quinta-feira, 29 de novembro de 2007

ESPIONAGEM CUBANA E OS CÍRCULOS BOLIVARIANOS

Comentários: G. Salgueiro
Fonte: Notalatina

Notalatina trouxe esta semana, COM EXCLUSIVIDADE PARA O BRASIL, uma entrevista com o ex-espião cubano Uberto Mario Hernández, que trabalhou na embaixada cubana na Venezuela, entre 2000 e 2003, e resolveu falar à jornalista María Elvira Salazar no programa “Polos Opuestos”, da MegaTV de Miami, em junho deste ano. Hoje ele vive exilado na Flórida, depois de haver desertado.
Mario é jornalista desportivo e trabalhava na “Radio Rebelde” em Pinar del Río (Cuba) quando foi mandado para a Venezuela. Lá, ele foi trabalhar como espião na embaixada de Cuba e recebeu, por parte do governo da Venezuela, identidade, passaporte e endereço como venezuelano, com o nome de José Carlos Contrera. Dentre outras coisas, ele conta que sua função principal era espionar jornalistas opositores e repassar as informações para o embaixador de Cuba na Venezuela, German Sanchez Otero.
Sobre esses documentos falsos que ele diz ter recebido não é novidade, pois aqui mesmo neste blog eu já denunciei isto inúmeras vezes, inclusive em época de eleições e referendos onde mais e mais agentes do G2 cubano chegam para dar apoio a Chávez e votar a seu favor.
A espionagem é feita não só aos opositores venezuelanos mas também aos cubanos que estão lá nas “missões” (médicos, desportistas, alfabetizadores – que são FUNCIONÁRIOS do governo). Mário conta que certo dia foi chamado ao escritório do diretor geral do aeroporto de Maiquetia, - Cel Tomás Rodríguez, que cuidava da segurança na embaixada cubana - , na cidade de Vargas, e que através de um lap top ele pôde ouvir TODA a conversa que esses cubanos estavam tendo com suas famílias na Ilha, (eles tinham direito de ligar DE GRAÇA para Cuba cuja despesa era paga pela PDVSA, ou seja, o Estado venezuelano, com o dinheiro do povo); todos eram monitorados completamente, inexistindo privacidade de informações. Os informes (“chuletas”) colhidos daí e de outras coberturas, eram enviados para a central de espionagem dos cubanos que fica no 3º andar do prédio da embaixada e de lá enviado para Fidel via mala diplomática.

Ele conta que a empresa CONEXTEL, que importa e exporta todo o material de eletrônica em Cuba, fez um acordo com o governo na Venezuela e está lá desde 19 de outubro de 2000. Todo o material que é utilizado para doutrinação e treinamento (áudio, vídeo, DVD) é feito pelo Departamento Ideológico do Partido Comunista de Cuba e elaborado pela CONEXTEL, inclusive funcionários do Instituto Cubano de Rádio e TV estiveram na Venezuela – mais de 100 pessoas – montando rádios comunitárias e serviços de escutas, como esse do aeroporto de Maiquetia. O próprio Mario montou 9 dessas rádios comunitárias, cujo objetivo é fazer doutrinação ideológica e espionar, através de delinqüentes que vivem espalhados pelos diversos bairros e que gravam conversas ouvidas de opositores, e depois entregam à embaixada cubana.

A Internet também está monitorada – leia-se CENSURADA -, sobretudo depois que a maior empresa do ramo, a CANTV, foi estatizada. TUDO o que os opositores assinantes de CANTV escrevem e que circula pela rede, é monitorado diretamente por esses espiões na embaixada de Cuba, e são mais 1.000 os infiltrados no Departamento de Segurança da Venezuela.


O assessor de Chávez para a criação da TeleSur chama-se Ovidio Cabrera, que é Vice-Presidente do Instituto Cubano de Rádio e TV, ideólogo do PCC há 30 anos. Agora é possível compreender porquê a maioria dos e-mails que envio para amigos que utilizam este provedor é devolvido, com o “simpático” aviso de que a mensagem não foi entregue porque enviei spam.


