sábado, 29 de setembro de 2007

SEGREDO CONSTITUCIONAL

Segredo constitucional
ATUALIZADA EM:18/06/2007

Apesar de já ter atingido a maioridade, a Constituição Federal, promulgada em 1988, ainda desperta polêmica. Um estudo de dois professores da Universidade de Brasília (UnB) afirma que parte de um artigo foi incluído na Carta Magna sem passar pelo Plenário. O dispositivo inserido, segundo eles, beneficiou credores internacionais da dívida externa. As alíneas “a”, “b” e “c” do artigo 166 (172, na versão original) tratam de privilégios para o pagamento da dívida, de pessoal e de transferências aos estados e municípios (veja aqui).

Os autores do trabalho responsabilizam pela inserção do texto o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, então deputado constituinte pelo PMDB gaúcho e líder do partido, e o ex-deputado Gastone Righi (SP), que liderava a bancada do PTB. Os dois negam a acusação (
leia mais).

Há quatro anos, Jobim admitiu ao jornal O Globo ter inserido, sem submeter ao Plenário, dois artigos na Constituição. Um deles, revelou, era sobre a independência dos poderes – o artigo 2º. Sobre o outro artigo, ele nada explicou. O ex-líder do PMDB prometeu escrever um livro para explicar tudo, mas até hoje não deu início à obra.

Com essa dúvida em mente, o professor de Segurança da Informação Pedro Antônio Dourado de Rezende e o advogado e consultor legislativo do Senado Adriano Benayon começaram a pesquisar para saber qual foi o outro dispositivo inserido sem a necessária aprovação dos deputados e senadores.

No ano passado, os dois publicaram o artigo acadêmico Anatomia de uma fraude à Constituição (
veja a íntegra), no qual apontam Jobim e Righi como os responsáveis por inserir um texto não votado pelos constituintes. “Isso aqui foi enxertado. Os dois deixaram rastros”, afirmou Rezende, ao exibir uma folha dos Arquivos da Assembléia Nacional Constituinte (ANC), que comprovaria as alíneas “alienígenas”.

Segundo o estudo de Benayon e Rezende, o fato ocorreu no momento em que os constituintes cuidavam da discussão do texto final da Constituição. Naquela fase, nada de novo poderia ser acrescentado, eram admitidas apenas emendas para corrigir o texto, melhorando sua redação, ou suprimir dispositivos.

Entretanto, de acordo com os autores do estudo, um requerimento de três páginas para fundir os artigos 171, 172 e 173 incluiu uma folha estranha à matéria. Isso aconteceu em 27 de agosto de 1988, um sábado. A página continha a alínea “b” do artigo 172 (atual 166), pela qual não era mais necessário indicar fontes de receita nas emendas destinadas ao pagamento do “serviço da dívida”. Para Rezende, a folha deveria ter a rubrica de todos os 14 líderes partidários. Mas continha apenas as dos líderes do PMDB e do PTB, Jobim e Righi (veja aqui).

Os professores da UnB não entenderam por que, na caixa referente às matérias do dia 27 de agosto de 1988, o Fundo Arquivístico da Constituinte, da Biblioteca da Câmara dos Deputados, não se registra a fusão do artigo 172, mas apenas a dos artigos 171 e 173 (veja aqui e aqui também).

"Houve umas coisas desse tipo"

Os autores lembram que, em 1988, a dívida externa e a inflação assombravam as contas públicas brasileiras. A aprovação da alínea “b” do artigo 166 da Constituição, na avaliação deles, serviria para beneficiar os credores dos mercados financeiros internacionais. “É um cheque em branco para o credor botar a mão na arrecadação”, acredita Rezende.

Ele e Benayon citam dados da Secretaria do Tesouro Nacional atualizados em moeda corrente para defender a tese. Em 1986, a União pagou o equivalente a R$ 50,5 bilhões no chamado serviço da dívida, isto é, despesas com juros, taxas bancárias e outras obrigações relacionadas com os débitos externos. Quatro anos mais tarde, com a aprovação da nova Carta Magna, o valor passou para R$ 564,1 bilhões, em cifras atuais. Por outro lado, os investimentos caíram de R$ 20,9 bilhões para R$ 12,8 bilhões naquele mesmo período. Na opinião dos dois, a alínea “b” do artigo 166 contribuiu para essa discrepância.

Benayon e Rezende não são os únicos a reclamarem da maneira como certos textos entraram na Carta Magna. Em 1995, o então senador Ademir Andrade (PSB-PA) apresentou uma
proposta de emenda constitucional para retirar a polêmica alínea que tratava do “serviço da dívida”. À época, Cabral disse que examinaria o assunto com os técnicos do setor de informática da Casa. Mas a proposição de Andrade foi arquivada.

