ESTAMOS NOS DEFORMANDO COM OS ESCÂNDALOS NACIONAIS
Arnaldo Jabor ( O Popular 22/05/2007 Magazine pg 3 )
Sinto muito, mas a foto daquela ponte entre o nada e o nada, nos jornais, as encostas de lama que não foram nem tocadas pelas repulsivas empreiteiras que receberam milhões para contê-las, me paralisaram na depressão. Não tenho mais forças para clamar pela razão, pela Lei, pela decência, em um país desmoralizado como este. Acho que não adianta nada. Por isso, vou me repetir. Publico, abaixo, uma nova versão, revista e atualizada, de um texto aqui escrito, um ano e meio atrás. Repito-me, como a sordidez e a impunidade se repetem. Nada acontecerá com esses cães do inferno. Nada. Só nos restam as maldições.
Aqui vão:
Malditos sejais, ó mentirosos, negadores, defraudadores, vigaristas, trampistas, intrujões, chupistas, tartufos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas pútridas, que vossas línguas mentirosas sequem e que água alguma vos dessedente, que vossas mentiras, patranhas, marandubas, fraudes, lérias e aldravices se transformem em cobras peçonhentas que se enrosquem em vossos pescoços, que entrem por vossos rabos, cus, rabiotes e fundilhos e lá depositem venenosos ovos que vos depauperem em diarréias torrenciais e devastadoras. Que vossas línguas se atrofiem em asquerosos sapos e bichos pustulentos que vos impedirão de beijar vossas amantes, prostitutas, barregãs e micheteiras que vos recebem nos lupanares de Brasília, nos prostíbulos mentais onde viveis, refocilando-se nas delícias da roubalheira.
Malditos sejais, ladrões, gatunos, pichelingues, unhantes, ratoneiros, trabuqueiros dos dinheiros públicos, dos quais agadanhais, expropriais mais da metade de todos os orçamentos, deixando viadutos no ar, pontes no nada, esgotos a céu aberto e crianças mortas de fome, mortas de tudo.
Que a maldição de todas as pragas do Egito e do Deuteronômio vos impeça de comer os frutos de vossas fazendas escravistas, que não possais degustar o pão de vossos fornos, nem o milho de vossos campos, e que vossas amantes vos traiam e contaminem com as mais escabrosas doenças e repugnantes furúnculos!
1/2Malditos sejais, homúnculos dedicados a se infiltrar nas brechas, nas breubas do Estado para malversar, rapinar, larapiar desde pequenas gorjetas embolsadas como a do Marinho, naquele gesto eternizado na TV, até essa doença nacional chamada Maranhão, onde vos enquistais há quarenta anos, no revezamento sinistro de negociarrões com empresas-fantasmas em terrenos baldios, até a rapinagem de todas os mínimos picuás dos miseráveis.
Malditas sejam as caras de pau dos ladravazes, com seus ascorosos sorrisos, imunda honradez ostentada, gélido cinismo, baseado na crapulosa legislação que os protege há quatro séculos, por compradiços juízes, repulsivos desembargadores, fariseus que vendilham sentenças por interesses políticos, ocultados por intrincados circunlóquios jurídicos, solenes lero-leros para compadrios favores aos poderosos! Que vossas togas se virem em abutres famintos que vos devorem o fígado, acelerando vossas mortes que virão por vossa ridícula sisudez esclerosada com que justificais liminares e chicanas que liberam criminosos ricos e apodrecem pobres pretos na boca-do-boi de nossas prisões!
Malditos sejais, burocratas, sicofantas, enfiados na máquina pública, emperrando-a e sugando migalhas do Estado com voracidade e gula! Tomara que sejais devorados pelos carunchos que rastejam nos processos empoeirados da burocracia que impede o país de andar! Que poeira dos arquivos mortos vos sufoque e envenene como o trigo roxo dos ratos!
Malditas sejam também as “consciências virginais”, as mentes “puras”; malditos os alienados e covardes, malditos os limpos, os não culpados, os indiferentes, que se acham superiores aos que sofrem e pecam; malditos intelectuais silenciosos que ficam agarrados em seus dogmas, que se “escandalizam” com os horrores, mas nada fazem.
Maldita seja também a indiferença narcisista de Lula, déspota sindicalista que vive da herança bendita que recebeu e não mete a cara para mudar a legislação das licitações, das concorrências públicas, criando métodos de transparência legal à vista da população, pois ele não quer fazer nem reformas nem marola e perder seu sossego. Que gordas sanguessugas e carrapatos carcomam seus bonés, barretes, toucas e infectem sua barba de estadista deslumbrado.
Malditos também os que desejam trazer de volta a irresponsabilidade fiscal, malditos anjos da cara suja, malditos espertos fugitivos da cassação, anatematizados e desgraçados sejam os que levam dólares na cueca e, mais que eles, os que levam dólares às Bahamas, malditos os que usam o “amor ao povo” para justificar suas ambições fracassadas, malditos severinos que rondam ainda, malditos waldomiros e waldemares que rondam ainda, malditos bolchevistas que agora são arroz-de-festa de intelectuais mal informados; malditos sejam, pois neles há o desejo de fazer regredir o Brasil para o velho Atraso pustulento, em nome de suas ideologias infantis!
Se eles prevalecerem, voltará o dragão da Inflação, com sete cabeças e dez chifres e sete coroas em cada cabeça e a prostituta do Atraso virá montada nele, berrando todas as blasfêmias, vestida de vermelho, segurando uma taça cheia de abominações. E ela, a besta do Atraso, estará bêbada com o sangue dos pobres e em sua testa estará escrito: “Mãe de todas as meretrizes e Mãe de todos os ladrões que paralisam nosso País”.
Só nos resta isso: maldizer.
Portanto: que a peste negra vos devore a alma, políticos canalhas, que vossos cabelos com brilhantina vos cubram de uma gosma repulsiva, que vossas gravatas bregas vos enforquem, que os arcanjos vingadores vos exterminem para sempre!
Cindy Sheehan, cujo filho Casey morreu em Bagdá em abril de 2004, se tornou um símbolo da campanha contra a guerra do Iraque desde que levantou acampamento por cerca de um mês em frente à propriedade de Bush em Crawford, no Texas, em agosto de 2005.
Quase dois anos depois, entretanto, ela criticou ativistas do movimento pacifista, a quem acusou de "colocar seus egos acima da paz e das vidas humanas".
"A primeira conclusão é que eu fui a queridinha da dita esquerda enquanto dirigi meus protestos apenas a George Bush e ao Partido Republicano. Claro, eu era massacrada e difamada pela direita como um 'fantoche' do Partido Democrata", ela escreveu no site Daily Kos, onde mantém um diário.
O que pensa Aluízio
( http://oquepensaaluizio.zip.net/
28 Mai 07
Caro Soriano, vou lhe contar uma breve história,com h.
Até 1930 ,o Paraná possuía apenas Curitiba,Ponta Grossa, Guarapuava, Castro e Paranaguá como centros populosos , cerca de 20 a 30 mil habitantes, inclusive a capital. Em 1932, no Governo Vargas, foi negociada com a Companhia de Terras Norte do Paraná, de capital inglês, a área do estado que ia do rio Tibagi ,a leste, ao rio Paraná ,a Oeste. Ao Norte ,o limite era o Rio Paranapanema,divisa com São Paulo. Em 1934 , os ingleses fundaram Londrina, que foi a origem do extraordinário desenvolvimento do Norte do Paraná ,nas décadas seguintes.
Em 1946, meus pais mudaram -se de Ponta Grossa para Londrina. Passei minha infância naquela terra vermelha(rossa ou roxa). Convivi com a Mata Atlântica que não só tomava conta da região de Londrina como se estendia até as barrancas do rio Paraná. O sistema de colonização adotado pelos ingleses foi o da venda das glebas e lotes , principalmente aos paulistas e mineiros que para lá acorreram em um número impressionante.
Em 1951, viajei num teco-teco entre Londrina e Campo Mourão, e me lembro como só uma criança poderia se lembrar da FLORESTA que se estendia entre as duas cidades. Em Campo Mourão só havia uma rua e o avião desceu nessa rua, era o aeroporto.Meu pai era o piloto. Pois bem, e para não me alongar: a partir da década de 50, o Norte do Paraná , e depois o Oeste e a seguir o Sudoeste se desenvolveram e o Paraná chegou a ser o maior produtor mundial de café. Depois de soja, milho e trigo e hoje ,com a pecuária muito desenvolvida.
Viajando por terra ,há poucos anos entre Londrina e Campo Mourão não encontrei daquela floresta que vi com meus olhos de criança, se- não poucos 'capões de mato' ao longo das fazendas. Hoje, essa região está industrializada e desenvolvida, uma das melhores do país para se viver. São dessa época, Londrina, Maringá, Cianorte (homenagem à Cia de Terras) Umuarama,Paranavaí, para citar apenas algumas cidades.
Dedico esta pequena história aos milhares de pioneiros que com suas famílias empregaram todo o seu esfôrço para progredirem e criarem seus filhos, e ao mesmo tempo para desenvolverem o país. Da mesma forma, creio que a experiência adquirida na COLONIZAÇÃO do Paraná ,deveria ser levada em conta nessa discussão sem fim sobre a Amazônia, onde as ideologias se sobrepôe ao interêsse e às necessidades das pessoas, fazendo com que o impasse predomine e nunca haja uma real solução.
Aliás ,como é do feitio nosso, brasileiro, adoramos os diagnósticos e temos asco das terapeuticas e soluções. E assim ficamos a discutir eternamente, sem observar que a História tem as soluções que precisamos.