Vale destacar aqui, também, que este tipo de censura e monitoramento está sendo feita pelo ParTido-Estado, pois em nota recebida ontem, a jornalista Dora Kramer denunciava que os computadores dos funcionários do Ministério da Fazenda eram bloqueados pelo “comitê de segurança” a acessar a página do PSDB e de informativos sobre “política e opinião” por serem assuntos “não profissionais”. O site do PT, entretanto, é liberado. E em breve, seremos todos nós, funcionários de Ministérios ou não.


Outra informação grave, denunciada nesta entrevista, dá conta de que na ilha La Orchila há uma base de espionagem – Centro de Operações de Internet – e uma base de submarinos. Essa base usa a fachada de uma agência de mergulhos, entretanto, foi aí que se reuniram Chávez, Fidel, Sanchez Otero e outros para criar um cabo submarino que liga Cuba e Venezuela, aumentando em 2.500 vezes as comuicações entre os dois países. Isto justifica as compras de submarinos russos que Chávez fez ano passado.


Cabe lembrar que todas as operações ilícitas feitas por Fidel Castro, sobretudo com relação ao narcotráfico, foram feitas utilizando submarinos em águas internacionais, daí porque o DEA sempre teve dificuldade em provar que o governo ditatorial cubano participava ativamente do narcotráfico, conforme relata Luis Grave de Peralta Morell, em seu livro “A Máfia de Havana”, ainda inédito no Brasil. (veja texto em azul abaixo)
Quem montou este Centro de Operações em La Orchila foi o sr. Angel Gamos, um dos últimos oficiais da Segurança de Cuba, que é filho do Coronel Cargame, delegado do Ministério do Interior (MiNint) encarregado do caso do General Ochoa, fuzilado após “confessar” sua participação no narcotráfico, coincidentemente neste caso em que o DEA não encontrou provas. Ele foi o bode expiatório escolhido para salvar a pele de Fidel e de Raúl, porque o DEA estava a um passo de chegar a esta conclusão...


Mas a parte mais preocupante e grave desta bombástica entrevista é quando ele fala do recrutamento de jovens para o exercício da espionagem e militância. Ele explica que os “Círculos Bolivarianos” são formados por hordas de delinqüentes, drogados, marginais que não têm nada a perder e que agem de forma violenta e armada, conforme o Notalatina apresentou em sua última edição sobre as agressões sofridas pelos estudantes, dentro das universidades.


Ex-funcionários do regime cubano estão na Venezuela dando aulas de espionagem nas “Escolas de Capacitação de Trabalhadores Sociais”, nome muito elegante para esconder seus reais objetivos. Por essas escolas já foram doutrinados e treinados durante 45 dias, mais de 5.000 jovens venezuelanos que formam hoje os “Comitês de Jovens Bolivarianos”, cujo objetivo é difundir e arregimentar adeptos à revolução bolivariana.


Aqui no Brasil existem vários desse grupos que apresentam-se com o nome de “Círculos Bolivarianos”, mas cujo objetivo é o mesmo dos Comitês de Jovens, conforme pode-se comprovar através deste artigo Círculos Bolivarianos no Brasil, escrito por Carlos I. S. Azambuja para o site Mídia Sem Máscara.


É isto que está ocorrendo na Venezuela hoje e é isto que está invadindo nosso país, silenciosa e cinicamente, porque a mídia inteira se cala sobre estes crimes que provêm da união maligna entre Chávez+Lula+Castro, o “Eixo do Mal” do Foro de São Paulo, denunciado há quase uma década pelo saudoso Dr. Constantine Menges.


Será que depois de ouvir esse depoimento tão grave e fidedigno, pois o autor das denúncias foi participante direto de tudo que denuncia, os brasileiros ainda vão ficar indiferentes à malignidade do ingresso definitivo de Chávez ao Mercosul? Será que os nacionalisteiros – civis e militares – ainda vão “lamentar” que alguém no Brasil não queira a ajuda de Chávez?


Deixo com a consciência de cada um, julgar de que lado quer ficar: se do Brasil, com toda esta corja de comunistas no raio que os parta, ou mancomunados com a pior escória do planeta, apenas para ser contra tudo (sem separar o joio do trigo) que vem dos Estados Unidos.


Aqui estão os vídeos da entrevista que juntos somam pouco mais de 15 minutos:
















Proposta de fusão entre Venezuela e Cuba

por Edgard C. Otálvora
08 de novembro de 2007


Resumo: A Confederação Cubano-Venezuelana seria o caminho escolhido por Fidel Castro e Hugo Chávez para garantir a sobrevivência do atual regime na ilha.


