sábado, 24 de novembro de 2007

O xeique Abdululla abre o jogo: “eu sou o chávez amanhã”.


Por Neil eu vaio lulla Ferreira.

“Eu e o chávez estamos na mesma corrida. Tendo em vista as diferenças entre os nossos países, ele corre numa Ferrari a 200 por hora e eu num fusquinha a 60”, disse o xeique Abdululla numa recente entrevista. O xeique Abdululla, segundo chávez o mais novo saudita “manata” do petróleo, considera chávez o Schummy numa Ferrari e elle, o barrichello num fusquinha.

Achei essa declaração sem destaque e perdida num jornal argentino, como se o declarante não fosse lá grande coisa e a declaração não valesse a tinta com que foi impressa. A imprensa argentina tem todo o direito de considerar que o declarante não é tudo isso que elle e sua cumpanherada pensam que é. É possivel que fale delle o mesmo que falamos dos hermanitos: “O melhor negócio do mundo é comprar um argentino pelo preço que ele vale e vendê-lo pelo preço que pensa que vale”. Mesmíssima coisa o xeique Abdululla e os abdulullistas todos, é minha opinião revestida da maior má fé do mundo, mas sincera.

Usei no título a mesma técnica escandalosa que aprendi com o “nosso” franklin, quando cava e planta manchetes a favor do governo. Um fato com base real é “traduzido” e espichado até a estratosfera, como a megajazida de gás e petróleo de Santos, a reserva Tupi. (Cumpanhero bem situado nas profundezas do oceano petista propôs batizar de “reserva lulla”, em homenagem a molusco farto na região).

Uma notícia, para uns, velha, de dois anos - quem lê o Estadão e a Folha estava careca de saber do que se tratava. Para outros, mais antigos, velha, de mais de trinta anos, do tempo dos generais Médici e Geisel e da Petrobrás da ditadura. Até o maluf tirou suas casquinhas, com anúncios dizendo que a Paulipetro dele, pejuízo contabilizado de 500 milhões de dólares (eita!) sabia de tudo.

O campo produtivo, que não será mapeado antes de 2010, mesmo que tudo corra bem, permitiu ao xeique Abdululla cutucar em público a ex-assaltante dilma: “Cumé, cumpanhera dirma, quano nóis vai entrá na opépi ?”

No título fiz igual - mordida de cobra se cura com o veneno da cobra, ensina “nosso” franklin, em meio às suas mágicas poções midiáticas. Escrevi “O xeique Abdululla abre o jogo” - e abriu mesmo, foi a primeira vez que abriu o bico e confessou que está “na mesma corrida” que chávez. Na mesma “estrada”, no mesmo GP, na mesma bandeirada de chegada, no mesmo pódio. Correm em equipe. Parece que nem percebemos que a primeira acelerada na corrida chávizta foi dada pela escuderia abdulullista em 1990, no Foro de São Paulo.

O pit stop estratégico foi em 2002, com a “Carta aos Brasileiros”, feita para acalmar o estressadíssimo Walter Mercado, de sotaque inidentificável, esganiçando patéticos “Venda Djá”, referindo-se ao real, e “Compre Djá”, referindo-se ao dólar, que batia nos cornos dos 4 reais, diante do “Risco lulla”. O resto é nossa história recente.

A maior corrupção de todos os tempos, a ocupação do Estado, a farra com o dinheiro público, o empreguismo, os impostos que nos esfolam, a compra dos votos dos miseráveis com a bolsa-esmola, a compra dos votos dos biliardários com a bolsa-juros. O xeique Abdululla, seus tuaregues e seus projetos de permanência no poder, da compra de apoios populares e políticos, de cópia do chavizmo.

Escrevi “eu sou o chávez amanhã”, atribuindo a frase ao xeique Abdululla. É exagero, admito. O xeique não disse com as mesmas palavras, mas afirmo que a minha interpretação é correta, e qualquer bobo percebe a intenção.

A estrada de chávez para se perpetuar no poder tem a massa nas ruas. A treta aqui é mais às escuras, com dribles, negaças, negativas. Mas o xeique já disse que elle “é o melhor de todos para pôr a massa nas ruas”. Não o provoquem. Quem olha enxerga; quem não é analfabeto lê e entende.

O xeique Abdululla afirmou que ninguém é mais democrata que o chávez, que na Venezuela há plebiscitos a toda hora, “la democracia és en directo” - é isso que os abdulullistas mais querem aqui. A um simples estalar de dedos, bolsistas-esmóleres, MST, CUT, UNE fazem deççepaíz um inferno. E com o gás e o petróleo que Allah mandou, dá para comprar uma MacLaren e o xeique Abdululla chega rapidinho ao pódio do Chávez – o mandato eterno.

JEOVÁ, ALÁ E DEUS, EM ESFORÇO CONCENTRADO, NOS LIVREM E GUARDEM.

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