Desculpe ,se me alonguei, mas é que vivi essa época que relatei.
Abraços
Edgard LC França
PS. Para quem está envolvido com a Amazônia vale a leitura dos livros que tratam da Colonização do Norte do Paranà.É um exemplo...
Por: Fernando Sampaio
A Amazônia brasileira está precisando de um planejamento integrado urgente. Ela é uma questão nacional e não pode ser debatida só por ambientalistas e empresários, juntamente com um governo omisso. O alerta é da geógrafa e professora emérita da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), Berta Becker, para quem "o país precisa encontrar uma maneira de usar a floresta sem destruí-la, e não ficar discutindo a polarização do ou não usa, ou usa destruindo".
Sobre os assentamentos na Amazônia, Berta Becker propõe fazer fazendas solidárias, juntando 50 colonos numa área grande de terra, "sendo possível de ser plantada, trabalhada, perto de estrada e de mercado", sem destruir a floresta. "Não adianta jogar a turma no meio do mato e deixar para lá".
Segundo ela, o atual modelo de assentamento posto em prática pelo governo "é obsoleto, arcaico, que não ajuda em nada, porque dispersa a população em assentamentos no meio da floresta, sem estrada, mercado e técnicas adequadas.
TRIBUNA DA IMPRENSA - Qual o grande dilema sobre a Amazônia brasileira?
BERTA BECKER - O grande dilema da Amazônia é encontrar uma forma de produção que seja capaz de gerar riqueza para o país e trabalho para a população que vive naquela área, sem destruir a natureza. Essa forma de produção ainda não foi encontrada. Acho que há uma necessidade urgente de ciência e tecnologia serem desenvolvidas exatamente no sentido de encontrar uma forma de utilizar o imenso patrimônio natural que existe, sem degradá-lo. É um grande desafio, mas é possível. Eu tenho sugerido, por exemplo, cadeias baseadas no uso da biodiversidade, que envolveriam as populações desde o âmago da floresta, acrescentando valor em cada etapa, até chegar a bioindústrias nas cidades. Isso é uma coisa que usa a biodiversidade sem destruir a floresta, sem destruir a biodiversidade.
Outro potencial imenso, por exemplo, que é mal aproveitado, é a pesca, uma coisa riquíssima. No Alto Solimões, em Tabatinga, os pescadores brasileiros aviados (comissários, um velho termo da borracha) têm os comerciantes bolivianos que lhes dão dinheiro, barcos, e recebem em pescado. E daí exportam para Bogotá e depois para os Estados Unidos. O contrabando de madeira nessa fronteira também é uma coisa brutal, no Rio Javarí. É explorado por brasileiros, vendido para peruanos, que mandam para Iquitos e de lá desce o Rio Amazonas e é exportado por Belém ou Macapá, como se fosse madeira peruana, mas é madeira brasileira. Então, existem possibilidades de se utilizar a madeira, a biodiversidade, a pesca corretamente, e mesmo utilizar os rios para o aproveitamento da água. Múltiplo uso da água, mas através de um planejamento integrado.
Basta preservar a floresta? Quais os principais desafios para isso?
Não basta preservar a floresta. Tenho dito isso muitas vezes, porque existem muitas áreas de preservação e elas são importantes, principalmente nas áreas onde se tem uma riqueza muito grande de biodiversidade. Acontece que só uma política de preservação não está conseguindo barrar a expansão da pecuária, da soja, e agora vem toda a questão da bioenergia. Quer dizer, commodities que competem, que têm um preço muito alto no mercado externo, e competem com a floresta.
Então, vão derrubando para plantar o que é mais valorizado no mercado internacional. Tem que preservar as áreas de biodiversidade, a maior quantidade de florestas possível, mas uma parte só vai ser preservada se for utilizada. Isso não é uma contradição. Se for utilizada de maneira como eu disse, ou seja, respeitando a natureza. Não degrada. Um novo paradigma de desenvolvimento.
A Amazônia sofre muita pressão internacional? Por quê?
Sofre sim. Todo mundo diz que isso é loucura, paranóia. Não vamos à paranóia, mas também fingir que não há nada não adianta. Então, sofre pressão internacional, principalmente para preservação. Existem, evidentemente, os ambientalistas legítimos, honestos, que querem preservar a vida, mas há muitos interesses geopolíticos e econômicos, que querem, de certa maneira, imobilizar o uso da Amazônia, como uma reserva de valor para uso futuro. A questão é complexa, não existe só uma coisa. Existem também ONGs (Organizações Não- Governamentais) que são muito positivas, que ajudam muito, e há outras que têm mais um sentido geopolítico.
Agora, é preciso saber que existe uma problemática interna muito grande, de pobreza, de conflitos sociais, e a soberania sobre um território só se exerce se, dentro do país e da região, houver uma nação desenvolvida, sem grandes conflitos, com boas condições de vida, para legitimar a ação do Estado. Existem pressões externas? Existem, mas o problema não está só aí. Está em como essa população que vive nessas áreas tem ou não condições de garantir, legitimar o Estado brasileiro.
Como a senhora vê o papel do governo nesse caso?
Acho o governo ainda muito omisso em relação à Amazônia. A Amazônia está precisando de um planejamento integrado urgente. O governo tem feito coisas, como o zoneamento ecológico-econômico, um distrito florestal industrial no Sul do Pará, ações repressoras fundamentais, mas é pouco, porque a região é imensa, mais da metade do Brasil, um potencial enorme, uma área ligada a Amazônia sul-americana, pouca habitada. Então, tem que ter um investimento muito maior. Repito, o governo é omisso. Faço muitas pesquisas de campo, vou aos lugares, converso com a população. A grande reivindicação de todos é a presença do Estado.
Militares de alta patente e ambientalistas vêm alertando há muito tempo sobre a "invasão" intelectual e humanitária das organizações não-governamentais. Qual a sua opinião sobre isso?
A mesma coisa. As perguntas não podem ser respondidas de uma maneira simples, porque a questão é complexa. Você não tem só uma coisa, mas sim ONGs que são muito prestativas, como o Instituto Sócio-Ambiental no Alto Rio Negro, e ao mesmo tempo você tem outras que acho que têm o sentido geopolítico. Então, é preciso saber discernir as que apóiam realmente a população e ajudam até o desenvolvimento regional e nacional, e aquelas que não ajudam tanto e fazem o jogo geopolítico.
No próprio Alto Rio Negro você tem uma quantidade imensa de igrejas evangélicas, tem um pastor coreano, uma americana que criou uma "Novas Tribos" e foi identificada pelos índios como um mito que eles tinham, que era a chegada de uma mulher. Eu não estou falando mal ou bem, mas sim que essa pesquisa deveria ser mais aprofundada, porque não é a minha área. Eu trabalho com geografia política, mas vou aos lugares e faço esses reconhecimentos, para saber o que se passa.
Quais os fatores que dificultam a conservação da Amazônia com inclusão?
Por um lado, a competição dos produtos altamente valorizados no mercado externo, como soja, carne, e agora vem a bioenergia. Então, isso realmente é uma competição de mercados. Se a floresta não tiver valor em pé, ela vai ser destruída. Uma das coisas é atribuir valor econômico, que é atribuído à floresta em pé. É muito mais negócio você derrubar, plantar soja, capim, do que manter a floresta.
Como atribuir esse valor?
Um novo paradigma de desenvolvimento, que seja capaz de usá-la sem destruí-la. A outra coisa que dificulta muito é uma atitude extremamente polarizada dentro da sociedade brasileira. De um lado, ambientalistas muito polarizados, que não querem que mexam em nada. De outro, os fazendeiros, madeireiros e empresas que querem mexer em tudo sem cuidar da natureza. Não pode. Essa polarização é extremamente prejudicial, perversa para a Amazônia.
Tem que encontrar a maneira de usar sem destruir, e não ficar assim no "ou não usa, ou usa destruindo". Tem que acabar com essa polarização e encontrar modelos que sejam capazes de usar sem destruir. Por quê? Porque a questão da Amazônia é nacional. Ela não pode ser debatida só por ambientalistas e empresários. É uma questão de Estado. Tem que ser debatida por toda a sociedade. Então, para recapitular, tem a competição dos mercados, a ideologia, que é só ambientalista e não pode mexer em nada, ou é expandida a produção e destruído tudo, além da questão do debate nacional.
Qual a sua opinião quanto aos produtos de extrativismo e a prestação de serviços ambientais na Amazônia?
O extrativismo histórico, como é feito até hoje por uma parte da população, ele realmente não traz inclusão social ou melhoria de condições de vida. Existem algumas experiências novas, como as reservas extrativistas que nasceram da luta de Chico Mendes, dos seringueiros, que estão já melhores. Foi uma conquista, sem dúvida, social, e aí você tem umas formas melhores de extrativismo. Um extrativismo nelhorado, mas, assim mesmo, parece que não é suficiente para melhorar as condições de vida, como a população amazônica hoje deseja, porque a população não é a mesma. Ela mudou enormemente, com todos os modelos que foram utilizados na região.
Primeiro, estradas, destruição da floresta, apropriação de terras. Depois, o ambientalismo, com o desenvolvimento sustentável, áreas protegidas, demarcação de terras indígenas. A população ficou muito mais consciente, teve muito mais informação. Ela deseja hoje consumir e, inclusive, os índios querem consumir. Poder consumir hoje é uma forma de ter cidadania, também. Quem não entra no mercado do consumo e não consegue consumir, perde uma parte da cidadania, porque hoje isso é um acesso ao direito de consumir.