© 2007 MidiaSemMascara.org


A fusão dos governos da Venezuela e de Cuba em uma única entidade é, segundo fontes consultadas em vários países, algo mais que uma frase de ocasião. Tanto o governo venezuelano como setores específicos do regime cubano estariam considerando esta opção seriamente. No caso da Venezuela, o governo de Hugo Chávez se propõe dar pavimento constitucional a essa via, incluindo na reforma constitucional uma claúsula que permitiria um governo conjunto Caracas-Havana.


A criação de uma entidade que unifique os governos da Venezuela e de Cuba foi incluída como parte das reformas constitucionais que os deputados da Assembléia Nacional colaram à proposta inicial apresentada por Chávez.


No artigo 153 foi incorporada a “Fundação de Repúblicas que consolidem os projetos estruturantes da região” como uma das ações que a República “promoverá e favorecerá”.


De acordo com o Dr. Adolfo Salgueiro, na semana passada, poucas horas antes que a Assembléia Nacional (AN) levasse ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o texto “definitivo” da reforma, o conteúdo do Artigo 153 foi modificado sem ter ido a nenhum “debate” parlamentar. Salgueiro, que vem realizando um minucioso exame do texto constitucional proposto e seu impacto no campo internacional, fundamenta que a “fundação de Repúblicas” gerou mal-estar entre grupos chavistas os quais imediatamente relacionaram o texto (saído ao que tudo indica de Miraflores) com o que Chávez já havia adiantado poucos dias antes em Cuba, sobre a fusão dos dois governos.


O texto do artigo 153 que finalmente foi entregue pela senhora Cilia Flores – presidenta da AN – à senhora Tibisay Lucena – presidenta do CNE -, já aparece na página da Internet do organismo eleitoral. No texto que será submetido à votação em dezembro foi apagada a parte que diz “fundar Repúblicas”, introduzindo com camuflagem a mesma idéia. O texto definitivo já não se refere à criação de novas repúblicas, senão que faz referência a que a República promoverá a “Confederação” (escrito com maiúsculas pelos redatores) na América Latina. O produto de uma “Confederação” segundo o neutro dicionário da Real Academia, é a criação de um Estado. A nova Constituição abre assim caminho para a formação de um novo Estado resultante da confederação ou aliança de Cuba e Venezuela.


A modificação do artigo, nas intimidades palacianas, foi realizada com tal discrição que, ao que parece, não se inteiraram nem sequer no diário “Últimas Notícias”, dirigido por Eleazar Díaz Rangel, um publicitário próximo do governo. Em sua edição do domingo passado, quando o texto definitivo já aparecia nas páginas oficiais na web, esse matituno publicou um resumo do conteúdo da mudança da Constituição no qual ainda figura como Artigo 153, o correspondente à “fundação de Repúblicas”.


Durante sua visita a Cuba iniciada em 12 de outubro passado, Hugo Chávez referiu-se a que, na prática, os governos da Venezuela e de Cuba são um só. Chávez utilizou em várias de suas intervenções públicas a palavra “confederação”, para referir-se à fusão dos dois governos.


Américo Martí, um cuidadoso analista do dia-a-dia cubano, ressalta o fato de que nas palavras de Raúl Castro em resposta a Chávez, o cubano nunca se referiu a algo que pudesse ser entendido como uma fusão de ambos os governos. Com efeito, o presidente interino cubano falou de “união e integração”. O contraste de posições entre ambos os mandatários se produziu durante a assinatura de uma nova série de acordos bilaterais no dia 15 de outubro.


Poucos dias depois, o chanceler cubano Felipe Pérez Roque falou implicitamente, desde Nova York, sobre o tema da fusão com a Venezuela. E o fez sob a euforia de haver derrotado os Estados Unidos na ONU, quando a maioria dos países votou rechaçando o embargo norte-americano à ilha. Nesse contexto, Pérez Roque assegurou que seu país estava disposto a ceder sua soberania e bandeira em honra da “Pátria Grande”.


A Confederação Cubano-Venezuelana seria o caminho escolhido por Fidel Castro e Hugo Chávez para garantir a sobrevivência do atual regime na ilha, o qual está em dúvidas, uma vez que o cubano faleça ou fique, por razões de seu estado de saúde, anulado em sua capacidade de intervir no exercício do poder.