Até hoje, o ex-senador paraense acredita que alguma coisa não foi feita da maneira correta. “Todo acerto que era para modificar tinha o consenso total dos líderes. No caso, acordamos uma coisa e saiu outra”, lembrou Andrade, que não conseguiu eleger-se deputado federal ano passado.

Righi e Jobim admitiram que houve celeuma na apreciação dos textos. Righi, inclusive, disse ao Congresso em Foco que há trechos “suspeitos”. “De fato, houve umas coisas desse tipo, inclusive contra a minha opinião”, declarou.

Técnico nega irregularidade

Procurado para comentar a suposta fraude no artigo 166 da Constituição, o relator-geral da Constituinte não quis se pronunciar. O ex-senador Bernardo Cabral indicou o ex-diretor do Prodasen Kléber Ferreira Lima para falar sobre o assunto. Responsável pelos programas de informática para organizar os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte (ANC), Ferreira disse ser “humanamente impossível” ter havido qualquer tipo de irregularidade no processo, mesmo aquela admitida por Nelson Jobim há quatro anos.

Ele conta que uma simples consulta às "Bases Históricas da Constituinte", disponíveis na internet, mostra que o termo “serviço da dívida” já existia em documentos de maio de 1987, bem antes da votação de agosto de 1988, apontada como fraudulenta pelos pesquisadores Adriano Benayon e Pedro Rezende. Por isso, argumenta, não seria possível achar que parte do artigo 166 tivesse aparecido “do nada”.

À época, Ferreira criou um programa de computador, o ATMS, para checar cada mudança ou alteração no texto constitucional e compará-lo com o da Carta anterior, de 1967. Ele descarta a possibilidade de inclusão de emendas “alienígenas” no texto constitucional. “É uma impropriedade técnica. Se ele [Jobim] enfiasse uma folha [fraudulentamente], ela seria processada, distribuída e numerada”, afirma.

RIMAS POBRES E RIMAS RICAS



Por: ROBERTO GAMA e SILVA
Almirante Reformado
Presidente da Comissão Executiva Nacional Provisória.
Partido Nacionalista Democrático – PND.
Rio de Janeiro em 20 de junho de 2007.



I – RIMAS POBRES

Antes uma explicação: RIMA POBRE, no caso, refere-se ao “Relatório de Impacto Ambiental” adotado pelos órgãos que lidam com a conservação do meio ambiente, mormente aquele modelo que avalia a instalação de usinas hidrelétricas, em todo o território brasileiro.

Estamos batizando tais modelos como “RIMAS POBRES”, porque se concentram em examinar os efeitos negativos da construção de barragens, sempre os mesmos, sem levar em conta os benefícios que poderão trazer ao país e aos brasileiros.

Os problemas ambientais associados ao desvio de cursos de água e a construção e represas incluem, necessariamente, a perda de terras agricultáveis e de vegetação primitiva, além da necessidade de remoção dos habitantes das áreas que serão alagadas pelo futuro lago.

Além disso, as alterações ambientais também poderão afetar a vida dos animais, inclusive peixes, e da flora local.

Outro impacto ambiental adverso, decorrente do represamento de rios, poderá ser causado pelo apodrecimento da vegetação submersa, que redundará na acidificação da água represada e na transformação anaeróbica da matéria orgânica em gases que venham a afetar o “efeito estufa”, como o metano.
Entretanto, o que as “RIMAS POBRES” não acentuam é que a despeito dos efeitos negativos, o uso da força das águas para gerar eletricidade é o mais aceitável dos recursos energéticos.

Parece até que estamos diante de uma reencarnação dos druidas, sacerdotes e sacerdotisas de uma pré-histórica religião celta, talvez nascida no segundo milênio antes de Cristo. Os druidas veneravam tanto a natureza que não erguiam templos para o culto religioso, que era feito ao ar livre, em círculos delimitados por pedras, como podem ser visualizados em “Stonehenge”.

Ao que tudo indica, os novos druidas, surgiram no extremo noroeste do Brasil, na onda de um líder sindical, transformado em defensor da natureza por arte de organizações governamentais muito atuantes na Amazônia brasileira, embora sediadas em territórios ocupados no passado pelos antigos celtas. Estas, sim, representam diretamente os interesses daqueles povos e os seus atuais propósitos são os de convencer os habitantes dos países ricos em recursos naturais, todavia pouco desenvolvidos, a pouparem ao máximo tais riquezas, para uso futuro dos seus descendentes, em linha reta.