Como a senhora vê os movimentos ambientalistas sobre a Amazônia?
Em todas as questões, eles não são uniformes. Existem movimentos ambientalistas legítimos, que prezam a natureza, a vida e que se esforçam para garantí-la. E existem outros que fazem um jogo geopolítico, de querer imobilizar o desenvolvimento regional.
E quanto aos assentamentos na região? Há perigo quanto a isso?
Os assentamentos, acho que constituem um modelo absolutamente obsoleto, arcaico, que não ajuda em nada, por que dispersar a população em assentamentos no meio da floresta, sem estrada, sem acesso a mercado, e eles só podendo usar 20% do seu lote - porque os 80% têm que ficar com floresta -, e sem técnicas adequadas, ou ele passa o lote para o fazendeiro ou vai embora, conseguir outro em outras paragens. Então, acho que é um modelo que tem que ser revisto. Ele não serve mais.
Tenho proposto fazer fazendas solidárias, juntar 50 colonos numa área grande, onde você tem uma reserva comum, mas você tem também 50 vezes 20 hectares. Vai ter uma área possível de ser plantada, trabalhada, pode ter um núcleo de escola, e que seja perto de estrada e de mercado. Não adianta jogar a turma no meio do mato.
Como a senhora classifica a posição do Brasil, influenciando na questão ambiental mundial?
O Brasil tem sido visto e falado como um grande vilão ambiental. E é verdade que as queimadas da floresta para a expansão das commodities, exploração da madeira, plantação de soja, de capim, têm destruído muito a floresta Amazônica, que eles chamam de "cinturão do desmatamento ou do fogo", que é uma faixa assim no entorno da grande floresta. Mato Grosso, Pará, onde tem estrada que contorna a floresta. Então, aí o desmatamento tem sido muito grande mesmo.
Agora, tem duas questões que quero salientar. Primeiro, que o governo tenta fazer zoneamento, repressão, medidas positivas. E segundo, que uma parte disso é geopolítica pura, porque quem mais polui nesse mundo são os países desenvolvidos: Estados Unidos e Europa. É por causa disso que fizeram esse tal de Protocolo de Kioto, de fazer o mercado do carbono, em que você compra quotas para poder poluir. Acho que é uma coisa que a gente deve chamar atenção.
Tem que parar com as queimadas? Tem. Como? Desenvolvendo uma forma de produção que use sem destruir, que valorize a floresta em pé. Agora, não vamos engolir todos os sapos porque ele (Brasil) é chamado de vilão. Tem uma parte de verdade, porque destrói a floresta, mas os outros deveriam ter vergonha na cara, porque são os grandes poluidores mundiais, continuam poluindo e ficam chamando só o Brasil de vilão.
A senhora defende a tese de que apesar da imagem de região "exótica", a Amazônia é, na verdade, primeiro lugar em exploração mineral e na indústria eletrônica no Brasil? Por quê?
Porque, historicamente, até hoje muita gente acha que a Amazônia é uma região exótica, que não pode ter nada, é diferente. Mas ela na verdade é parte do Brasil. E hoje sofre os mesmos conflitos, piores porque estão destruindo a floresta, mesmo a exclusão social... Ela sofre os problemas do Brasil, talvez lá com mais intensidade, porque tem um número menor de população e tem a grande floresta e as águas. Então, ela hoje já é uma área povoada. Tem que acabar com essa idéia de ficar ocupando a Amazônia. Ela já está ocupada, povoada, tem 20 milhões de habitantes, principalmente urbanos.
Quase 80% da população da Amazônia vivem em núcleos urbanos, o que é uma boa dica para desenvolver a região sem ter que destruir a floresta. Então, essa coisa de dizer que ela é exótica afasta as pessoas da realidade regional. Ela tem que consolidar o seu desenvolvimento, e não ficar falando sobre mitos. Ainda mais agora, pensar nesses novos paradigmas de desenvolvimento, porque tem todo um projeto de integração sul-americana amazônica. Então, a Amazônia é uma coisa imensa, se considerar os demais países amazônicos. Olha que potencial! Já é um região em sí e que necessita de muito planejamento, e urgente.
Umas das riquezas específicas do Brasil é a água. Conseguiremos defender e preservar esse bem?
Já existem dois projetos para conhecimento e gestão da água de toda a Bacia Amazônica. Não é só no Brasil, na América do Sul. Um projeto é na base de uma parceria, como tem acontecido no mundo todo, entre a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, o Bid, OEA e o governo brasileiro. O outro projeto é só da USAID. Não tem governo brasileiro no meio. Esses dois projetos já estão atuando para toda a Bacia Amazônica, continentalmente. Não é só no Brasil. Quero ver o que nós vamos fazer.
O Brasil tem uma riqueza imensa. Um das coisas, por exemplo, é que tem de abastecer de água as populações amazônicas, aquela quantidade imensa de água e não tem água em casa. E começa por aí a questão da inclusão social. O outro, é poupar a água. Tem que ter uma campanha, porque a gente desperdiça muito as nossas riquezas. Outra é pensar até na possibilidade de vender uma parte da água. Pensar, estudar, não estou dizendo que deve. O Canadá vende água para a China, a Turquia vende água para Israel. Há um mercado de água no mundo. Então, nós temos que saber o que vamos fazer com a nossa água.
Recentemente, o ex-comandante do Comando Militar do Leste e do Comando Militar da Amazônia, general Luiz Gonzaga Schroeder, fez questão de alertar: "O Brasil precisa assumir suas riquezas naturais, regulá-las e protegê-las". Qual o seu alerta sobre a Amazônia?
Acho que ele está corretíssimo. Agora, o que ele quer dizer com isso? É que não está protegendo bem, certo? Tem que ter um estratégia melhor para isso. Acho que é o que ele está querendo dizer. Agora, do meu ponto de vista, tem que acrescentar a isso o desenvolvimento. Vou voltar ao que falei no início. Se não tiver uma população que tenha trabalho, que ganhe dinheiro, que possa ter melhores condições de vida, acesso à àgua, ao consumo, não vai ser fácil defender, porque ela fica exposta a ideologias e pressões externas.
Lembrem-se de Karl Radek
Por: Olavo de Carvalho, filósofo
Em: Olavo/JB - 31.05.2007
http://jbonline.terra.com.br/editorias/pais/papel/2007/05/31/pais20070531010.html
Karl Radek, um dos mentores do levante comunista de 1917, foi também um pioneiro da revolução sexual. Sua campanha contra a "moral burguesa", seus apelos ao amor livre impregnaram de tal modo a propaganda revolucionária que toda uma geração de jovens desajustados, filhos de mães solteiras, veio a ser conhecida como "a prole de Karl Radek". Mais tarde, o homem caiu em desgraça, como outros tantos pais da Revolução. Stálin, num lance de humor negro, mandou interná-lo num presídio de delinqüentes juvenis, que fizeram do velho revolucionário, já doente e alquebrado, seu saco de pancadas predileto. Karl Radek morreu surrado e pisoteado pelos filhos da sua revolução sexual.
O episódio não me sai da cabeça quando ouço os discursos edificantes com que os apóstolos do chavismo justificam o fechamento da RCTV, acusando o canal de disseminar a imoralidade e destruir a sacrossanta instituição da família. A esquerda é assim. Num dia ela prega o abortismo generalizado, o casamento gay, a criminalização da Bíblia, o ensino da homossexualidade nas escolas infantis. Quando você embarca na onda e colabora, ótimo, você se torna duplamente útil: ajuda os esquerdistas a disseminar o caos moral no capitalismo e já fornece o pretexto com que eles vão jogar você às urtigas quando não precisarem mais da sua ajuda. O que me espanta aí não é a duplicidade de línguas - ela é inerente ao espírito revolucionário. O que me espanta é o número de pessoas poderosas, ricas e, no seu próprio entender, espertas, que caem de novo e de novo nas ofertas sedutoras do tentador, sem lembrar que ele alterna esse papel com o de acusador, hoje induzindo ao erro, amanhã jogando-o na cara do pecador, com eloqüência furiosa, desde o alto dos púlpitos, como o bispo Chávez.
Pois bem, senhores, esses mesmos que os induziram a envergonhar-se da sua velha "moral burguesa" e os aconselharam a transformar seus órgãos de mídia em megafones da revolução pornocultural sabem que os senhores só lhes são úteis numa parte do trajeto. Quando eles estiverem seguros de controlar o poder de polícia, fecharão os canais de TV e os jornais dos quais se serviram, e os acusarão de corromper a moral, de fomentar os maus costumes. Então será tarde para aprender com o exemplo de Karl Radek.
Complacência suicida
Murilo Badaró, Presidente da Academia Mineira de Letras (AML)
Bailam no espírito dos brasileiros uma dúvida e uma preocupação. Terá o Brasil capacidade estratégica para resistir ao assalto final para a tomada do poder, dos grupos revolucionários em plena ação no país, em todos os seus quadrantes e em todos os setores de sua vida?
É missão constitucional das Forças Armadas a defesa do patrimônio público, independentemente de convocação. Imaginem os leitores se a moda pega e resolvem, esses terroristas, garrotear o país inteiro, invadindo e fazendo explodir as principais fornecedoras de energia elétrica existentes, ante a impotência estatal. Sua ação vem obedecendo a uma estratégia bem definida ao longo do tempo. O treinamento para fazer o teste da eficiência do dispositivo revolucionário ocorreu agora durante o chamado “abril vermelho”, quando bloquearam dezenas de rodovias, tomaram vários prédios públicos, programaram greves nos serviços essenciais, culminando com a mais ostensiva e perigosa ação de invadir Tucuruí, além de lançar sobre ela coquetéis molotov, destruindo instalações e, pasmem todos, brincando com os dispositivos internos que controlam a barragem e asseguram a retenção das águas.
