quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A DESINTEGRAÇÃO DO BRASIL


Maringá/PR, em 20 de agosto de 2007
Osmar José de Barros Ribeiro
ojbr@wnet.com.br

Por obra e graça dos governos esquerdistas que desde a “redemocratização” dirigem os destinos do País, o Brasil caminha para tornar-se uma colcha de retalhos formada por gigantescas reservas indígenas, imensas reservas florestais, núcleos quilombolas e, não menos importantes, invasões e assentamentos do MST, este obediente às determinações de uma organização internacional chamada Via Campesina, cujo sonho maior é fazer o mundo retornar aos métodos e processos de cultivo das Missões Jesuíticas do século XVII.

Desde 1985 os nossos governantes mostraram-se, como seria de se esperar, adeptos de um “governo mundial” exercido pela ONU mas, na realidade, dirigido por poderosos interesses econômicos que agem à sorrelfa e orientam as ações governamentais dos países centrais os quais, da mesma forma, atuam tanto por meio de suas agências de desenvolvimento quanto através das ONGs internacionais que são por eles apoiadas.

O exemplo mais claro vamos encontra-lo na edição do O Estado de São Paulo (edição de sábado, 18 de agosto de 2007), onde se lê, em letras garrafais: ONU EXIGE QUE BRASIL TIRE INVASOR DE ÁREA INDÍGENA. E, como subtítulo: Entidade atende a pedido de diversos grupos e cobra solução “urgente” para Reserva Raposa Serra do Sol.

Que a exigência será aceita sem tardança, não há dúvida. Basta considerar que o comitê interministerial criado para acompanhar a instalação da Reserva é formado por “internacionalistas de carteirinha” oriundos da Casa Civil e dos Ministério do Meio Ambiente, Justiça, Defesa e Desenvolvimento Agrário (o da Defesa entra aí somente para dar uma satisfação aos incautos, haja vista que em Roraima as reservas indígenas ocupam a quase totalidade das nossas fronteiras com a Guiana e a Venezuela).

Apenas para considerar o absurdo que vem sendo perpetrado em relação ao Estado de Roraima, basta atentar para o quadro apresentado pelo jornal em questão:

Roraima e a Raposa Serra do Sol

(Reserva homologada em 15 de abril de 2005)

Total de terras indígenas em Roraima - 27

Total de habitantes do Estado - 391.317

Total de índios em Roraima - 30.715

Total de índios na Raposa Serra do Sol - 18.700*

Área da Raposa Serra do Sol - 1.747.000 hectares

Área reivindicada pelos arrozeiros - 100.000 hectares

Produção/ano de arroz em Roraima - 160.000 toneladas

Cumpre assinalar, por pertinente, que os índios da Raposa Serra do Sol (*etnias Ingaricó, Macuxi, Patamona, Taurepangue, Uapixana e Patamona) são aculturados e muitos deles possuem cédula de identidade e título de eleitor. E mais: a miscigenação é elevada, muitos exercem funções legislativas (vereadores) e elevada porcentagem deles opunha-se à criação da Reserva em questão.

Envenenados por teses esdrúxulas defendidas por organizações ligadas à igreja católica como o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), o CIR (Conselho Indigenista de Roraima) e ONGs financiadas desde o exterior e com fortes ligações com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), nossos governantes esquecem-se de que, além dos índios, existem na área outros tantos brasileiros carecendo de saúde, educação e apoio para trabalhar. Além do mais, nosso governo parece não se dar conta de estar propiciando a formação de verdadeiros quistos raciais implantados nas nossas fronteiras e que, certamente por pura “coincidência”, localizam-se em áreas ricas em recursos naturais.

Esquecidos de que é muito importante, sobretudo ao norte da calha do rio Amazonas, “integrar para não entregar”, os sucessivos governos “democráticos” vem abrindo mão de sua plena autoridade sobre ponderáveis parcelas do território pátrio. A continuarmos assim, breve assistiremos, no Brasil, a criação de territórios autônomos, sob a tutela da ONU ou de organizações por ela designadas. Nesse dia, choraremos lágrimas de sangue pela desídia com a qual vem sendo tratada a Segurança Nacional.

Por último, seria de bom alvitre que o governo brasileiro abandonasse a sua vã esperança de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e, deixando de lado as discutíveis pretensões internacionalistas dos seus dirigentes, tratasse de integrar não só os aborígines à comunidade nacional (dentro dos princípios preconizados pelo Marechal Rondon, ele mesmo descendente de índios), mas também a imensa multidão de brasileiros de todas as raças, credos e cores que, somente lembrados em época de eleição, são os fiadores da nacionalidade em toda a Região Norte.

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