Após o discurso de George W. Bush sobre Cuba, pronunciado na Casa Branca em 24 de outubro, ficou no ambiente certa ambivalência sobre a posição definitiva de Washington ante um governo de transição encabeçado (diretamente ou com um segundo interposto) por Raúl Castro. Parece pouco provável que Raúl Castro e a casta militar que se mantém a seu redor, estejam na linha de uma fusão com a Venezuela. A Confederação seria então um projeto dos civis que rodeiam Fidel e os que têm ligações privilegiadas com Chávez.

VOCÊ ACHA QUE O COMUNISMO ACABOU?





VOCÊ ACHA MESMO QUE NÃO EXISTE COMUNISMO NOS EUA?










Círculos Bolivarianos no Brasil




26 de outubro de 2007


Resumo: A infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI.

Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5. Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao caos primitivo, esta parte seria a América”. (Simon Bolívar, falecido em 17 de dezembro de 1830)

Em 24 de outubro de 2007, o jornal Correio Brasiliense, de Brasília, publicou matéria a respeito dos Circulos Bolivarianos existentes no Brasil, bem como o esforço do governo venezuelano, através de um grupo de diplomatas, de municiar essa organização – Círculos Bolivarianos – de política anti-imperialista para transformar o Brasil numa democracia socialista. O título do artigo é apropriado ao tema: Ameaça à Soberania.

Segundo a matéria, a infiltração ideológica de Hugo Chávez no Brasil vai muito além do lançamento e distribuição às universidades e escolas do livro Simon Bolívar - O Libertador. O livro é apenas a ponta de um iceberg do projeto político de Hugo Chavez para o Brasil, país no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do Socialismo do Século XXI.

O trabalho de campo está sendo articulado e coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, assessor de política internacional de Hugo Chávez (http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/19/o-brasil-e-imperialista/). Diz a matéria que a infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI. Nesse sentido, Maximilian Arvelaiz há quase um mês percorre várias capitais brasileiras com a missão de coordenar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Tal articulação culminará com a realização da I Assembléia Bolivariana Nacional, em dezembro, no Rio de Janeiro, quando será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano, uma frente anti-imperialista que não passa de um ambicioso projeto destinado a transformar o país numa democracia socialista. As linhas teóricas do Estatuto desse organismo – obtido pelo autor da reportagem – repetem, sem timidez, o ideário da reforma constitucional que está sendo feita na Venezuela, bem como a meta de Hugo Chávez de construir um poder popular para formar uma Federação Socialista Latino-Americana.

O Movimento Bolivariano terá um hino, um símbolo e uma bandeira, e prevê a cooptação de posições estratégicas em partidos políticos, sindicatos, associações de moradores, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas. Nesse trabalho, Arvelaiz não está sozinho. Dispõe de uma equipe de 15 diplomatas lotados na embaixada e em diversos consulados, inclusive um Adido de Inteligência. Essas pessoas foram mandadas ao Brasil com a justificativa oficial de que se trata de um reforço diplomático para impulsionar as relações bilaterais. Sem dúvida, uma justificativa coerente, uma vez que o próprio presidente Luiz Inácio classifica Hugo Chávez como um parceiro importantíssimo e sua base parlamentar faz esforços para a imediata aprovação no Congresso do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul.

Prossegue o autor da reportagem, escrevendo que o enviado especial de Chávez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos já existentes no Brasil, a fim de instruí-los sobre a mudança de status dessas células sociais: deixam de ser unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e tornam-se parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada, composta por mulheres e homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e latino-americana à definitiva independência.

A convocatória para a realização da conferência para a criação dos Círculos Bolivarianos, dias 8 e 9 de dezembro, no Rio de Janeiro, termina com as seguintes palavras-de-ordem em uma página (http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/) mantida pelos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, coordenada pelo jornalista Aurelio Fernandes, membro da CUT e do Diretório Nacional do PDT:

Ousar sonhar! Ousar Lutar! Ousar Vencer!
Não ao imperialismo, não ao liberalismo, não ao reformismo!
Poder Popular!
Pátria, Socialismo ou Morte! Venceremos!