Estarrecedor ainda é verificar o quanto estão desguarnecidas essas instalações, vitais para o país, inteiramente à mercê de bandos de terroristas que agem com total liberdade, ao arrepio da lei e da ordem. Mais grave é o comportamento das chamadas elites brasileiras, totalmente ignorantes e indiferentes às repetidas agressões ao ordenamento legal e à ordem constitucional.
Ao persistirem a falta de reação e a aceitação da desordem, da insegurança, do roubo, da violência e de todas essas mazelas que infelicitam a vida do país, é possível a previsão de piores dias para todos. Acomodados nos baixos níveis de inflação, vivendo uma espécie de lasser faire-lasser passer provocado pela boa situação da economia mundial, os brasileiros tornam-se semelhantes aos russos, que, de tanto viver sob o tacão de regimes autoritários, esqueceram-se da liberdade como seu maior valor, totalmente indiferentes à crescente presença do Estado e ao asfixiante volume da corrupção.
Desespero no campo
Por: JOSÉ ZEFERINO PEDROZO
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de SC
Há um clima de desespero e revolta no Oeste de SC, onde o Ministério da Justiça (Fundação Nacional do Índio) criou áreas indígenas em Saudades e Abelardo Luz e ampliou as de Seara e Ipuaçu, decretando a retirada de 654 famílias rurais que cultivavam há quase um século 9.200 hectares de terras. Informação mais apavorante vem de Brasília e dá conta que estão mapeadas mais 25 áreas para destinação a comunidades indígenas (onde estão elas?). Essa pretensão da União não encontra respaldo na lei e na realidade do Oeste.
Quase todas as entidades do meio rural catarinense defendem a imediata revogação das Portarias 790, 792, 793 e 795 do Ministério da Justiça que criou/ampliou as áreas no Oeste. Querem estabelecer a obrigatoriedade de oitiva do Conselho de Defesa Nacional; editar lei regulamentando o artigo 20, § 2º, da Constituição (CF), sobre faixa de fronteira; apresentar emenda à CF, estabelecendo a intervenção do Senado no processo homologatório; lei federal disciplinando o processo demarcatório de terras indígenas, contendo cláusula que prescreva a impossibilidade de se declararem como indígenas as terras invadidas pelos índios antes de ultimado o procedimento demarcatório e apresentar emenda à CF que permita plena indenização das propriedades tituladas (e não só das benfeitorias).
A MALDIÇÃO DO DESARMAMENTO
Por Marcos Coimbra
Professor Marcos Coimbra - Membro do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), Professor aposentado de Economia na UERJ e Conselheiro da ESG. mcoimbra@antares.com.br - www.brasilsoberano.com.br
Poucas pessoas sabem que o famigerado estatuto do desarmamento foi aprovado por acordo de lideranças, não sendo votado em plenário. Foi uma das maiores agressões sofridas pelo povo brasileiro. Um verdadeiro atentado à propriedade privada e ao direito de legítima defesa ao cidadão. Foram feridas cláusulas pétreas da Constituição como o direito adquirido e o ato jurídico perfeito. Nitidamente, quem elaborou o citado estatuto imaginou que no referendo de 2005 a tese, imposta pelo exterior, da proibição da comercialização de armas e munições ganharia. Foram milhões de dólares e reais, inclusive vindos de fora, derramados na propaganda dos hoplófobos (pessoas que possuem aversão a armas de fogo), com o apoio maciço dos meios de comunicação, em especial da rede globo, de artistas contratados, religiosos ingênuos e da máquina governamental federal e estadual.
Outra pérola é a proibição de aquisição de armas de fogo por menores de 25 anos, sob a pueril argumentação de que o maior número de vítimas de crimes, com armas de fogo, está situado nesta faixa etária. Ora, em primeiro lugar, o serviço militar é obrigatório e aprendemos a atirar com 18 anos para defender a Pátria, fazendo inclusive prova de tiro. Além disto, não é limitando a 25 anos a idade para compra de armas, que vamos diminuir o número de atingidos, pois estes em grande parte são vítimas e não os delinqüentes, que vão continuar a portar e usar as armas, independentemente do estatuto. São criminosos mesmo e vão continuar sendo. Em caso de guerra, somente irão para o campo de batalha os maiores de 25 anos?
Contudo, os principais defensores deste verdadeiro atentado contra o país estão pagando o preço do ato tresloucado. FHC está no ostracismo, classificado como um dos piores presidentes da República. Renan Calheiros, o político que faz parte de qualquer governo, enfrenta sérias acusações de toda ordem. O casal Garotinho também se encontra repudiado por praticamente todos os políticos que os apoiavam, sendo alvo de graves denúncias. O deputado Raul Jungmann foi recentemente objeto de acusações incômodas, conseguindo porém o arquivamento do processo. O ex-deputado Luiz Eduardo está milionário, mas não conseguiu sequer a reeleição. O atual governador do DF, Sr. José Roberto Arruda, foi forçado a renunciar para evitar a inevitável cassação. Está no poder, mas a um custo muito elevado. Resta o Sr. Lula que, como sempre, permaneceu em uma situação cômoda, a favor dos hoplófobos, todavia discreto, de modo a não pagar o ônus da fragorosa derrota. É uma verdadeira maldição existente contra os que prejudicaram o povo brasileiro, impondo-lhes estas medidas ditatoriais.
Aqueles que não honram seus compromissos para com a Pátria, mesmo que não sejam castigados pelos seus semelhantes, acabam sendo punidos por outra justiça, a quem ninguém escapa. A Justiça divina.
PIADINHA
Lula é o retrato do brasileiro oportunista.
Afinal, ele é o "Lula, o filho do Brasil", retratado no livro de Denise Paraná como o jovem operário que, em 1962, participou do linchamento de um empresário na rua Vemag, no ABC.
E, diz Lula, "o pessoal ficou invocado", jogou-o pela janela do segundo andar, e o chutou no chão até que "outros grevistas apartaram". O homem "foi para o hospital, mas acho que morreu".
Os dois velhinhos
Flávio Oscar Maurer
Um deles chegou ao poder através de um golpe militar onde permaneceu por cerca de 17 anos, findos os quais restituiu o comando da nação à sociedade civil para que esta prosseguisse na sua trajetória conforme a vontade do povo, obedecendo a tradição democrática do país. Nos seus 17 anos de ditadura foi duro com seus adversários. Não cedeu espaço à oposição. Combateu com violência os grupos guerrilheiros e terroristas que se instalaram em seu país na tentativa de derrubá-lo para dar continuidade ao socialismo real, inspirado nos regimes comunistas do leste europeu, cujo modelo vinha sendo implantado de forma acelerada pelo governo anterior.
O outro velhinho assumiu o poder em seu país através de uma revolução marxista apeando uma oligarquia que instituíra uma corrupção institucionalizada, se apossando do Estado por mais de 30 anos. O novo governo foi saudado pelo mundo como esperança de novos dias para aquele povo. Realmente, ele honrou as expectativas, trouxe grandes mudanças. Surpreendentes para o mundo. Primeiro, no melhor estilo do centralismo democrático comunista, garantiu para si próprio o título de “comandante da revolução nacional”, nada mais que um artifício para se auto-promulgar ditador vitalício e, assim, garantir a sua própria perpetuação no poder, sob a argumento de assegurar êxito e continuidade ao regime marxista que instituiu no seu país.
Lendo os dois relatos acima, qualquer um tira conclusões óbvias.
O primeiro deles é mostrado como um carrasco sanguinário que só trouxe infelicidade e tristeza ao seu povo que sofre até hoje por isso, enquanto que o segundo é mostrado como o grande comandante da liberdade e da justiça, paladino da redenção de seu povo.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/05/070529_iraqueativista_pu.shtml
JÁ ESTÃO MEXENDO NO SEU E-MAIL
----- Mensagem Original -----
Para: suporte@terra.com.br
Enviada em: 28/05/2007 18:26:47
Assunto: reclamação - Produtos e Serviços - Terra Mail Gigante
Exmo Sr. Abraão Fonseca:
Eis o rascunho da representação contra a sua firma por abuso de poder economico. Estou remetendo com cópia a algus parlamentares para alertá-los que a Lei Sen. Azeredo está a serviço do abuso contra o povo. Dario Giordano.
Protocolo na presente data uma representação contra a Empresa provedora de serviços na Internet TERRA POR ABUSO DE PODER ECONOMICO. A referida empresa suspendeu o serviço de transmissão de Emails(SMTP) contratado comigo, não permitindo que eu transmitisse qualquer Email, sem nenhum aviso prévio. Ao tentar transmitir recebia uma menssagem cínica e debochada:
Não foi possivel completar a operação.
Error:I can break rules,too.Good Bye (221)
=ERROR: Eu posso quebrar as regras tambem
Contactei o serviço de reclamações Terra suporte@san.terra.com.br que transmitiu-me o Email que segue este texto.
“Estamos em fase de implantação de uma proteção quanto a abuso via e-mails (envio de SPAM) pelos nossos usuários em nosso sistema de e-mail. Trata-se de limites de mensagens enviadas por dia”.
