quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Um continente subjugado pelo crime!


Domingo, Novembro 18, 2007
posted by Conde Loppeux de la Villanueva

Dois eventos recentes exigem séria reflexão: um, foi o “cala a boca” do rei espanhol Juan Carlos contra o ditador Hugo Chavez; outro, foram as declarações de Lula sobre o incidente. No primeiro caso, pergunta-se por que, até agora, as democracias latino-americanas são completamente indiferentes ao caos social e político na Venezuela? No segundo caso, como a imprensa brasileira não se escandalizou com as mentiras deslavadas do Presidente Lula? Isso é um sintoma muito grave da opinião pública brasileira: ou ela mente ou ela é subserviente.







O agito pró petista já mostrou suas garras ao espalhar mais uma fábrica de desinformação e mentiras a respeito do que ocorre na Venezuela. A esquerda diz que a ditadura chavista é “democrática”, porque há eleições. Curioso a esquerda se preocupar com formalidades legais da democracia “burguesa”. Existe algo na consciência petista que é a vocação para mentir. A mentira nos petistas é algo existencial, eles a respiram, chegam a crer nelas. A coisa chega a ser doentia. O PT mente tão candidamente, que é capaz de crer nas próprias mentiras que conta. E pior que muitos chegam a acreditar mesmo. As mentiras que inventaram para camuflar a humilhação imposta pelo rei a Chavez são hilárias. Espantoso é o povo aceitar tantas mentiras, tantas humilhações, tantos desenganos. Isso é a mostra viva de uma população moralmente decadente, visivelmente pusilânime, emburrecida. Não é por acaso que a criminalidade, a violência e a corrupção estão endêmicas no país. Não é por acaso que se mata mais do que a guerra do Iraque nas ruas brasileiras. Se há algo de moralidade no brasileiro médio, é a moralidade petista, a moralidade de um porco. Quando um esquerdista é honesto, é um inocente útil, um tolo.

Todavia, a democracia venezuelana é só aparência. Até porque a mera existência de eleições não prova que um Estado seja democrático. Todos os aspectos legais e constitucionais que definem as liberdades democráticas estão virtualmente ausentes na Venezuela. As garantias de liberdade de imprensa foram literalmente extintas. Jornalistas são perseguidos, ameaçados de prisão ou mesmo de morte; qualquer fonte de informação livre que fale mal do governo tem o risco de ser confiscado (tal como ocorreu com a emissora RCTV). A imprensa privada só existe, ainda, porque se recusa a obedecer ao governo. É questão de tempo ela desaparecer.

O sistema eleitoral é todo controlado pelos chavistas e as eleições são escandalosamente fraudulentas, já que o sigilo eleitoral é violado e o governo faz listas ideológicas de opositores. Inclusive, houve o aumento desproporcional do número de eleitores-fantasmas no pleito. Os dissidentes são prejudicados de todas as formas: funcionários públicos recalcitrantes são sumariamente exonerados e cidadãos comuns são impedidos de tirar documentos. Não podem sequer tirar passaportes para sair do país. Assim ocorreu com os melhores funcionários da PDVSA: cerca de 20 mil pessoas foram demitidas por não apoiarem Chavez. Muitos foram ameaçados de morte e pediram asilo fora do país.

A divisão dos poderes, outra marca de uma democracia autêntica, também não existe mais. Chavez controla o judiciário, os tribunais superiores e criou medidas extinguindo as garantias legais dos juizes. Ou seja, se um juiz emitir uma sentença desfavorável ao governo, ele pode ser demitido sem motivo algum, sob os pretextos mais absurdos. O Congresso Nacional independente é outra ficção na Venezuela: praticamente 100% de chavistas! Nas ultimas eleições, a oposição do país se recusou a apresentar candidatos. Cerca de 75 a 80% dos eleitores venezuelanos, temerosos das perseguições políticas e violação do sigilo eleitoral, se abstiveram de votar. E os poderes da república controlados pelo ditador, em particular, o legislativo, permitiram criar leis concentrando plenos poderes ao executivo, como a “Lei Habilitante” e a reforma constitucional, destruindo os poucos vestígios de legalidade democrática no país.