Recorde-se que os Círculos Bolivarianos Leonel Brizola são uma iniciativa do Partido Comunista Marxista-Leninista e as palavras-de-ordem Ousar Lutar! Ousar Vencer! eram as utilizadas pela Vanguarda Popular Revolucionária durante a luta armada dos anos 60 e 70.


Aurélio Fernandes conseguiu unificar todas as organizações similares existentes no Rio, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários e para isso recebeu apoio do Cônsul da Venezuela no Rio de Janeiro, embaixador Mario Guglielmelli Vera.

O Movimento a ser fundado em dezembro de 2007 terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania
(http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/), em cujo nome estarão todas as propriedades e documentos legais do Movimento Bolivariano, à semelhança do que já acontece com o MST, que legalmente não existe, e tem suas finanças geridas pela ANCA – Associação Nacional de Cooperação Agrícola.

Os Círculos Bolivarianos reúnem em sua direção intelectuais, políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol, PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior números de unidades bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva do Círculo Bolivariano Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Amazonas também têm organizações bolivarianas
.

Trechos do Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil (
http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/):

“É uma organização política que se define como bolivariana, guevarista e brizolista. Fundamenta na teoria marxista sua visão crítica e revolucionária, contra o capitalismo (…) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. Utilizaremos todas as formas de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem como objetivo a tomada do poder”.

“Lutamos por uma sociedade socialista que prepare as condições para uma sociedade sem classes e sem estado: a sociedade comunista. Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela unidade e independência da América Latina”.

“O povo trabalhador deve se organizar e lutar para construir o Poder Popular através da conquista do Estado e o controle dos meios de produção. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da teoria à prática local concreta”.

“O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e municípios”.

“A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes por estado”.

“As principais missões que deverão agrupar os companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações Internacionais”.

“O Movimento deverá implementar e organizar seus militantes na forma de círculos bolivarianos, agrupando os companheiros, desde a base, em seus locais de luta no trabalho, na moradia e no estudo. Para o melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de funcionamento específicas”.

“Em todas as atividades do Movimento devem estar presentes a Bandeira e o Hino (a serem definidos). Todos os meios de comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados para divulgação”.

Essas atividades bolivarianas, no entanto, vêm de longe, como se observará pela leitura da página do Círculo Bolivariano de São Paulo.

A Casa Bolivariana, no Rio, funciona na Praça da República 25-3º andar, local onde nos dias 13 a 17 de novembro de 2006, a pretexto de comemorar os dois anos de fundação dos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola, foram realizadas uma série de conferências sobre os temas “Pensamento Social Latino-Americano”, “Marxismo, Bolivarianismo e Brizolismo”, e “Poder Popular e Movimentos Sociais”, bem como um ato público em favor da reeleição de Hugo Chavez à presidência da Venezuela.

Antes disso, em 5, 6 e 7 de outubro foi realizada em São Paulo uma reunião do Grupo de Trabalho, preparatória para o Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas em 20/23 de novembro de 2003, com a presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Al Socialismo boliviano, Movimento Pachakutuk, do Equador, Movimento Piquetero Barrios de Pie, da Argentina e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, de El Salvador, partidos e movimentos que organizaram o Congresso de Caracas. Fernando Bossi, historiador argentino, membro do Projeto Emancipação, foi o Secretário de Organização do Congresso.

Uma das decisões do Grupo de Trabalho foi a de articular o seguinte calendario de protestos com o objetivo de potencializar a boa capacidade de mobiização existente:

- 13 a 15 de novembro de 2003: Cúpula Social dos Povos Santa Cruz de la Sierra;
- 16 a 23 de novembro de 2003: Campanha contra a Militarização;
- 18 a 21 de novembro de 2003: Miami – Mobilização contra a ALCA;
- 20 a 23 de novembro de 2003: Congresso Bolivariano dos Povos;
- 26 a 30 de janeiro de 2004: Havana – Campanha Continental contra a ALCA;
- 08 a 12 de março: Quito – Foro Social Americano.