Face ao exposto solicito à V. .SA. que assegure o meu direito, e de todos os Internautas, que o TERRA cumpra o contrato: Sem limite de Emails. E mais, que sómente após definido em lei, um Email possa ser enquadrado como SPAM. De outra maneira tudo pode ser SPAM.
À consideração de V.Sa.Dario Giordano.
Informação do Terra
Prezado Sr. Dario
Pedimos primeiramente que leia o ítem 3.7 do Aviso Legal no site: http://www.terra.com.br/avisolegal e logo após o ítem 5.1 e 5.2 do contrato de acesso disponível na central do assinante.
O sistema já está operando desde Maio de 2006 e está de acordo com a política Anti-spamming do Terra.
Estamos em fase de implantação de uma proteção quanto a abuso via e-mails (envio de SPAM) pelos nossos usuários em nosso sistema de e-mail. Trata-se de limites de mensagens enviadas por dia.
Por questões de segurança, não é mais possível exceder a quota de mensagens através dos servidores do Terra, sendo necessário respeitar o prazo de 24 horas para o envio de novos e-mails.
No Terra Mail aparecerá a seguinte mensagem:
"I can break the rules, too, que significa que o limite de envio de mensagens foi excedido".
No Outlook aparecerá da seguinte forma:
"Erro desconhecido. Assunto Fw:XXXXXXX , Conta: pop.XXX.terra.com.br , Servidor: smtp.XX.terra.com.br , Protocolo: SMTP, Resposta do servidor: 554 : Data command rejected: Limite de mensagens excedido , Porta: 25, Segura (SSL): Não, Erro do servidor: 554, Nº do erro: 0x800CCC6F " .
Portanto, este processo ajuda a coibir a prática de envio de mensagens indesejadas (spams) enviadas por spammers e por programas com este propósito.
Mais informações sobre nossos produtos e serviços disponibilizamos no canal Fale com o Terra uma série de textos de ajuda, tais como: configuração de e-mail, dificuldades de conexão e navegação, cobrança, entre outras, de maneira fácil e rápida. Basta acessar o site http://www.terra.com.br/fale/faq_at.htm .
Atenciosamente,
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Abraão Fonseca
Atendimento Mail Terra
SAN - Serviço de Atendimento Nacional
Fax: (51) 3287-9087
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Previna-se de e-mails indesejáveis! E-Mail Protegido Terra!
Mais informações acesse http://emailprotegido.terra.com.br
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TURISMO, A CRISE ANUNCIADA
Por: Isaac Marambaia
Economista, consultor, foi vice-prefeito de Camaçari e deputado estadual em três legislaturas.
maramba@uol.com.br
29/05/2007
A decisão da rede Sofitel, que pertence ao grupo francês Accor, de retirar sua bandeira do complexo turístico Costa do Sauípe, parece ter surpreendido muitos analistas e profissionais da área. O grupo Accor administrava duas das cinco unidades hoteleiras da Costa do Sauípe e sua saída prenuncia uma crise de proporções ainda não devidamente calculadas.
Desde o ano de 2005 que o Complexo Costa do Sauípe começou a dar sinais acerca das dificuldades que estava enfrentando, para manter em um patamar de razoabilidade os negócios hoteleiros ali existentes.
Por força dessas dificuldades, no início do ano passado foi desencadeada uma guerra tarifária entre as bandeiras instaladas no Complexo Costa do Sauípe, complicando ainda mais a já delicada sustentação dos empreendimentos.
A crise não surge de um fato isolado e não diz respeito apenas ao grupo Accor. Ela se estende por todo o país e em especial pelo nordeste brasileiro.
Nos anos recentes diversos fatores vêm contribuindo para produzir incertezas em relação aos investimentos turísticos realizados e a serem efetivados no Brasil. A resultante imediata da ação desses fatores foi a queda ou não crescimento do número de turistas estrangeiros e nacional.
Enquanto cresceu o número de resorts, hotéis de menor porte e pousadas, por toda a região nordeste, a freqüência de turistas sofreu diminuição. Para dar sustentação a essa afirmação, basta verificar os números divulgados pela Embratur e relativos ao ano de 2006, nos quais se constata uma queda do número de turistas estrangeiros de 5,3 milhões em 2005, para 5 milhões naquele ano.
Está claro que com uma maior quantidade de apartamentos disponíveis e um menor fluxo de turistas estrangeiros e nacional, era previsível e anunciada uma crise no setor.
Apenas a título de ilustração, mas para sinalizar o quanto está por ser feito no Brasil, no setor do turismo, em 2006 a França recebeu a visita de 78 milhões de turistas, para uma população de 63 milhões de habitantes.
O diagnóstico da crise nos coloca diante de cinco fatores que, a meu juízo, vêm contribuindo para alimentar as dificuldades que estão perturbando o funcionamento e o crescimento do turismo da Bahia e do Brasil.
O primeiro está relacionado com o câmbio, por força da valorização do real, que reduz a capacidade de competição dos destinos nacionais em relação a outras praças e favorece o turista brasileiro a optar por países que não o Brasil.
A redução de tamanho do extrato social médio da população brasileira e também a queda do seu poder aquisitivo, verificada nos últimos cinco anos, transformou, boa parte dela, em um segmento predador que impõe redução tarifária e obriga a queda da qualidade dos serviços originalmente prestados pelas unidades hoteleiras, sem atender ao resultado financeiro exigido pelo empreendimento.
Neste ponto entra em cena um intrigante personagem, conhecido pela sigla CVC. Trata-se da maior operadora de turismo do país, com 154 lojas espalhadas pelo território brasileiro. A CVC é responsável por mais de 65% das vendas de pacotes domésticos para o nordeste. O seu crescimento lhe confere um poder de barganha estrondoso junto às cadeias hoteleiras, favorecendo-a na negociação de preços.
A CVC é conhecida como “Casas Bahia do setor”, em virtude da sua capacidade de negociar preços que nem sempre beneficiam a rede hoteleira.
O terceiro fator identificado é a explosão de cruzeiros marítimos que vem atraindo um número cada vez maior de turistas estrangeiros e nacional, competindo em um mercado saturado, onde falta cliente.
A segurança pública, traduzida na violência descontrolada e a crise no setor da Aviação fecham o elenco de fatores que estão a determinar a presente crise no setor do turismo.
O naufrágio da Esquadra
A Marinha do Brasil, que existe para proteger 8 mil quilômetros de costas e 22 mil quilômetros de rios na Amazônia, não adquire novos navios e aviões e desativa dezenas deles por falta de recursos financeiros.
Jávier Godinho
A Esquadra Brasileira está naufragando na pobreza de recursos, de visão e de responsabilidade de sucessivos governos federais. O desastre começou com Fernando Collor, agravou muito na dupla gestão Fernando Henrique Cardoso e prossegue com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva . Recompô-la exige bilhões de dólares e um decênio ou mais de restauração, o tempo necessário à fabricação ou compra de novos navios e aviões.
Tradicionalmente, a Marinha do Brasil sempre foi a maior e mais poderosa da América Latina, por motivos óbvios. É sua missão proteger oito mil quilômetros de costa oceânica e, somente na Amazônia, 22 mil quilômetros de rios navegáveis. Além disso, se nosso País se tornou auto-suficiente em petróleo, isto se deve, na sua quase totalidade, aos campos petrolíferos em exploração localizados na plataforma continental, onde a vigilância constante da Marinha é indispensável..
Em março deste ano, ao assumir o comando da Força, o almirante Júlio Soares de Moura Neto advertiu que ela "vem perdendo sua capacidade operacional" por falta de recursos financeiros e que, mantida essa tendência, a situação se tornará "insustentável e crítica". Seu antecessor, almirante Roberto Guimarães de Carvalho, mais a par da realidade, foi também mais veemente na advertência e na crítica. O atual comandante não perde oportunidade para insistir na gravidade da situação: "Se nada for feito, os meios continuarão a se degradar, e será necessário dar baixa, sem reposição, em navios e aeronaves".
Faltam 33 navios militares
O jornal O Estado de São Paulo, em sua edição de 13 do corrente mês, divulgou que se encontra à espera da decisão do presidente Lula o Programa de Reaparelhamento da Marinha, que prevê a aquisição, o mais rápido possível, de 33 navios militares, dos quais sete submarinos, pois 21 naves que a integravam foram aposentadas a partir de 2006. A situação da chamada esquadra operacional, então, é mais grave, pois muitos de seus modelos anfíbios estão em uso continuo há quase meio século, às vésperas de serem mandados para o ferro velho.
Em 2002, a esquadra brasileira, já em níveis mínimos de operabilidade, possuía cerca de uma centena de belonaves, 40 delas embarcações auxiliares pequenas, como as corvetas da classe Imperial e os navios varredores classe Aratu.
No site http://br.geocities.com/marinhaeua/saopaulo.html encontra-se o estudo "Marinha dos Estados Unidos – Alan Henriques – O Poder Naval Brasileiro (1984-2002) – Uma Análise Crítica", onde são detalhadas as embarcações da Armada brasileira e o seu estado, há cinco anos. Hoje, é muito pior.
Royalties da Marinha não são liberados
"Embora produza receita por meios diretos sobre o petróleo da plataforma continental, a Marinha acumula cortes orçamentários há cerca de 10 anos. A previsão para 2007 foi fixada em R$ 1,25 bilhão, mas a expectativa é de R$ 1,8 bilhão. A diferença, de R$ 550 milhões, é suficiente para pagar a construção de 12 patrulheiros fluviais" – publica O Estado de São Paulo, detalhando o assunto. Assim, o pagamento de royalties – encargo da Petrobrás – é contingenciado sistematicamente pelo governo, que usa os valores para integralizar o superávit primário das finanças públicas.
