Por Paulo Carvalho Espíndola
Cel reformado
Produzido por Ternuma Regional Brasília
www.ternuma.com.br .
Sonhei, há alguns dias, com um encontro de quatro loucos em um manicômio em que estavam internados.
O primeiro, dizia ser Hugo Chávez. Em sua demência, alardeava ser o presidente da maior potência latina do mundo e que com o petróleo, abundante na Venezuela, poria de joelhos o imperialismo ianque. Afinal, o rearmamento que empreendeu garantia-lhe essa façanha e, numa primeira fase, deixaria os países cucarachas com que faz fronteiras os alvos imediatos do seu “socialismo do século XXI”. Na sua grandiloqüência, o “boliviarismo” já era uma realidade e faria da Venezuela o novo centro irradiador da ditadura do proletariado, como lhe incentivava o maior visionário da História, Fidel Castro, também psiquiatra “psicolouco” e mentor das suas paranóias.
O segundo, dizia ser Evo Morales, cocaleiro alçado à presidência da Bolívia. Evo brandia todo o seu fervor revolucionário e assegurava, num primeiro desafio, a submissão do Brasil aos seus desígnios de sócio do boliviarismo de Chávez, nacionalizando e rasgando todos os acordos internacionais que regulavam as exportações bolivianas de gás natural. Assim, as “poderosas” tropas da Bolívia ocuparam as refinarias brasileiras existentes na Bolívia, na certeza de que o Brasil é, de fato, um gigante idiota e, por isso, parceiro do socialismo do século XXI. Às gargalhadas, Evo comemorou a tibieza do governo brasileiro, que, pronta e oficialmente, reconheceu a “irrefutável” soberania boliviana, em premeditada covardia, sem importar-se com a afronta.
O terceiro, assumindo a personalidade de Néstor Kirchner, dizia não ser contra e nem a favor do boliviarismo, muito pelo contrário, uma vez que a Argentina, para ele, é o centro do Universo e desde que o seu país continuasse com a tradicional política internacional pendular. O domínio do Mercosul é a sua meta. Não lhe passa pela cabeça despertar qualquer outro sentimento xenófobo, pois lhe bastam as “pinimbas” seculares com o Brasil e o Chile. Devo admitir que a Argentina tem um grande herói, Jose de San Martin, libertador desse país, Chile e Peru e que nunca nutriu grande amizade por ideais bolivarianos.
O quarto, um apedeuta completo, orgulhava-se da sua condição de ex-metalúrgico e de excepcional prestigitador, baseado na sua incrível capacidade de vender, aos incautos, até mato pegando fogo. Contando os ganhos dos dinheiros de suas pensões de “perseguido político”, o quarto louco, na pele de Luiz Ignácio Lula da Silva, divertia-se com as loucuras dos outros três, com a mais absoluta certeza de que é o centro do mundo. Socialismo, dizia ele, até que pode, se não me roubarem da cena e se o poder continuar em minhas mãos e nas do meu partido... Afinal, comentava, com os olhos rútilos pela ingestão de uma boa aguardente: sou filho de uma analfabeta de nascença e muito macho, apesar da falta de um dedo, que não me impede de raciocinar e nem de contar as minhas façanhas pelo social.
Acordei do sonho e deparei-me com a realidade, que não é muito diferente.
Parecendo um conluio urdido na reunião desses loucos, a verdade mostrou-se pior.
Há poucos anos, a Petrobras incentivou as indústrias e o mercado automotivo a consumir gás natural, já que a prospecção dessa matriz energética no Brasil estava de vento em popa. Como resultado, os industriais investiram rios de dinheiro na adaptação a essa nova matriz. Motoristas cariocas e paulistas logo trataram de adequar seus veículos para esse combustível muito mais barato. Era uma verdadeira aceleração da economia. Muito investimento das verdadeiras fontes produtivas.
De chofre, a Argentina, em pleno inverno, passou a sofrer grave crise energética. O governo brasileiro, solidário aos “hermanos”, solicitou à Bolívia a redução do gás mandado para o Brasil, para que os argentinos recebessem mais das fontes bolivianas. “Desafortunadamente”, o governo brasileiro percebeu, pela sua “brilhante visão estratégica”, que iria faltar gás para que honrasse a sua palavra no campo interno. A partir daí, a Petrobras deixou de garantir a distribuição do produto aos nacionais. Foi necessário que o Judiciário interviesse, para quem de direito recebesse o gás surrupiado. O presidente da Petrobras, em entrevista, cinicamente, declarou - toda a imprensa registrou - que a indústria tem que mudar a sua matriz energética, readaptando-se ao uso do óleo combustível, que é muito mais caro. Milhões de reais escorrem-se, desse modo, pelo ralo da incompetência gerencial e estratégica do governo.
Hoje, 05 Nov 2007, Lula marcou uma nova viagem, “emergencial”, à Bolívia para implorar que Evo Morales aumente as suas exportações de gás para o Brasil, pois, como ele declarou, o Brasil não possui esse combustível no nível de auto-suficiência. Como explicar, então, que boa parcela do gás produzido no Brasil é queimada na fonte de produção por falta de investimentos na distribuição, ou seja, por ter faltado investimentos em gasodutos.
Lula, com os olhos que me lembraram o meu sonho, na sua empáfia de estadista de meia tigela, declarou - não é invencionismo meu, revejam os telejornais - que o Brasil precisa importar mais “gás gaseificado”.
Não quero mais sonhar. Para quê?
A ilusão é pura realidade neste país de loucos, hipócritas e verdadeiros estelionatários.
Que o digam os que investiram em promessas vãs.
