão de Justiça e Paz”.

“Ante o veredicto do tribunal que julgou o sacerdote Von Wernich, a Comissão Nacional de Justiça e Paz quer manifestar sua dor e seu pesar por todas aquelas ações diretas, em colaboração ou cumplicidade, que alguns integrantes da Igreja Católica puderam levar a cabo e que possibilitaram o seqüestro, a tortura e o desaparecimento de pessoas durante uma ditadura militar no país.

Queremos expresar nossa solidariedade com todas as vítimas desse período de nossa história e esperamos que a ação da justiça possa atuar como reparação e consolo para os sobreviventes, seus familiares e a de todos os desaparecidos.

E em nosso compromisso com o presente e olhando para o futuro para afiançar um espaço de amizade e diálogo entre os argentinos, que permita nos converter ‘de habitantes a cidadãos’, queremos afirmar que a violência, em qualquer de suas expressões, não é cristã nem evangélica e muito menos se não respeita os seres humanos e seus direitos elementares.

Que frente ao imperativo de que a justiça busque a verdade sobre o passado, o desafio de projetar uma nação sem excluídos nos ajude a encontrar os caminhos de encontro e reconciliação que tornem possível na justiça e na paz, a construção de uma pátria de irmãos.
Comissão Nacional de Justiça e Paz”.

A indignação com esta nota foi tão absurdamente grande, que amigos do Padre Christian Von Wernich disponibilizaram os e-mails dos bispos do Arcebispado 9 de Julho e eu os indico aqui também, porque esses servidores de Satanás foram piores do que Pilatos, uma vez que duante o julgamento entregaram seu servidor à própria sorte e no final, ainda se regozijaram com o infortúnio da vítima, pranteando os seus algozes. Segue abaixo os nomes, e-mails e telefones para quem quiser se dirigir a esta malta de INIMIGOS de Cristo:

arzobispado@arzbaires.org.ar – telefone: 4-343-0812;
Arcebispado de 9 de Julho – Monsenhor Marín de Elizalde - obispado@morea.dataco23.com.ar – Fone: 02317-42262.



Uma das cartas visivelmente indignadas foi a do Ten Cel Emilio Nani, herói da Guerra das Malvinas e do ataque ao Quartel La Tablada onde foi gravemente ferido e perdeu um olho (na foto com o tapa-olho), a qual reproduzo abaixo pois é de todas a mais contundente e reveladora. Quero, todavia, disponibilizar aqui o endereço do blog do Padre Christian e seu e-mail, onde vocês podem deixar uma mensagem de apoio. Em caso de enviar mensagem por e-mail, solicito que o façam em letras grandes porque ele tem dificuldades de vista. No blog você terão acesso à mensagem que ele escreveu após o veredicto que eu ia reproduzir e que muito me emocionou, mas preferi dar ênfase à do Cel Nani que me chegou depois e não está acessivel noutra publicação.

Antes de encerrar meus comentários, completamente consternada com esta injusta condenação, lembro dos dois últimos versículos das “Bem-Aventuranças” (ou Sermão da Montanha) que deve estar sempre presente em nosso espírito, de cada um de nós que, por Cristo, lutamos contra o demônio do comunismo:


“Bem-aventurados sereis vós, quando vos insultarem e perseguirem,
e mentindo disserem todo gênero de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos! Porque será grande a vossa recompensa no Reino dos Céus!”



É isto que direi ao Padre Christian Federico Von Wernich. Anotem: http://www.padrevonwernich.blogspot.com e christianvonwernich@gmail.com. Fiquem com Deus e até a próxima!

****

Senhor,
Bispo de 9 de Julho
Mons. Martín de Elizalde

De minha maior consideração:

Com estupor li no diário “Clarín” do dia 10, que uma nova iniqüidade se estaria por cometer com o Reverendo Padre Christian Von Wernich, desta vez pela mão da hierarquia eclesiástica, que longe de demonstrar a grandeza inspirada em Nosso Senhor Jesus Cristo, se somaria à chusma sedenta de sangue e repleta de ódios, rancores e sede de revachismo.