O I Congresso Bolivariano dos Povos foi antecedido pela Reunião de um Grupo de Trabalho, realizado em Caracas dias 28 a 30 de agosto de 2003, e adotou as seguintes Resoluções:

- Criação de uma Secretaria Provisional do Congresso Bolivariano dos Povos;
- Criação de Comitês Nacionais que sirvam para comunicar o que for discutido e resolvido neste Encontro preparatório e impulsionar a mais ampla convocatoria, sem exclusões, às forças populares de cada país;
- Organização obrigatória, por parte dos Comitês Nacionais, de um encontro preparatório para a realização do Congresso Bolivariano dos Povos em novembro de 2003;
- São propostas as datas comuns de mobilização em todos os países latino-americanos e caribenhos, o 12 de outubro, Dia da Resistencia Indígena, e o 13 de abril, Dia da Democracia Participativa e em homenagem à vitória do povo venezuelano ante o golpe fascista de 11 de abril de 2002;
- Construção de uma ferramenta imediata de comunicação entre as organizações populares paricipantes desta convocatoria. A proposta é a criação de uma página-web onde se publiquem as Resoluções deste Encontro e as diferentes informações sobre iniciativas de cada país;
- Realização de um vídeo que sirva para propagandear o Congresso Bolivariano dos Povos através de TVs de cada país;
- Preparação e edição de material didático sobre a reconstrução das lutas populares, onde se incluam acontecimentos e figuras das batalhas de libertação e independência de nossos povos, com ênfase na menção dos militares patriotas do nosso continente;
- Avançar na idéia de establecer convênios de educação popular e formação política entre nossos países e organizações, partindo da existencia da Universidade Bolivariana da Venezuela e auspiciando que seja esta que coordene a referida tarefa. Propiciar também a idéia de cátedras bolivarianas em cada um de nossos países, onde se estude a verdadeira história e realidade de nossos povos - realizar uma lista e cadastro de todas as organizações populares de nosso continente, a fim de que cada país convocante conheça o amplo marco de concorrência ao evento de novembro.

Para implementar as propostas acima, aprovadas por unanimidade, foi decidido designar os integrantes da Secretaria Provisional:

• Circulos Bolivarianos, Venezuela
• Comitês de Defesa da Revolução, Cuba
• Frente Farabundo Martí de Libertação Nacinoal, El Salvador
• Movimiento Al Socialismo, Bolívia
• Movimiento Piquetero Bairros de Pie, Argentina
• Movimento dos Sem-Terra, Brasil

Em 2004, a Resolução Final do II Congresso Bolivariano dos Povos (Caracas, 06/09 de dezembro de 2004) aprovada por cerca de 200 delegados de toda a América Latina, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede de movimentos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre determinação dos povos e sua sobrevivência. As políticas neoliberais e suas e suas variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do encontro que teve como consigna a unidade latino-americana.

Entre as principais propostas está a formação de uma Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do agronegócio. O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento internacional para enfrentar as agressões a Cuba, à Venezuela e “as que serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do império”
(
http://www.voltairenet.org/article123170.html).

Para concluir, em dezembro de 2006 foi fundado no Rio de Janeiro o Partido da Revolução Bolivariana Nacional, com 109 assinaturas de eleitores de 11 Estados. Seus integrantes dizem se inspirar em Simón Bolívar (1783-1830), herói da independência de colônias espanholas na América, e no presidente da Venezuela Hugo Chávez, que diz promover uma revolução “bolivariana” e socialista. Os militantes do PRBN iriam propor a Chávez, que estava no Rio para a cúpula do Mercosul, uma “Internacional Bolivariana”, que una organizações de ideários semelhantes. O PRBN diz-se nacionalista e defensor da economia de mercado com presença forte do Estado. O presidente do PRBN é o empresário Paulo Memória, que já foi do PMDB e do PT do B. Como não poderia deixar de ser, o PRBN apóia o governo federal, mas seu modelo não é Lula, e sim Chávez, disse Paulo Memória.

(
http://www.panoramabrasil.com.br/noticia_completa.asp?p=conteudo/txt/2006/12/27/21788722.htm).