Em dezembro de 2006, a Marinha tinha em haver nos cofres da União, sem que lhe fossem repassados, R$ 2,69 bilhões. Para este ano, está prevista uma arrecadação, por meio de royalties, de R$ 1,4 bilhão. Do total, serão liberados R$ 551,8 milhões, permanecendo retidos R$ 861,9 milhões.
O necessário, com urgência
A crise na Esquadra Brasileira acontece justamente quando o Brasil incorpora mais 712 mil quilômetros quadrados ao território nacional, com a expansão da sua plataforma continental, explorando petróleo em águas marítimas cada vez mais profundas e aumentando seus recordes mundiais de avanços tecnológicos e de produção nesse setor. O Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM) visa, principalmente, esse aspecto, e é mantido em banho-maria no Palácio do Planalto.
Referido estudo oficial abrange um longo ciclo de 19 anos, que se estende até 2025. Estruturado em duas fases, implica investimentos iniciais de US$ 2,57 bilhões, para compromissos a serem assumidos na etapa inicial de seis anos, que vai de 2006 a 2012.
O Comando da Força fixou como prioridades absolutas o pacote que engloba a construção de um submarino de propulsão convencional, diesel-elétrica (os planos para um submarino atômico, com tecnologia totalmente nacional, estão concluídos e paralisados há um decênio ), mais a modernização dos cinco submarinos em uso. O Ministério do Planejamento promete viabilizar o financiamento do conjunto, avaliado em R$ 2,71 bilhões.
Serão encomendados nove navios-patrulha da classe Vigilante. Os dois primeiros já foram contratados à Inace, do Ceará e custarão R$ 87,88 milhões.
A precária realidade da Armada
No site http://www.mar.mil.br/ qualquer pessoa pode se inteirar da precária realidade da Armada do nosso País. Lá estão, citados nominalmente, os "meios da Esquadra": um navio-aeródromo, um contratorpedeiro, nove fragatas, quatro corvetas, cinco submarinos, três navios de desembarque, um navio escola, um navio veleiro, um navio de socorro submarino, dois navios tanque, um navio transporte de tropas, cinco navios patrulha fluvial, 19 navios patrulha de diferentes classes, um navio de apoio, seis navios varredores, seis navios rebocadores, um monitor, três navios de assistência hospitalar, um navio transporte fluvial, um aviso de transporte fluvial, um navio de apoio oceanográfico, um navio oceanográfico, um navio hidrográfico, três navios hidroceanográficos, três navios de instrução, um navio faroleiro, cinco navios balizadores, três navios museu e uma corveta em construção. A Marinha dispõe, ainda, de duas dezenas de antigos jatos do porta-aviões São Paulo e helicópteros. Várias de suas unidades flutuantes e aéreas encontram-se em reparos, encostadas por falta de peças ou próximas da aposentadoria.
O triste navio-aeródromo
Capitânea da Esquadra Brasileira, o navio-aeródromo São Paulo, adquirido da França em 2002, quando já estava desarmado e desativado da Marinha daquele país, sofreu um incêndio, em maio de 2005, que matou três tripulantes e afetou seu sistema de lançamento e contenção de aviões em operação. Lentamente, ele vai sendo reformado, por falta de verbas, Saindo o dinheiro necessário, até o final do ano poderá novamente navegar.
Segundo o estudo "O Poder Naval Brasileiro (1984-2002 – Uma Análise Crítica", "a aquisição por parte da Marinha do Brasil do porta-aviões São Paulo, ex-Foch da Marinha Francesa, foi de grande importância para a força aero-naval. O São Paulo possui dimensões consideráveis e carrega 23 A-4 Skyhawk. Deverá permanecer em serviço ativo até 2020."
Seus 23 caças A-4 são da década de 60 e foram comprados usados dos árabes. O porta-aviões é muito vulnerável, mesmo com escolta, considerando que as nossas belonaves não têm condições de abater possíveis aviões agressores voando a grande altitude.
Informa aquela publicação da Marinha dos Estados Unidos que "a Marinha Brasileira estuda proposta da empresa espanhola IZAR para a construção de um porta-aviões no valor de US$ 500 milhões, num prazo máximo de sete anos. A Marinha Brasileira planeja operar dois porta-aviões, o São Paulo e outro de pequeno porte, semelhante ao Príncipe de Astúrias, espanhol completado em 1985".
Mais um sonho, cuja realização nem começou, passados cinco anos.
Por: Paulo Cesar Romero Castelo Branco
Fort - CE
Leio na mídia o suicídio do Min da Agricultura japonês.É de conhecida tradição, secular, a vergonha individual ser restaurada pela prática do Harakiri, ou seja, o suicídio.Este último, por tratar-se de um Ministro de Estado, foi o primeiro, depois da IIª Guerra mundial.De lá para cá, muitos outros aconteceram no universo político e empresarial.
Daí surgiram, na minha cabeça, algumas idéias caso nosso Deus desejasse intervir e pôr sentimentos de vergonha, honradez, ética e a popular cara-de-pau em nossos políticos.Senão vejamos:
-O suicídio coletivo dos políticos, a nível federal, estadual e municipal deixaria as suntuosas edificações parlamentares livres, resolvendo o problema dos sem-teto, que passariam a viver dígnamente;
-Em Brasília, além dos apartamentos funcionais desocupados, sobrariam vagas em luxuosos hotéis, derrubando o preço da diária.
-Com as ocupações, finalmente o poder sería exercido pelo povo, com o povo e para o povo.
-O problema dos sem-terra, também estaria resolvido, pois com o desaparecimento de Sarney, Renan Calheiros e outros latifundiários, suas terras poderiam ser ocupadas.
-Mas, alguém poderia perguntar:Como sería o funeral de tantos pilantras ao mesmo tempo?Para atender aos ambientalistas e economizar madeira, seriam envoltos em um lençol.
-E o espaço?No gramado em frente ao Congresso, seriam enterrados, em pé, para economizar terreno, os congressistas e distritais e nos demais parlamentos nacionais, no estacionamento de veículos.
-O Turismo seria vivificado e desenvolvido, principalmente em Brasília, pois, já que existe o Memorial JK, Memorial Tancredo Neves, Memorial do Índio, etc, sería construido o MEMORIAL DA VERGONHA.
-À frente de cada memorial da vergonha espalhados pelo País, e em reconhecimento aos paladinos da decência contemporânea, haveria uma estátua de Roberto Jefferson representando o abridor da fossa de dejetos e outra de Fernando Collor de Melo representando a gota do oceano.
-Poderia haver outra estátua.Do Presidente LULA com uma placa:não sei de nada!
Que vergonha desse nosso povo que se permite ser feito de palhaço!
Geraldo Almendra
29/maio/2007
Em rede nacional, graças ao poder da eterna sócia dos poderes instituídos, e com a hipocrisia de comentários eivados do mais torpe relativismo midiático, protetor dos calhordas que estão destruindo nosso país, e que já contaminou o jornalismo dependente de financiamentos e verbas públicas para sobreviver, tivemos o desprazer de ver e ouvir trechos principais do discurso do Sr. Renan Calheiros na Tribuna do Senado.
Depois da amenia da vergonha, assistimos os aplausos e os abraços de confraternização de parlamentares que gozam apenas de 1 % da confiança da sociedade, conforme palavras de uma das raras exceções de senadores que ainda dignificam seu papel como servidor do povo.
Um homem honrado, diante das denúncias e evidências que maculam de forma irretratável sua imagem pública, deveria possuir um mínimo de dignidade de pedir seu imediato afastamento de suas funções.
Mas falar em honra e dignidade, diante de um Poder Legislativo sistematicamente envolvido em denúncias de corrupção e prevaricação, já é uma absoluta perda de tempo, com os sequazes – no estrito sentido de fora-da-lei – sendo protegidos pelo corporativismo mais sórdido que tomou conta dos podres poderes da República.
Nossa nação está em estado de desonra absoluta perante o mundo civilizado, pelo fato de suas elites dirigentes agirem sempre em conivência com a trágica tomada do poder público pela máfia da corrupção e do corporativismo mais sórdido, que assumiram, nas últimas décadas, o controle das relações públicas e privadas.
Prestemos muita atenção às seguintes palavras lidas por Rolando Boldrin em seu programa – falas de um passado que sempre se faz presente na escrota podridão da política em nosso país:
“Sinto vergonha de mim; por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela Justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade, por ver este povo já chamado varonil, enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim; por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser, de ter, entregar aos meus filhos simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula mater da sociedade, a demasiada preocupação com o Eu, feliz a qualquer custo, buscando a tal felicidade em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim; pela passividade, em ouvir sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e pela vaidade, para reconhecer um erro cometido, a tantos floreios para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição, e sempre contestar, voltar atrás, e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer. Eu tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões, e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo, amo esse meu chão; vibro ao ouvir meu hino, e jamais usei a minha bandeira para enxugar o meu suor, ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho pena, tanta pena de ti, povo brasileiro. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Falas de Cleide Canton e Rui Barbosa).
Estamos imersos no mar de lama de uma “corruptocracia” fantasiada de uma democracia que somente beneficia os ricos, os poderosos, especialmente, a nova burguesia petista; enquanto isso o povo está sendo convencido a viver dependente do assistencialismo estatal em todas as suas formas possíveis.