Cel reformado
Produzido por Ternuma Regional Brasília
www.ternuma.com.br .
Sonhei, há alguns dias, com um encontro de quatro loucos em um manicômio em que estavam internados.
O primeiro, dizia ser Hugo Chávez. Em sua demência, alardeava ser o presidente da maior potência latina do mundo e que com o petróleo, abundante na Venezuela, poria de joelhos o imperialismo ianque. Afinal, o rearmamento que empreendeu garantia-lhe essa façanha e, numa primeira fase, deixaria os países cucarachas com que faz fronteiras os alvos imediatos do seu “socialismo do século XXI”. Na sua grandiloqüência, o “boliviarismo” já era uma realidade e faria da Venezuela o novo centro irradiador da ditadura do proletariado, como lhe incentivava o maior visionário da História, Fidel Castro, também psiquiatra “psicolouco” e mentor das suas paranóias.
O segundo, dizia ser Evo Morales, cocaleiro alçado à presidência da Bolívia. Evo brandia todo o seu fervor revolucionário e assegurava, num primeiro desafio, a submissão do Brasil aos seus desígnios de sócio do boliviarismo de Chávez, nacionalizando e rasgando todos os acordos internacionais que regulavam as exportações bolivianas de gás natural. Assim, as “poderosas” tropas da Bolívia ocuparam as refinarias brasileiras existentes na Bolívia, na certeza de que o Brasil é, de fato, um gigante idiota e, por isso, parceiro do socialismo do século XXI. Às gargalhadas, Evo comemorou a tibieza do governo brasileiro, que, pronta e oficialmente, reconheceu a “irrefutável” soberania boliviana, em premeditada covardia, sem importar-se com a afronta.
O terceiro, assumindo a personalidade de Néstor Kirchner, dizia não ser contra e nem a favor do boliviarismo, muito pelo contrário, uma vez que a Argentina, para ele, é o centro do Universo e desde que o seu país continuasse com a tradicional política internacional pendular. O domínio do Mercosul é a sua meta. Não lhe passa pela cabeça despertar qualquer outro sentimento xenófobo, pois lhe bastam as “pinimbas” seculares com o Brasil e o Chile. Devo admitir que a Argentina tem um grande herói, Jose de San Martin, libertador desse país, Chile e Peru e que nunca nutriu grande amizade por ideais bolivarianos.
O quarto, um apedeuta completo, orgulhava-se da sua condição de ex-metalúrgico e de excepcional prestigitador, baseado na sua incrível capacidade de vender, aos incautos, até mato pegando fogo. Contando os ganhos dos dinheiros de suas pensões de “perseguido político”, o quarto louco, na pele de Luiz Ignácio Lula da Silva, divertia-se com as loucuras dos outros três, com a mais absoluta certeza de que é o centro do mundo. Socialismo, dizia ele, até que pode, se não me roubarem da cena e se o poder continuar em minhas mãos e nas do meu partido... Afinal, comentava, com os olhos rútilos pela ingestão de uma boa aguardente: sou filho de uma analfabeta de nascença e muito macho, apesar da falta de um dedo, que não me impede de raciocinar e nem de contar as minhas façanhas pelo social.
Acordei do sonho e deparei-me com a realidade, que não é muito diferente.
Parecendo um conluio urdido na reunião desses loucos, a verdade mostrou-se pior.
Há poucos anos, a Petrobras incentivou as indústrias e o mercado automotivo a consumir gás natural, já que a prospecção dessa matriz energética no Brasil estava de vento em popa. Como resultado, os industriais investiram rios de dinheiro na adaptação a essa nova matriz. Motoristas cariocas e paulistas logo trataram de adequar seus veículos para esse combustível muito mais barato. Era uma verdadeira aceleração da economia. Muito investimento das verdadeiras fontes produtivas.
De chofre, a Argentina, em pleno inverno, passou a sofrer grave crise energética. O governo brasileiro, solidário aos “hermanos”, solicitou à Bolívia a redução do gás mandado para o Brasil, para que os argentinos recebessem mais das fontes bolivianas. “Desafortunadamente”, o governo brasileiro percebeu, pela sua “brilhante visão estratégica”, que iria faltar gás para que honrasse a sua palavra no campo interno. A partir daí, a Petrobras deixou de garantir a distribuição do produto aos nacionais. Foi necessário que o Judiciário interviesse, para quem de direito recebesse o gás surrupiado. O presidente da Petrobras, em entrevista, cinicamente, declarou - toda a imprensa registrou - que a indústria tem que mudar a sua matriz energética, readaptando-se ao uso do óleo combustível, que é muito mais caro. Milhões de reais escorrem-se, desse modo, pelo ralo da incompetência gerencial e estratégica do governo.
Hoje, 05 Nov 2007, Lula marcou uma nova viagem, “emergencial”, à Bolívia para implorar que Evo Morales aumente as suas exportações de gás para o Brasil, pois, como ele declarou, o Brasil não possui esse combustível no nível de auto-suficiência. Como explicar, então, que boa parcela do gás produzido no Brasil é queimada na fonte de produção por falta de investimentos na distribuição, ou seja, por ter faltado investimentos em gasodutos.
Lula, com os olhos que me lembraram o meu sonho, na sua empáfia de estadista de meia tigela, declarou - não é invencionismo meu, revejam os telejornais - que o Brasil precisa importar mais “gás gaseificado”.
Não quero mais sonhar. Para quê?
A ilusão é pura realidade neste país de loucos, hipócritas e verdadeiros estelionatários.
Que o digam os que investiram em promessas vãs.
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