Na vida privada, Chavez destrói a liberdade econômica e tenta controlar a sociedade civil. Milhares de empresas foram arruinadas, confiscadas, exorbitantemente tributadas pelo governo. Enquanto isso, o governo controla uma boa parte da remessa de alimentos do país, através de supermercados controlados pelo Estado. O povo venezuelano está numa situação similar aos cubanos: vive de favores e desfavores do Estado, com sérias crises de desabastecimento. Hoje em dia falta quase tudo no país: carne, leite, artigos de primeira necessidade. E como a população está sendo reduzida à indigência, chegará o dia em que qualquer cidadão será chantageado na sua alimentação: quem não obedece não come!

As escolas privadas são outras vítimas do governo chavista: o Estado quer controlar a educação, para doutrinar as crianças na ideologia “bolivariana”. Essa ideologia mescla a total obediência ao Estado, o culto à personalidade de Chavez e a militarização da juventude venezuelana. Sem contar a intoxicação ideológica em todas as searas da sociedade civil, nas universidades, na imprensa controlada pelo governo e mesmo divulgada pelos círculos bolivarianos nos bairros do país. É uma verdadeira gangue controlando o país. Na prática, os círculos bolivarianos são uma imitação dos CDR´s, comitês de defesa da revolução, de Fidel Castro.

Se tudo isso prova que a Venezuela já é uma ditadura, tão preocupante quanto esses ocorridos é a corrida armamentista que ela incentiva no continente, além de suas ligações criminosas com o narcotráfico. Chavez já comprou cem mil fuzis kalashinikovs e contruiu uma fábrica de munição no país. Adquiriu jatos e helicópteros soviéticos de ultima geração e pretende criar o maior exército da América Latina. Ademais, a intervenção da Venezuela nas soberanias latino-americanas é assustadora: Chavez já criou atrito diplomático com Colômbia, México e, atualmente, Espanha, sua maior beneficiária na Europa. Recentemente, a Venezuela teve atritos diplomáticos com a Guiana, quando soldados invadiram as fronteiras desse país.

A Venezuela, com o dinheiro do petróleo, financiou as candidaturas do narcotraficante Evo Morales, na Bolívia, Ollanta Humala, no Peru, Rafael Correa, no Equador, Daniel Ortega, na Nicarágua, e ainda a de López Obrador no México. Quando as candidaturas financiadas no México e no Peru perderam as eleições, Chavez enviou dinheiro à guerrilha de Oaxaca e ressuscitou o sanguinário Sendero Luminoso no Peru. Aliás, existem indícios gravíssimos de que a Venezuela possui centenas de aeroportos clandestinos de transporte de narcotráfico, sem contar os campos de treinamento da guerrilha das Farcs da Colômbia. Chavez não somente apóia a guerrilha colombiana, como as próprias Farcs já se declararam “bolivarianas”, simpáticas ao ditador.

As ligações de Chavez com a esquerda latino-americana não se limitam a isso. Foi ele quem comprou títulos da divida pública argentina, salvando Nestor Kischner do atoleiro econômico deixado pelos peronistas, em 2001. O peronismo de Kischner é tão cúmplice do chavismo, que muitos membros do seu governo são simpáticos ao governo de Caracas. Chavez está por trás do confisco do gasoduto da Petrobras por Evo Morales, com a anuência covarde do Presidente Lula. Na prática, se existe um projeto visível na Venezuela, em relação ao Brasil, é fazê-lo totalmente dependente do setor energético sob a influência chavista. Se isso já é algo grave contra a soberania brasileira, o exército da Venezuela já criou bases militares fronteiriças ao Brasil, a partir da Bolívia. E a esquerda petista e do PSOL está envolvida com os chamados “círculos bolivarianos” criados já no Brasil.



E onde está Lula nessa história? O governo brasileiro não somente permitiu o estabelecimento da ditadura venezuelana, como praticamente entregou a geopolítica latino-americana à expansão socialista no continente. Também pudera, Lula tem inclinações ditatoriais, tanto quanto Chavez. A política externa brasileira fez tudo para fortalecer os movimentos de extrema-esquerda na América Latina, ainda que isso custasse a destruição das democracias e mesmo da influência do Brasil na geopolítica continental.