Por Jorge Serrão
Exclusivo

Alerta Total: http://alertatotal.blogspot.com/2007/11/relatrio-de-inteligncia-dos-eua.html

Transformou-se na mais recente dor de cabeça do presidente Lula da Silva um relatório reservado do Departamento de Estado norte-americano que revela as articulações da cúpula do Foro de São Paulo com organizações terroristas - que se aproveitam do dinheiro do tráfico internacional de drogas para financiar suas ações de terror. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve acesso ao relatório em que a CIA e a coordenação de contraterrorismo do Departamento de Estado dos EUA informam, extra-oficialmente, sobre as ligações perigosas dos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Moralles (Bolívia) e Daniel Ortega (Nicarágua) com narcotraficantes e guerrilheiros. Os três são da cúpula do Foro de São Paulo – balaio de gato que mistura partidos políticos de esquerda com ONGs e movimentos de esquerda armados (guerrilhas aliadas de narco-varejustas) na América Latina.

O Alto Comando do Exército sabe do teor do explosivo documento. O especialista de assuntos estratégicos de um grande jornal brasileiro, também – mas não pode divulgá-lo.Mas o Alerta Total apurou que o texto reservado tem o dedo de Joseph Cofer Black – que desde fevereiro deste ano é o presidente do The Black Group, que trabalha com “soluções totais em inteligência”. Antes deste empreendimento, por dois anos, Black foi vice-presidente da Blackwater USA – uma famosa empresa que funciona como um “exército privado". Antes disto, até 2005, Cofer Black foi coordenador de Contraterrorismo do Departamento de Estado norte-americano. Durante 28 anos, foi da diretoria de operações da CIA – a central de inteligência dos EUA. Informes de inteligência estimam que a Blackwater e o Black Group têm pelo menos 15 mil paramilitares de elite na América do Sul – grande parte nas regiões de fronteira do Brasil.

Uma das principais novidades do informe é sobre a origem da famosa droga sintética, muito popular entre os jovens adeptos das festinhas de rave. O documento reservado denuncia que o ecstazy que abastece a América Latina vem do Irã. O mais grave é que a droga chegaria ao continente através da Venezuela. O informe norte-americano revela que Hugo Chávez faz vista grossa para isto. Os EUA também têm indícios da colaboração direta de Chávez e de Moralles com as FARC (da Colômbia). Também detectaram um foco de prováveis terroristas iranianos em Foz do Iguaçu. Os terroristas serviriam para apoiar as ações de guerrilha na expansão da revolução bolivariana.


O relatório também indica o que todo mundo já sabe: Chávez usa o dinheiro do petróleo para expandir seu poder pessoal, em armamento, propaganda e treinamento de milícias para deflagrar sua revolução bolivariana. Outro informe-velho é que os analistas de inteligência norte-americanos avaliam que o presidente Lula teme o poderio bélico de Hugo Chávez – que é o coordenador militar do Foro de São Paulo. Mas o relatório reservado dos norte-americanos aponta que a grande ameaça geopolítica para o Brasil é o presidente da Bolívia.


O informe assegura que são fortes os indícios de que Evo Moralles tem intenções de tomar o Acre do Brasil. Para isso, o índio reforça sua fronteira de selva com um contingente de 23 mil homens. As tropas bolivianas teriam maior e melhor capacidade de armamento que o Exército Brasileiro.Os norte-americanos advertem que Chávez e Moralles pretendem radicalizar na ocupação militar das regiões de fronteira. No entorno do Acre, os dois pretendem colocar 27 mil homens em mais de 20 quartéis a serem implantados. Na fronteira com o Amazonas, os planos bolivarianos de curto prazo são para construir outras dezenas de quartéis com 30 mil homens treinados mais bem armados que os brasileiros.


Os norte-americanos já identificaram quem é o operador do dinheiro de Hugo Chávez em múltiplos investimentos no Brasil. O gestor do venezuelano virou alvo de observações pela fúria com que vem adquirindo o controle de empresas tradicionalmente norte-americanas, além dos grandes volumes de aquisições de terras nos estados de São Paulo e de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. Os analistas de inteligência dos EUA também identificaram que a máfia russa e os iranianos participam desta parceria de negócios. Como o gestor é um grande parceiro dos especuladores ingleses, os norte-americanos recomendam que ele ponha sua elegante barba de molho.


Em tempo: antes que alguém especule, o camarada não é o Zé Dirceu (que não tem barba), muito embora também faça negócios com os russos (vide o caso do Corínthians).


Os analistas de inteligência dos EUA falam abertamente em parceria de Chávez com a Al Qaeda. As milícias da Venezuela seriam treinadas no Irã. A mulher que invadiu recentemente um estúdio de tv para agredir o apresentador venezuelano - a deputada chavista Iris Varela - foi identificada como sendo uma miliciana, que já teria viajado 7 vezes para treinamentos no Irã.