Nos últimos tempos, com a presença de uma “druidesa” à testa do órgão responsável pelo meio ambiente do país, tornou-se quase impraticável instalar usinas hidrelétricas no país, eis que a fartura de energia elétrica poria o país na trilha da prosperidade, pois energia é sinônimo de vida, circunstância que suscitaria o consumo de maior quantidade de recursos naturais. Os novos druidas só sabem recitar RIMAS POBRES

II - RIMAS RICAS

As RIMAS ricas, desprezadas pelos novos druidas, são aquelas que também mostram como corrigir os inconvenientes e explorar as virtudes da construção de hidrelétricas.

Evidente, que a seleção competente e cuidadosa dos sítios para instalação das usinas poderá eliminar ou atenuar a maioria dos problemas citados.

De pronto, deve ser enfatizado que o impacto ambiental causado pela substituição da vegetação nativa, mesmo do tipo florestal, pelos lagos formados pelas barragens, é praticamente nulo, por não afetar o clima, fator de equilíbrio de todos os ecossistemas.

Com efeito, o ciclo hidrológico dos locais onde se instalam as hidrelétricas ficará livre de qualquer alteração perniciosa, devido ao fato de não se reduzir a proporção da precipitação que retornará à atmosfera, pois a evapotranspiração da cobertura anterior será compensada, com sobras, pela evaporação da superfície líquida dos reservatórios. Além disso, o outro parâmetro conformador do clima, a umidade relativa do ar, será melhorado em virtude da diminuição do albedo ( razão entre a radiação refletida por uma superfície e a radiação solar que sobre ela incide), uma vez que a água tem maior capacidade de absorção da energia solar incidente do que qualquer outro tipo de superfície. Dependendo dos locais, a acumulação de água em reservatórios terá a propriedade de melhorar o micro-clima, como foi o caso do lago Paranoá, que aliviou a secura extrema de Brasília.

A crítica acerba em relação à possível acidificação das águas dos reservatórios poderá ser rebatida com a previsão da limpeza das áreas que serão inundadas devido ao represamento. Os serviços de desmatamento e limpeza das áreas destinadas aos reservatórios, além de evitarem a acidificação futura das águas, ainda poderão ajudar a financiar parte das obras, caso haja grande volume de madeiras de alto valor comercial.

Os danos à ictiofauna, de que tanto falam, serão minimizados com a construção de “escadas de peixe” ao lado das barragens, que permitirão a desova nas nascentes, como acontece na natureza.

Os seres humanos que ocupam as áreas a serem alagadas poderão ser removidos para sítios não afetados pelo alagamento, com uma vantagem ponderável: a melhoria da qualidade das respectivas residências.

Quanto à fauna terrestre, também há possibilidade de remoção para lugares secos, pois o tempo de construção das barragens é suficientemente grande para a execução cuidadosa dessa faina.

Mas, há vantagens excepcionais decorrentes da instalação de usinas hidrelétricas. Em primeiro lugar, são elas a única fonte limpa, isto é não poluidora, capaz de gerar grande quantidade de energia, como a vida moderna demanda. Além disso, há uma outra vantagem que pode até suplantar a geração de energia: a ampliação da navegabilidade dos rios e a interligação com outras bacias, mediante a instalação de eclusas, ao lado das barragens.

Depois de instalar todas as usinas inventariadas, além de outras não incluídas no planejamento atual, será possível desatracar um comboio fluvial do porto de Boa Vista, Roraima, e demandar um terminal hidroviário localizado nos arredores da cidade de São Paulo.

A utilização de hidrovias, vale lembrar, representa uma fabulosa economia, principalmente pelo fato de prevalecer no meio líquido o “Princípio de Arquimedes”, que redunda em aliviar o peso da carga de um valor igual ao peso do volume de água deslocado pela embarcação. Portanto, haverá economia de energia no transporte, além do barateamento na movimentação das cargas, em virtude da capacidade de transporte dos comboios fluviais.

Disso as “RIMAS POBRES” não cogitam, por pura ignorância.

Daí a razão que leva os órgãos ambientais brasileiros a retardar a construção de usinas importantíssimas para o país, como as de Santo Antônio e Jirau que, sozinhas, completarão a navegação franca em todo o rio Madeira, isto é, desde a confluência dos rios Guaporé e Iata, formadores do grande rio, até a foz, quando encontra o Amazonas. A ampliação da navegabilidade do Madeira é o primeiro passo para a interligação das bacias do Amazonas e do Paraguai.

Além das vantagens já mencionadas, a formação dos lagos das hidrelétricas propicia a introdução da piscicultura nessas águas, aumentando a oferta de alimentos protéicos para a população e, no caso específico da Amazônia, contribuindo para a diminuição das alterações na vegetação original, para formação de pastos, na medida em que um hectare de criatório, na região, é capaz de produzir 5 toneladas anuais de pescado, enquanto que para produzir a mesma quantidade anual de carne bovina seriam necessários 150 hectares de pastos.