O mais escandaloso, porém, é a completa omissão da imprensa brasileira com o Foro de São Paulo, uma associação internacional de partidos de extrema-esquerda, que tem como projeto comum, a destruição das democracias constitucionais e a implantação de ditaduras totalitárias nos países latino-americanos. Neste circulo está Fidel Castro, Daniel Ortega, Evo Morales, Rafael Correa, Hugo Chavez, as Farcs, o MIR, o PSOL e o próprio PT. O Partido dos Trabalhadores não somente está envolvido com essa causa, como o presidente de honra do movimento é o próprio Luis Ignácio Lula da Silva.

O Foro de São Paulo associa desde partidos legais até o crime organizado das Farcs, que hoje tem uma influência desproporcional no continente. As Farcs não se limitam a atuar apenas na Colômbia, onde move uma feroz guerra civil contra o governo democrático do país. Seus focos já foram encontrados até no Paraguai e na Argentina. São as Farcs que abastecem o mercado brasileiro de drogas e possuem alianças com o crime organizado de São Paulo e Rio de Janeiro, o PCC e o CV. E a guerrilha colombiana tem responsabilidade no seqüestro e assassinato da filha do ex-presidente do Paraguai, Cecília Cubas. O MIR chileno, outro membro do Foro, é responsável pelos seqüestros de Abílio Diniz e Washington Olivetto, em São Paulo.

Porém, as ligações não se limitam aí. Foi por intermédio das Farcs que ocorreram os ataques na cidade de São Paulo, em 2006. As Farcs não somente treinam táticas de guerrilha ao crime organizado no Brasil, como têm ligações com os chamados “movimentos sociais”, tal o MST e outros grupos esquerdistas menores.





O governo Lula se recusa a admitir que as Farcs são um grupo terrorista. Quando o presidente de Colômbia Álvaro Uribe conclamou ajuda mútua para combater a guerrilha colombiana, o Brasil se recusou frontalmente a reconhecer a natureza intrinsecamente criminosa do grupo. Ademais, o PT moveu uma verdadeira campanha para pedir a soltura e asilo político a Olivério Medina, representante para assuntos externos das Farcs. Esse mesmo Olivério Medina foi acusado posteriormente pela ABIN, de oferecer cinco milhões de dólares para a campanha do PT, em 2002. As acusações foram omitidas, não porque não houvesse provas, e sim porque foram abafadas.


Fique por dentro de tudo que não sai na imprensa televisiva:





O continente está dominado pelo crime organizado, pelo terrorismo e por uma classe política comprometida em destruir a democracia e implantar o totalitarismo. Se isso não evidencia uma realidade sombria para o continente, a cegueira também tomou conta dos olhares comuns. Ninguém viu, ninguém fala, ninguém quer ouvir. Não me espante que o Presidente Lula defenda com afinco a Venezuela, como se fosse uma “democracia”. A corrupção endêmica e aparelhada de seu governo é fruto do mesmo projeto de poder que Chavez instituiu na Venezuela. O caso é que aqui a bandalheira foi descoberta. Nem por isso o perigo amenizou, já que o povo brasileiro, corrompido moralmente até a demência, acredita que a corrupção é um evento tolerável. E como a população está cada vez mais idiotizada com uma imprensa mentirosa, infiltrada de suborno e petismo pra tudo quanto é lado, é possível entender como a convulsão social na América Latina não apavora ninguém aqui.

O Congresso Nacional é um circo, uma farsa. A oposição ao governo brasileiro é outra farsa. Tudo soa falso e senil no discurso político atual. As coisas mais relevantes do país estão camufladas, fora da esfera da discussão política. Ninguém se escandaliza quando partidos poderosos como o PT e mesmo gente como o PSOL mandam cartas de solidariedade a um ditador destruindo a livre imprensa e a democracia. Tampouco alguém se escandaliza quando o PT, a mando de Fidel Castro e do Foro de São Paulo, deporta dois cidadãos cubanos que pediram asilo político em nosso país. Se algo tão grave como o envolvimento de um partido político com grupos terroristas, totalitaristas, narcotraficantes e criminosos não afeta nem um pouco a consciência deste país, é porque a corrupção moral do povo e das elites é tanta, que eles são condescendentes com esse estado de coisas. O totalitarismo e o crime organizado comandam o Brasil. É questão de tempo a democracia no Brasil ser destruída. A Venezuela é bem aqui!

