HOJE EU ENVELHECI
JP, 07 / 07 / 2000.
Hoje eu envelheci, finalmente !
E reconheço, a morrer de tristeza,
Que são os outros — eu tenho certeza,
Que me levam a sentir-me um velho e doente.
Pois ser velho é não ter nenhum sentimento,
É ser descartável, por não ter mais um só uso,
É ser um traste, imbecil e, normalmente confuso,
A causar nos outros, sempre, algum sofrimento.
Hoje eu envelheci ao saber, num momento,
Que do amor já não devo ter uma só esperança,
Pois ser velho é ter que aceitar o padecimento,
Como um fato normal a chegar sem tardança.
Mas eu choro, pois não era do meu intento
Sentir de quem amo não estar na lembrança.
Hoje eu envelheci, finalmente !
E reconheço, a morrer de tristeza,
Que são os outros — eu tenho certeza,
Que me levam a sentir-me um velho e doente.
Pois ser velho é não ter nenhum sentimento,
É ser descartável, por não ter mais um só uso,
É ser um traste, imbecil e, normalmente confuso,
A causar nos outros, sempre, algum sofrimento.
Hoje eu envelheci ao saber, num momento,
Que do amor já não devo ter uma só esperança,
Pois ser velho é ter que aceitar o padecimento,
Como um fato normal a chegar sem tardança.
Mas eu choro, pois não era do meu intento
Sentir de quem amo não estar na lembrança.
SAUDADE, TRISTEZA E ESPERANÇA
JP, 30 / 12 / 2002.
Elas 0 a saudade, a tristeza e a esperança
Vivem a assediar-me todos os dias.
Ora uma só, ora em duplas, as vadias
Me atacam. E delas a fuga me cansa.
Passam anos e o assédio continua.
A saudade se mostra tão constante,
A tristeza não deixa nem que eu cante,
E a esperança a unir minh’alma à sua.
A tristeza quer em mim moradia,
A saudade me segue passo a passo
E a esperança tantas vezes me deixa.
E eu, numa vida assim já tão arredia,
Sem merecer seu amor, não sei o que faço,
Pois sei que só ele me acabaria a queixa.
Elas 0 a saudade, a tristeza e a esperança
Vivem a assediar-me todos os dias.
Ora uma só, ora em duplas, as vadias
Me atacam. E delas a fuga me cansa.
Passam anos e o assédio continua.
A saudade se mostra tão constante,
A tristeza não deixa nem que eu cante,
E a esperança a unir minh’alma à sua.
A tristeza quer em mim moradia,
A saudade me segue passo a passo
E a esperança tantas vezes me deixa.
E eu, numa vida assim já tão arredia,
Sem merecer seu amor, não sei o que faço,
Pois sei que só ele me acabaria a queixa.
PRECE AO SENHOR (II)
JP, 04 / 09 / 2004.
Senhor, nós pedimos por nosso filho,
Tão cedo desta vida retirado,
Ele, um filho e irmão tão amado,
Que trilhou seu caminho só com brilho.
Assim, Te pedimos pela sua paz,
Que ele se encontre no lugar dos justos,
Pois sua ausência nos causa tantos custos,
Se só tristeza e saudade nos traz.
Conserva-o sempre no Teu santo lado,
Vê o quanto foi um agente do bem,
Na sua competência e viver modesto,
Pois, uns usam o por ele inventado,
Mesmo sem o saber de quem provém,
Ou a negar talento tão manifesto.
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