Se os EUA sabem de tudo isso, por que não fazem nada? Os EUA agora não podem se preocupar diretamente com a América do Sul, por causa da frente aberta no Iraque. Os analistas de inteligência avaliam que outra frente, principalmente para ações de guerra na selva, seria derrota certa. Por isso e por enquanto, o Departamento de Estado dos EUA se limita a fazer pressões no Comitê Interamericano contra o Terrorismo (Cicte) da Organização dos Estados Americanos (OEA). As metas principais do governo Bush no combate ao terrorismo são: derrotar as organizações terroristas, atacando suas lideranças e seus sistemas de financiamento e de comunicação; e também cooperar com outros países para que se recusem a continuar patrocinando, apoiando ou abrigando terroristas.


Os norte-americanos indicam que Lula estaria irritado e perdido porque ficou fora de todo este processo pela hegemonia do poder no Foro de São Paulo. Os norte-americanos também revelam que o presidente de Cuba, Fidel Castro, deu uma “chamada” em Chávez para que o venezuelano tenha moderação na condução dos movimentos revolucionários. Não é por coincidência (que não existe) que Lula fará uma viagem, nas próximas semanas, para um encontro com Fidel Castro, o comandante do Foro de São Paulo, que pedirá ao brasileiro uma ofensiva contra o companheiro bolivariano.


Em tempo: os EUA avaliam que, com a morte de Fidel, Chávez quer pegar Cuba antes dos EUA.


No final de abril de 2006, o Departamento de Estado americano fez críticas à política de combate ao terrorismo adotada pelo governo brasileiro. O ataque foi em um relatório anual sobre o terror no mundo, no qual ficou escrito que o Brasil "não ofereceu o apoio político e material necessário para fortalecer as instituições antiterroristas". O relatório reclamou que o Brasil "preferiu não estabelecer um regime de designação de organizações terroristas" similar à "lista negra" criada por Washington. O documento destacou o problema do controle da Tríplice Fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai), que foi apontada como cenário de "arrecadação de fundos" por parte do Hizbollah (grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano) e do Hamas (grupo extremista islâmico).


Os analistas de inteligência norte-americanos já sabem que os narcovarejistas brasileiros pretendem alcançar o controle da distribuição de drogas no atacado e conquistar a liberdade de comércio no varejo. Por isso, os narcovarejistas brasileiros fazem parcerias com seus companheiros da Bolívia e da Colômbia. Na Bolívia, de onde partem 80% da cocaína consumida no Rio de Janeiro, a produção da coca é independente, feita pelos lavradores. O refino boliviano fica a cargo dos cartéis, que negociam com quadrilhas do Brasil e do Paraguai.


Na Colômbia, o cartel poderoso é o do Valle, que produz, refina e vende, direto para México, Estados Unidos e Europa. Era controlado por Juan Carlos Abadía, preso em agosto, em São Paulo. O bandido foi apanhado graças a informações levantadas e entregues de bandeja à Polícia Federal pelos “mercenários” dos exércitos privados e pelos agentes da DEA (Drug Enforcement Administration) norte-americana.


Um dos principais homens a negociar drogas com quadrilhas brasileiras é Javier Chimenes Pavão. Do Paraguai, onde construiu uma estância com mansões e haras, ele negocia carregamentos de maconha e de cocaína com dois grandes grupos : a quadrilha de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e de Ubiratã Brescovith, o Cheiroso, homem do Primeiro Comando da Capital (PCC). Associada à quadrilha de Fernandinho Beira-Mar, a facção criminosa PCC, de São Paulo, vem tentando montar um cartel de distribuição de drogas e de armas com os grupos de traficantes que controlam as favelas do Rio - sejam do Comando Vermelho (CV), ou do Terceiro Comando Puro (TCP) ou do Amigos dos Amigos (ADA). A revelação vazou da CPI do Tráfico de Armas da Câmara dos Deputados, feita pelo delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), da Polícia Civil de São Paulo. O promotor Roberto Porto, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, dispõe da gravação de grampos telefônicos autorizados pela Justiça que flagraram conversas de bandidos do PCC com a turma do CV.


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