O PT esconde seu jogo perante a opinião pública.

O socialismo petista, nos bastidores: a destruição do Estado de Direito e a implantação da ditadura comunista, conforme o 3º Congresso do PT, em 2007. Neste vídeo, eles reconhecem claramente a aliança com o Foro de SP, junto com as Farcs, Chavez, Evo Morales e demais grupos radicais e violentos da extrema-esquerda. Crime organizado, terrorismo, seqûestros, narcotráfico, totalitarismo. Isso que está por trás da união do Foro de SP. Leia as atas e acordos entre os grupos de esquerda latino-americana aqui.



Os mistérios do Foro de São Paulo.

Texto extraído do site de Reinaldo Azevedo. Clique aqui.

Por que o governo petista é tão condescendente com o crime organizado das Farcs? Por que apóia o projeto ditatorial e armamentista de Hugo Chavez ? Por que foi omisso quanto ao confisco da Petrobrás na Bolívia, pelo narcotraficante elevado a presidente do país, Evo Morales? Por que Lula sacrifica e trai os interesses do Brasil em favor deles? Exponho aqui uma série de artigos denunciando um dos mais graves casos de covardia da grande imprensa brasileira: o Foro de São Paulo. Publico aqui, um texto do grande jornalista Reinaldo Azevedo, a respeito das relações perigosas do PT com a extrema-esquerda latino-americana e os perigos que essa aliança representa ao país.

Lula fala do Foro de São Paulo

Qualquer partido brasileiro que pertencesse a uma rede que congregasse militantes de extrema direita seria massacrado pela imprensa em três dias. E com razão. Tanto pior se essa rede abrigasse grupos terroristas e tivesse uma agenda internacionalista. Mais grave ainda se, com tudo isso, tal partido chegasse ao poder. Pois o PT chegou e é membro do Foro de São Paulo, junto com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), dedicada à guerrilha comunista e ao narcotráfico. E o silêncio a respeito é ensurdecedor.O tal Foro foi criado em 1990, entre outros, por Lula e Fidel Castro e reúne partidos e grupos de esquerda e extrema esquerda da América Latina. Em julho de 2005, no aniversário de 15 anos, a reunião dos “companheiros” se deu no Brasil. E Lula discursou para a turma. A íntegra está aqui, num site oficial do Planalto. Na véspera do início do 3º Congresso do PT — aquele de que falo posts abaixo — cumpre ler a fala do petista, de que destaco alguns trechos (em vermelho), com comentários (em azul):



E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foi importante termos criado o Foro de São Paulo. (...) nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito.

A imprensa, de maneira geral, não acredita nem mesmo que o Foro exista. Está aí. O “Marco Aurélio” a que se refere é o “Top Top” Garcia, um dos idealizadores do tal Foro.




Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.”

Chávez, encontro em Havana, Grupo dos Amigos da Venezuela... Eis aí: ficam claras as articulações do foro com o ditador de Cuba — O Partido Comunista daquele país pertence ao grupo — e a movimentação para dar apoio internacional a Chávez, num momento em que ele precisava. A “consolidação do que aconteceu na Venezuela”, a esta altura, ninguém ignora, pode se traduzir por “ditadura”.

"E eu quero dizer para vocês que muito mais feliz eu fico quando tomo a informação, pelo Marco Aurélio ou pela imprensa, de que um companheiro do Foro de São Paulo foi eleito presidente da Assembléia, foi eleito prefeito de uma cidade, foi eleito deputado federal, senador, porque significa a aposta decisiva na consolidação da democracia no nosso país.”

Eis aí. É um foro que reúne entidades de extrema esquerda, algumas ilegais, que, não obstante, elege pessoas.