Não estão sendo formados cidadãos para lutarem com dignidade por educação, cultura e empregos, graças aos seus esforços individuais, mas apenas palhaços e imbecis contratados para serem eternos figurantes no Circo do Retirante Pinóquio, fazendo fila para “comprarem” seus ingressos, os cartões da preservação da pobreza e da condição de sistemáticos humilhados pela elite dirigente canalha que domina e controla a pirâmide social do nosso país. O Estado Absolutista da corrupção precisa ser destituído. É uma questão de salvação da integridade moral e ética de nossa nação.
O relativismo corrupto-corporativista da Justiça está permitindo que os meliantes do poder público e seus cúmplices, eleitos pelo voto, concursados, sócios da corrupção, ou apaniguados, assumam poderes absolutos, sem limitações ou restrições éticas e morais, exercendo de fato e de direito, todos os atributos da soberania corrupta, definindo um sistema político prostituído, hipócrita, meliante e canalha em seus alicerces.
A tragédia moral da prisão pela PF e a soltura dos calhordas pela Justiça, precisa terminar já. Diante do domínio do Estado pela corrupção e pelo corporativismo sórdido, qualifica-se a urgência de um regime jurídico de exceção, rigorosamente necessário.
Todos os servidores públicos corruptos e seus cúmplices presos – até que se prove o contrário –, e que são soltos graças às maracutaias jurídicas que manipulam o sentido de nossos códigos legais, representam risco relevante para a investigação dos seus crimes; também, o artifício do foro privilegiado continua desrespeitando frontalmente a norma jurídica de que todos são iguais perante a lei.
Onde estão as provas irrefutáveis contra a gang dos 40 e seu Ali-Babá? – Nas “lixeiras” da sem-vergonhice jurídica, e os acusados livres, leves e soltos – entre tantos outros acusados de corrupção.
Que vergonha! Que vergonha desse nosso povo que se permite ser feito de palhaço!
TOQUE DE REUNIR
Antonio Celente Videira
Ao chegar ontem, 30 de março, à minha residência, tarde da noite, fiquei estarrecido com o noticiário.
O Brasil estava parado, em conseqüência de uma greve geral, envolvendo controladores de vôo civis e militares, pelo fato do governo não ter ainda atendido suas reivindicações, quais sejam: desmilitarização da atividade, aumento de salário e maior folga em suas escalas.
O pior disso tudo, é que, apesar da população brasileira, espalhada pelo aeroporto do País, estar em plena agonia e revoltada, além do prejuízo econômico estabelecido, as autoridades estavam preocupadas na solução imediata do problema, através de acordo com a categoria grevista.
Nas negociações, até o momento em que assistia o noticiário, que já ia pela madrugada, não ouvi, se quer, o nome de um oficial superior ou general da Aeronáutica participando das tratativas. Vi o Vice-Presidente da República sendo entrevistado, assim como o Ministro da Defesa. Na tentativa de um acordo, enunciavam-se nomes como dos Ministros do Planejamento, da Casa Civil e de outros órgãos, todos civis sem qualquer cultura aeronáutica e muito menos militar.
Para piorar ainda mais, a retórica era em se atender, imediatamente, as reivindicações dos grevistas, além de abolir ou neutralizar as supostas medidas punitivas, regulamentares, que o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) teria aplicado aos infratores.
A palavra “punição” para delinqüente, infelizmente, no momento atual não soa bem para as autoridades políticas e da magistratura, diante dos últimos atos de violência constante do noticiário. Agora, para inconseqüentes pagos pelo Governo e que fizeram um compromisso de servir à Nação, mas que na realidade “cruzam os braços” e se omitem a executar uma atividade importante, comprometendo, inclusive, perdas de vidas, como as que aconteceram no acidente com o BOEING 737-80 da GOL, “punição” é tabu. A palavra de ordem é a contemporização, o diálogo e, sobretudo, atender ao reclamo.
Ao ver este cenário, constatei que estávamos diante de uma das piores crises dos últimos tempos que o País está passando.
Primeiramente é a quebra da disciplina, pilar que rege toda a hierarquia militar. Segundo é a paralização do País, tolhendo a liberdade de ir e vir do cidadão, com o comprometimento da economia do País.
O outro fato é a degradação da imagem da nossa aviação civil, estampando para o mundo globalizado um País em plena decadência naquilo que fora expoente, tanto na Aviação Civil, repito, como no Controle do Tráfego Aéreo.
A seguinte situação é a vulnerabilidade do nosso espaço aéreo, afetando a Segurança Nacional.
A última e a pior é o momento em que isso foi feito, isto é, na ausência do Exmo. Sr. Presidente da República, quando está em viagem a serviço e se encontra nos Estados Unidos, impossibilitado de entrar nesse instante, em nosso espaço aéreo por motivo de segurança de vôo.
Diante de todas essas reflexões, como cidadão e Coronel da Reserva da Aeronáutica, conclamo meus ex chefes e ex comandantes oficiais generais, bem como as autoridades da Aeronáutica militar da ativa constituída a não cederem “um milímetro” nas negociações.
O momento é de união. O “Toque de Reunir” deve ser dado, para uma convocação geral e, já que os controladores não querem ficar aquartelados, os militares da aeronáutica da ativa e da reserva que o fiquem para preservar os interesses nacionais e a ordem.
Por coincidência, hoje são 31 de Março. Lá se vão 43 (quarenta e três) anos, quando o País passou por episódios dramáticos, tudo devido a conturbação, em conseqüência de atos indisciplinares, principalmente nos quartéis.
A desordem de ontem, nos aeroportos, e a manifestação de revolta da sociedade faz lembrar a “marcha com Deus para a liberdade”. O povo quer justiça, o cidadão pede punição para os culpados, enfim não quer negociar com traidores.
Os sargentos controladores de vôo, talvez intuídos por outras forças, estão sendo “os inocentes úteis” e dando mau exemplo aos demais colegas de graduação que são modelo de profissionais de Força Aérea Brasileira. Tenho certeza que os sargentos componentes dos demais quadros especialistas da FAB e das demais Forças co-irmãs (Marinha e Exército) acompanham essa transgressão perplexos.
Posso falar isso com propriedade, já que tive a honra de cursar a briosa Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAer), formando-me Terceiro Sargento em Julho de 1967. Antes de ingressar no Lendário Campo dos Afonsos, em janeiro de 1968, como Cadete da Aeronáutica, conclui com orgulho o curso de Mecânico da Aeronave C-47 (o antigo DC-3).
Além de trabalhar ao lado de exímios sargentos profissionais na área de manutenção, eletrônica, hidráulica, chapas e metais de aeronaves, chefie, ao longo da minha carreira, especialistas que só dignificaram a Força Aérea. Desde o encargo de oficial de dia, quando contava com o apoio do adjunto e do sargento da guarda, passando pelas chefias das seções de Intendência, Planejamento, Subsistência, Provisões e Suprimento Técnico, tendo como ajudante sargentos gestores, até na área operacional, quando tive que ser orientado por sargentos “guerreiros”, do Parasar, nos treinamentos de pára-quedismo e sobrevivência na selva, por motivo de chefia do Curso de Intendência na AFA, só convivi com aqueles que honravam a farda azul que trajavam.
Assim, dá para perceber o meu reconhecimento por uma classe de bravos homens que contribuíram e contribuem, sobremaneira, pelo engrandecimento das atividades fim e meio da nossa Aviação Militar. Da mesma forma, externo o meu repúdio por uma minoria de sargentos, que negando o seu compromisso à Bandeira Nacional, insubordinam-se às autoridades, provocando prejuízo moral, econômico e psicológico à nação e à Sociedade Brasileira.
Hoje, como membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra (ESG), ministrando instrução de Desenvolvimento, Defesa e Segurança, Logística e Mobilização Nacional, Inteligência Estratégica e outros assuntos à elite nacional quer como estagiários nos diversos cursos da ESG, quer nos cursos das Associações dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e nos Estágios Intensivos de Mobilização Nacional (EIMN) do Ministério da Defesa espalhados pelos diversos rincões do País, antevejo um colapso na Aeronáutica Civil e Militar, que poderá se expandir para outras instituições nacionais, caso medidas drásticas disciplinares não sejam tomadas de imediato.
Essas minhas palavras encontram mais eco, quando me lembro do 168º Encontro no Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), no dia 28 mar 07, na última quarta-feira, após a palestra sobre “O Ataque a Pearl Harbor”, proferida, simultaneamente, pelo Excelentísmo Gen. Ex. Braga e CMG Márcio, com a presença dos velhas águias e Ex-Ministros da Aeronáutica, com depoimento de ex-pilotos de caça da FAB que participaram, heroicamente, dos combates aéreos nos céus da Itália e, logo a seguir, a entronização do saudoso Ten. Brig. Ar. João Camarão Telles Ribeiro à Galeria dos Patronos do INCAER, no sentido da construção de um longo caminho glorioso da nossa aeronáutica, estar sofrendo agora, uma tentativa de degradação de sua imagem por aventureiros, que se dizem militares, mas que, na realidade, estão traindo toda uma história dignificante do povo brasileiro.
Para concluir, se alguém me perguntasse qual a sugestão para resolver o problema que vem se agravando há 6 (seis) meses, eu proporia a punição disciplinar exemplar a todos os grevistas, afastando-os das atividades à medida do possível, e contrataria, de imediato, suboficiais e sargentos controladores de tráfego aéreo da reserva remunerada por tarefa tempo de tarefa determinada, até que novos quadros fossem formados pela EEAER e a não negociação quanto a desmilitarização da atividade.
