segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Tributo ao terror

Janer Cristaldo

4 de outubro de 2007

Roberto Mangabeira Unger teve sua nomeação para a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, rejeitada pelo Senado por 46 votos a 22.

angabeira é aquele catedrático de Harvard, que considerou o governo de Lula o mais corrupto da História.

Mal recebeu convite para uma prebenda veio, qual cachorrinho abanando o rabo, lamber os pés do mais corrupto da História e tomou posse no cargo em 19 de junho. Ficou exatamente cem dias no cargo.

Mas o "filósofo retornará à Esplanada por um decreto do Supremo Apedeuta, que criará o Ministério Extraordinário de Assuntos Estratégicos.

Qual o interesse de Lula em dar a um acadêmico enrolador e venal um ministério que para nada serve? Está recompensando o quê?

Vejamos.

Nancy Mangabeira Unger, irmã do futuro ministro, era quem dirigia o carro que conduzia quatro militantes do PCBR que fuzilaram o tenente Mateus Levino dos Santos, em Jaboatão, grande Recife, em junho de 1970. Nancy Mangabeira Unger, foi banida do Brasil em 13 de janeiro do ano seguinte, em troca da vida do embaixador suíço Giovani Enrico Bucher.

RECORDANDO A HISTÓRIA

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ASSASSINATO DO 2º TEN DA FAB MATHEUS LEVINO DOS SANTOS


Na esteira das discussões sobre o desencadeamento ou não da luta armada, discussões essas que fracionaram o Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi criado em abril de 1968, numa reunião em um sítio próximo a Niterói/RJ, o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).


Seus maiores líderes eram Mario Alves, Apolônio de Carvalho, Jacob Gorender e Bruno Costa de Albuquerque Maranhão.


Sua Resolução Política, que estabelecia a luta armada, privilegiava a "guerra de guerrilhas" no campo, complementada, ao mesmo tempo, com a "guerrilha urbana".


"O caminho da Revolução Brasileira é, portanto, a luta armada. No curso do processo revolucionário, é preciso coordenar várias formas de lutas de massas, pacíficas e não pacíficas, legais e não legais. As formas de ações legais ou pacíficas devem ser utilizadas para desenvolver o movimento popular, mas, com o emprego exclusivo de tais meios a revolução não pode ser vitoriosa. A violência reacionária só pode ser vencida com a violência revolucionária."


Desde seu primeiro ano de vida, o PCBR contou com os recursos humanos dos quadros oriundos do PCB e dos recursos financeiros obtidos com os milhares de dólares furtados pelo Jorge Medeiros Valle, o "Bom Burguês", e entregues, em boa parte, ao partido.


No ano seguinte, o PCBR já estava estruturado em 6 Comitês Regionais (CR), englobando 16 estados da Federação. Para a condução da luta armada, nome pomposo que encobria a realização de assaltos, atentados a bombas e assassinatos, cada regional possuía um Comando Político-Militar (CPM)


Nesse ano de 1969, três assassinatos iriam "adornar" o futuro currículo dos violentos militantes do PCBR:
- o de 31 de outubro, em Olinda, Pernambuco, quando Nilson José de Azevedo Lins, um jovem de 23 anos, gerente da firma "Cornélio de Souza e Silva", distribuidora dos produtos da Souza Cruz, foi assaltado e morto;
- o de 17 de dezembro, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Braz de Pina, quando o sargento da PM Joel Nunes, ao tentar impedir o roubo de um banco, foi morto a tiros por Avelino Bione Capitani; e
- no dia seguinte, 18 de dezembro, quando o soldado do Exército Elias dos Santos, ao participar de um estouro de aparelho do PCBR localizado na Rua Baronesa de Uruguaiana, 70, no bairro de Lins de Vasconcelos, na então Guanabara, foi morto com um disparo à queima-roupa de uma pistola .45, desfechado por Antonio Prestes de Paula.


O Comitê Regional do Nordeste (CR/NE), um dos seis CR estruturados, abrangia os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, e estava integrado por Nicolau Tolentino Abrantes dos Santos, Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho, Juliano Homem de Siqueira, Marcelo Mario de Melo, Alberto Vinicius Melo do Nacimento e Luciano de Almeida.


Em meados de 1970, o CR/PCBR/NE resolveu seqüestrar o Cônsul norte-americano, em Recife, a fim de trocá-lo por militantes que haviam sido presos. Para isso, entretanto, era preciso um Volkswagen branco, à semelhança do pertencente a Nancy Mangabeira Unger ("Andrea, "Cristina", "Joana", "Paula"), membro do CR, que julgavam já conhecido dos órgãos de segurança.


Depois de duas noites de procura, encontraram, às 2200h de 26 de junho de 1970, um Volks estacionado na Avenida Bernardo Vieira de Melo, em Jaboatão, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Quatro militantes do PCBR desceram do carro dirigido por Nancy Mangabeira Unger: Carlos Alberto Soares ("Álvaro", "Ivo", "Julião", "Toinho", "Vitor"), José Bartolomeu Rodrigues de Souza ("Eduardo", "Cantor", "Tropicalista", "Tropi", "Teo", "Luizinho"), José Gersino Saraiva Maia ("Fabiano", "Felipe", "Fernando", "Ivan", "Rivelino", "Riva", "Rui") e Luiz "Jacaré", este nunca perfeitamente identificado.


Ao tentarem render o motorista, este, identificando-se como tenente da Aeronáutica, tentou reagir. Carlos Alberto Soares não teve dúvidas e, disparando à queima-roupa, atingiu-o por duas vezes, na cabeça e no pescoço.


A vítima, o Tenente Matheus Levino dos Santos, chegou com vida ao hospital, sendo operado dois dias depois. Entretanto, após 9 meses de impressionante sofrimento, veio a falecer em 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores.


No IPM, além dos citados, também foram indiciados Marcelo Mario de Melo, Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho e Vera Maria Rocha Pereira.
Ao longo de sua história, o PCBR ainda ceifaria as vidas de outras pessoas, sempre ao abrigo de sua ideologia radical e violenta.

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