Fazer eco a um veredicto de um tribunal popular disfarçado de justiça, pelo qual desfilaram mendazes testemunhas aos que se lhes deu crédito de veracidade em suas repugnantes declarações, não faria mais do que convalidar o quão afastados estão os bispos da grei católica e o quão próximos se encontram de seus inimigos.

Expliquem-me o por quê de resposta tão veloz quando guardaram ominoso silêncio ante os crimes do padre Antonio Puigjané, contra o qual não só não se tomou nenhuma medida, como o cobiçaram e protegeram.

Expliquem-me o silêncio ante os crimes cometidos pelas organizações terroristas, como por exemplo os do Exército Montonero – do qual o padre Adur foi seu capelão - , ou as cumplicidades – entre outros – dos padres Mujica, Vernazza, Carbone, Capitanio, Cuberly, os irmãos Dri, os chamados padres palotinos, as monjas francesas, ou dos bispos Hesaynne, Novak e de Nevares, apenas para mencionar uns poucos, que não só convalidaram as mais de 20.000 ações perpetradas por elas na década de 70 (assassinatos seletivos, seqüestros, atentados com bombas, subjugação de cidades, unidades militares e delegacias, etc.), ao não emitir jamais a menor condenação e se foram severos críticos das ações das FFAA, em cumprimento de claras ordens governamentais.

Monsenhor, eu jamais senti ódios, apesar de ter sobejos motivos para isso: no ano de 1977 tentaram seqüestrar minha filha mais velha quando tinha apenas 5 anos de idade – coisa que jamais se apagou de sua mente - ; durante os anos 70 minha família foi vítima de graves ameaças e, como broche de ouro, em 23 de janeiro de 1989, durante a recuperação do Quartel de La Tablada atacado pela organização terrorista Movimiento Todos por la Patria, conduzida, entre outros, pelo padre Puigjané, estive a ponto de perder a vida ao ser gravemente ferido. Não satisfeitos com isso, estes “jovens idealistas” conduzidos por essa caricatura de sacerdote, não vacilaram em voltar a ameaçar minha família aproveitando-se das circunstâncias de encontrar-me internado em UTI. Hoje, como conseqüência das condutas ambíguas (ou talvez não tão ambíguas) de uma sociedade hipócrita – da qual o clero faz parte –, tenho o temor de começar a ter sentimentos que não quero albergar em meu espírito.

Depois dessas vivências, com tristeza e consternação, vejo que depois de tantos anos de silêncio os bispos decidiram rompê-lo, porém não para exigir a Verdade, como pediu o Cardeal Bergoglio, mas para referendar a mentira.

Ao proceder desta maneira, não farão mais do que agregar mais ressentimento ao que, desde 25 de maio de 2003, se veio fomentando desde os mais altos níveis dos poderes do Estado.

Que espécie de bispos são que, para reconciliar-se com a chusma terrorista que atacou a sociedade argentina, não vacilam em somar-se aos ataques contra os que a defenderam?

O que os faz converter-se em seres especuladores e complacentes que, para disfarçar os encargos de supostas cumplicidades com os que cumpriram com o sagrado dever de defender a Pátria, há mais de 30 anos, não duvidam um instante em aduzir ou demonstrar coincidências ideológicas com os que a atacaram?

Em que se converteram que não vacilam em agradar os terroristas enquistado nos poderes do Estado?

Que confiança podemos ter nesta categoria de pastores que têm um discurso diferente para cada circunstância?

Se o Sr. é capaz de dar respostas a estas perguntas, as receberei com muito gosto.

Creio que chegou o momento de definir de que lado estão, tirando definitivamente a máscara: se do lado dos que impulsionaram a agressão marxista e atacaram sistematicamente a Santa Igreja Católica Apostólica Romana ou do lado dos que jamais nos fastamos dela.

Atenciosamente,

Emilio Guillermo Nani
Tenente Coronel (R)
Veterano de Guerra

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