Com esse ensejo e sabedor que a imprensa não repassa a real situação dos fatos, podendo a Sociedade ouvir opinião abalizada sobre a crise no espaço aéreo somente em alguns sites, como por exemplo o http://www.reservaer.com.br/, vou distribuir essas reflexões, como nacionalista e defensor dos interesses nacionais, aos Militares da Aeronáutica, inclusive da minha turma de cadetes, Contato 65/68, tendo ainda alguns Brigadeiros da ativa, e cópia a militares da Marinha e do Exército, todos interligados na minha rede da Internet.
Essa é a única maneira, em um primeiro instante, que enxergo em contribuir com a eliminação do colapso aéreo que o Brasil está passando, devido à postura impatriótica e desumana praticada por maus brasileiros, enquanto na soa o Toque de Reunir das Forças Legais e que soou em alguns períodos da História do Brasil, a fim de restabelecer a ordem vigente.
Senado Federal - Corporativismo Obscuro!
Fabio Cavalcante
http://www.blogfabiocavalcante.blog.com/
As denuncias da Revista Veja, sobre a perigosa ligação entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) com o "lobista" Cláudio Gontijo vinculado a Construtora Mendes Junior, já deveriam servir em qualquer instituição parlamentar, com o mínimo de seriedade, para o afastamento imediato da presidência da casa e minuciosa investigação de possivel quebra do decoro parlamentar.
No Senado brasileiro, provocou outro tipo de reação entre seus integrantes, o corporativismo! Imediatamente foi criado, teatro recheado de farsa com a clara intenção de encerrar qualquer possibilidade real de apuração dos fatos, apesar da grave acusação sobre o presidente do senado Renan Calheiros de solicitar "favor pessoal" a seu "amigo lobista" Cláudio Gontijo, vinculado a Construtora de obras publicas, para efetuar "pagamentos pessoais" de pensão e outras despesas a Jornalista Mônica Veloso, com a qual o Senador teve uma filha, fruto de uma relação extra conjugal.
O Senado brasileiro insiste em tentar de forma corporativa e obscura encerrar toda e qualquer investigação sob a alegação (sic) de falta de provas, conforme relatório apresentado pelo relator do Conselho de Ètica, o Senador Epitácio Cafeteira com apenas 2 dias de instalado processo contra Renan Calheiros, baseado apenas em documentos e argumentos apresentados pelo próprio Renan Calheiros e seu "amigo lobista" Cláudio Gontijo. Existe neste corporativismo a tentativa de não responder a principal questão apresentada nesta denuncia!
A pergunta que continua no ar, não é somente com relação à origem dos recursos para os "pagamentos" realizados, mas, se é permitido a um Senador da Republica solicitar "favor" a um "amigo lobista" vinculado à empresa com interesses no Senado brasileiro, envolvendo "pagamento pessoal" em "dinheiro vivo", com dois agravantes! O primeiro: Os pagamentos foram realizados dentro do escritório da construtora Mendes Junior! O segundo: Na mesma época da solicitação do "favor", o senador Renan Calheiros, propôs emenda parlamentar ao Orçamento da União para construção de Cais de Container em Maceio-AL que favoreceu a Construtora Mendes Junior! Portanto, a principal questão a ser respondida é se este fato é ou não, no entendimento dos senadores, quebra de decoro parlamentar!
A investigação sobre a origem dos recursos serve para demonstrar se foi uma troca simples de favores ou comissão em troca de favorecimento, a popular corrupção! O Senado, desde o inicio das denuncias procura minimizar e desviar de forma absurda a questão ética e moral, argumentando de forma bizarra, que o Senador Renan Calheiros tinha condições financeiras para arcar com suas obrigações pessoais e por este motivo não haveria a caracterização de quebra do decoro parlamentar! Em resumo, esta liberado o "favor amigo", bastando ao parlamentar provar que tem recursos para arcar com as despesas do "favor"! E nem isso, o Senador Renan Calheiros consegue demonstrar de forma limpa! Esta claro que tem recursos, porem, não esta claro se saiu de suas contas os pagamentos efetuados por seu "amigo lobista" e nem mesmo a honestidade na obtenção dos recursos já declarados!
O corporativismo obscuro em que vive atualmente o senado federal é preocupante e deve ser rapidamente revisto pela sociedade brasileira! O senado federal é uma importante instituição democrática e não pode servir a interesses obscuros! Somente na ditadura, se pode verificar tamanho uso inadequado do senado brasileiro!
A solução para acabar com este nítido corporativismo enraizado dentro do Senado brasileiro seria por meio de consulta a sociedade sobre a necessidade ou não de renovação integral do Senado Federal já nas próximas eleições para o parlamento federal. Um plebiscito, poderá ser facilmente proposto, conjuntamente com as próximas eleições municipais!
Cabe a sociedade, pressionar pelas vias legais! Somente a sociedade pode decidir, se as atitudes corporativas de nossos representantes podem ou não continuar, preservando assim a instituição Senado e defendendo a democracia duramente obtida neste país!
POEMA DO AMOR PERENE
Por:Ademar Lopes Pessoa
João Pessoa, 06 / 06 / 2000.
Procuro a fórmula do amor perene,
somente tu, linda, tão solene,
Sabes como ninguém manipular,
Para a sede do meu amor aplacar.
Com a candura do teu lindo olhar,
Que faz o meu, cada vez mais brilhar;
E com o a beleza do teu sorriso,
Que me faz pensar que estou no paraíso.
Com as covinhas do teu belo rosto,
Que tanto me aplacam o desgosto,
De uma vida vivida em desamor
-Por isto, afirmo porque sou o que sou.
Com todas as fibras do coração,
Vibrando muito, de tanta emoção!
Com as curvas do teu belo corpinho,
Onde, em sonho, encontro meu ninho.
Com teu andar suave de linda princesa,
Que me faz ter, cada vez mais certeza
Que, no final desta linda jornada,
Ainda serás a minha namorada!
POESIA ITINERANTE(*)
Ademar Lopes Pessoa
João Pessoa, 06 / 06 / 2000
Vai, minha poesia itinerante,
Siga pelo caminho o vento,
Não te esqueças um só momento
Que és filha do bem dum amante.
Começa bem cedo teu dia,
Não esperes pelo raiar da aurora,
Faze mais linda a nossa hora,
Leva a todos pura alegria.
Segue pelos campos e vales.
Vai. Procura os ricos e pobres,
Até mesmo aqueles esnobes
Que nem conhecem os seus males.
Dize que vida sem amor
É presépio sem ter Jesus,
É rosário sem uma cruz,
Simples vida que só passou,
Sem sentir grandes emoções,
Sem ter as lágrimas no rosto,
De alegria ou mesmo de desgosto,
Ao pulsar de dois corações.
Vai. Procura no descontente,
Levantar-lhe toda a alegria.
Pede, cantando, que sorria,
Diz : Tudo muda de repente!
Vai. Procura as pessoas de bem,
E mesmo as que são malfeitoras,
Analfabetas ou doutoras,
Fala que o melhor que se tem,
Como valores materiais,
Não vai trazer felicidade
A quem não sabe o que é amizade
E nem mesmo amar aos seus pais
Procura os que são governantes
E os que, por eles governados,
Vivem descrentes e angustiados.
Mostra que tudo está como antes,
Por falta de amor e honradez,
De respeito e sinceridade,
A todos de qualquer cidade,
Pois sem eles bem não se fez.
Procura os que são professores,
Enaltece essa sua missão,
A mais nobre de uma Nação,
E dize : Perdoai os detratores !
Eles não sabem o que dizem,
Esquecem quem lhes ensinou,
Com carinho e com muito amor.
E eles, péssimos aprendizes,
Pobres ou ricos arrogantes,
Não tiveram plena consciência,
Que, para chegar até a Ciência,
As letras são tão relevantes!
Vai até aos doentes nos hospitais,
Ameniza seus sofrimentos,
Tendo palavras como ungüentos
De conforto para seus ais.
Não esqueças os ricos e os pobres,
Leva a eles a pura alegria.
Dize a cada um : Canta! Sorria!
Pois, se são bons, todos são nobres!
Fala ao velho, ao moço e até à criança,
Com calma, carinho e muito amor,
Não esqueças: Velho também sou!
E dá-lhes força, fé e esperança.
Vai aos patrões e até aos empregados,
Vê se entre eles há desrespeito,
Se uns de outros lesam o direito,
Fala de amor, de ambos os lados.
Se te deixarem lá num canto,
Não te esmoreças da missão
De levar amor e emoção,
Mesmo que te levem ao pranto.
E, quando eu não mais existir,
Fica com quem a ti acolheu,
Pois és um pedaço do meu eu
Que desejo deixar por aí!
Ouça esta minha última prece:
Fala com todos sem vaidade,
Que eu digo, com sinceridade,
Quem mais ama mais te merece!
TRÊS EM UMA (*)
A minha esposa, Regina, no nosso 40o aniversário de casamento.
É de um anjo o seu rosto.
E sua alma é de uma santa,
A mulher que me encanta,
Ao aplacar meu desgosto.
Assim em três visões,
Tenho-a no pensamento,
E é por isso que agüento
Viver as privações.
É o anjo que me protege,
Santa que me ilumina.
A mulher é Regina
Que em mim não vê um herege.
E vivo assim, confiante,
A seguir pela vida,
A levar de vencida
A luta a cada instante!
(*)Do meu livro POESIA AO FIM DE UMA JORNADA.
Editora IDÉIA. João Pessoa, 2002.