Se não fosse assim, o que teria acontecido no Equador com a saída do Lucio Gutiérrez? Embora o Presidente tenha saído, a verdade é que o processo democrático já está mais consolidado do que há dez anos atrás. O que seria da Bolívia com a saída do Carlos Mesa, recentemente, se não houvesse uma consciência democrática mais forte no nosso continente entre todas as forças que compõem aquele país? A vitória de Tabaré, no Uruguai: quantos anos de espera, quantas derrotas, tanto quanto as minhas.“

É a confissão da existência de uma agenda do foro e de ajuda mútua, coisas que têm de ser investigadas. À época escrevi e reitero: o passa-moleque que levamos, como país, do governo da Bolívia só não surpreendeu, é evidente, o Foro de São Paulo. Como diz Lula, eles estão todos lá para se ajudar. O que eu gostaria de saber é que tipo de auxílio é prestado, por exemplo, às Farc. Ou, pior, que tipo de colaboração elas têm com o nosso país. Lembro que já prometeram US$ 5 milhões à campanha de Lula, segundo relato de um agente da Abin — o que todos negam (não me digam!). Também concedemos asilo político a um de seus terroristas: Olivério Medina.

Eu estava vendo as imagens do primeiro encontro e fico triste porque a velhice é implacável. A velhice parece que só não mexe com a Clara Charf, que é do mesmo jeito desde que começou o primeiro Foro, mas todos nós, da mesa, envelhecemos muito. Espero que tenha valido a pena envelhecer, Marco Aurélio. Eu me lembro que eu não tinha um fio de cabelo branco, um fio de barba branca e hoje estou aqui, todos estão, de barba branca.

Para quem não lembra, Clara Charf é a mulher de Carlos Marighella.

Vejam que os companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. Organizada, muito organizada. E todo mundo achava que era um grande protesto contra o governo. O que aconteceu? A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa, porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra pela primeira vez na história, assinando um documento conjunto.

Considerando a agenda do MST, o trecho fala por si mesmo.

Por isso, meus companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência tranqüila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica.

Há aí o delírio megalômano de sempre, mas é evidente o caráter realmente supranacional do Foro. “Que mal há? Não existe a Internacional da Democracia Cristã?”, poderiam perguntar. Existe, é evidente. Com partidos legais. O tal movimento bolivariano, de Chávez, que se saiba, não pertence ao Foro. Mas é certo que o coronel foi um dos principais beneficiários da existência do grupo.Os bobalhões, supondo sempre que idiotas são os outros, logo indagam: “Está achando o quê? Que haverá uma revolução comunista continental?” Não sejam tolos e não me suponham tolo. Cada país vai chegar o mais longe possível na agenda do grupo. As condições venezuelanas permitem a Chávez a ditadura? Permitem. Os sócios lhe darão apoio. No Brasil, é possível fazer o quê? Entregar a Petrobras quase de mão-beijada à Bolívia e sem soltar um pio? Assim se fará. Revejam o vídeo preparatório do 3º Congresso à luz deste discurso de Lula. Maluquice é ignorar o óbvio.

Integram o Foro além dos brasileiros PT e PC do B: Movimento de Esquerda Revolucionária (Colômbia), Partido Comunista Colombiano, Exército de Libertação Nacional (Colômbia), Forças Armadas Revolucionarias de Colômbia, Partido Comunista de Cuba, Partido Comunista da Argentina, Movimento Clement Payne (Barbados ), Partido Comunista da Bolívia, Partido Comunista do Chile, Partido Socialista do Chile, Partido Popular Costa-Riquenho, Partido Trabalhista de Dominica, Partido de Libertação Dominicano, Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (El Salvador), União Revolucionária Nacional da Guatemala, Aliança do Povo Trabalhador (Guiana), Partido do Trabalho (México), Partido Socialista Popular (México), Partido da Revolução Democrática (México), Frente Sandinista de Libertação Nacional (Nicarágua), Partido Comunista Paraguaio, Partido Pátria Livre (Paraguai), Partido Comunista Peruano, Partido Socialista do Peru, Partido Nacionalista Porto-riquenho, Frente Socialista (Porto Rico), Movimento de Independência Nacional Hostosiano (Porto Rico), Federação Universitária Pró-Independência de Porto Rico, Frente Ampla (Uruguai), Partido Comunista do Uruguai, Partido Socialista do Uruguai, Tupamaros (Uruguai), Partido Comunista da Venezuela.

P.S: Reinaldo Azevedo só se enganou em uma coisa: O movimento V República, de Hugo Chavez, faz parte do Foro de SP.

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