Esses dados relevantes, os novos druidas ou manangas de um novo rito não levam em consideração. Não sabem recitar com RIMAS RICAS!

Marta 'relaxa e goza' na FAB

Após sugerir que as vítimas do apagão aéreo "relaxem e gozem", a ministra Marta Suplicy (Turismo) ganhou um jatinho da FAB à disposição, 24 horas por dia. Ela alegou "razões de segurança" para evitar aeroportos e reações indignadas dos cidadãos. Como não há jatos suficientes para atender a todo o ministério, nestes dias de caos aéreo, a FAB tem sugerido aos colegas da ministra para pedir carona a ela, quando os destinos forem coincidentes.

VALE PRA UM VALE PRO OUTRO

por Ralph Hofmann

Consideremos o que está acontecendo no caso da pensão aos Lamarca e a outros. Ostensivamente Lamarca está sendo compensado porque era quem era. Seus méritos não vem muito em questão. Ostensivamente os familiares de soldados, sargentos, tenentes e por aí afora, mortos em serviço nas forças armadas ou das polícias, são os pífios emolumentos que são, pois obedeceram ao estrito regulamento que norteia as pensões nesse setor.

O que seria justo, pondo de lado o fato de que Lamarca era um desertor e estava em campanha contra seus próprios companheiros?

Se Lamarca recebe soldo de general de brigada, presume-se que o Tenente Alberto Mendes Jr. não poderia receber soldo inferior ao de um coronel de sua corporação. E mais, todas as pensões de todos os militares mortos em combate contra a guerrilha teriam de ser revistas e atualizadas retroativamente.

Mas vamos para outro lado da questão. Não sei exatamente como funciona a lei brasileira, mas noutros países, e possivelmente em Haia, pela forma cruel em que foi morto o Tenente Alberto Mendes Jr., há espaço para um processo da família Mendes contra o espólio de Lamarca.

Com a generosa contribuição do da Comissão de Anistia, agora o espólio Lamarca tem uns R$ 300.000,00 em dinheiro. Cabe portanto, que um bom advogado agindo "pro bono publico", represente a família Mendes e providencie o imediato bloqueio destes valores para ressarcimento da perda do tenente. Não tem nada a ver com a pensão do agora " General-de-Brigada Lamarca". Tem a ver com os atos ilícitos praticados contra o Tenente por Lamarca ou por suas ordens, totalmente ilegais, e mais que isto injustas, pois alegadamente foi executado por trair a posição dos comandados de Lamarca, o que não era nada mais que sua obrigação, em sendo parte das forças que visavam debelar a atuação de Lamarca..

Acaba de me ocorrer que os familiares dos diplomatas em algum momento seqüestrados também devem processar os espólios dos seqüestradores para obter compensação pelas tremendas pressões psicológicas sofridas durante a espera pela liberação do membro da família. Afinal se um sujeito pode receber pensão pelo que ocorreu durante sua gestação, tanto mais o problema de uma criança filha de diplomata seqüestrado que sabe o que está ocorrendo.

Sinto muito Gabeira, mas justo é justo.

SISTEMA DE PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS

A Editoria do site O Federalista
Editorial da semana

Enquanto isso, na surdina...

Enquanto o País inteiro se rende às noticias do Congresso, no caso Renan, nos atrasos dos vôos com novos apagões em "hubs" de grande importância como o aeroporto de Brasília, o governo Federal vem trabalhando no fechamento do cerco ao cidadão e às empresas, cerco esse que pode ser considerado uma verdadeira matrix.

Com a criação do Sistema de Processamento Eletrônico de Dados (SPED), que inclui a nota fiscal eletrônica e a escrituração fiscal e contábil na forma eletrônica, o controle do Governo sobre o cidadão e seus empreendimentos passará a ser cada vez maior. Como mostra matéria do Jornal Valor Econômico, "em 2012, com a implementação completa da notas fiscais eletrônicas federal, estaduais e municipais e da escrituração contábil e fiscal digital, a Fazenda terá o mais completo e imediato mecanismo de cruzamento de dados e autuação fiscal, sem precisar fazer qualquer visita à sede da empresa para checar seus livros fiscais.

Considere-se ainda, a implantação do Hal, o super "hiper" computador no Banco Central, que passará a ter dados atualizados a cada dois dias de todas as 150 milhões de contas correntes no Brasil.

Perceba-se que a interligação de tudo por sistema comandados por um Governo Central certamente colocará genuflexos até o brasileiro mais simples. Para abrir uma empresa, se você não tiver as certidões dos vários órgãos conveniados, seu direito ao empreendimento é solapado, contrariando até mesmo o que se dispõe na Constituição. Constituição? Quem a respeita? Sequer o Governo, através da eficiência de seus órgãos. A eficiência dos absurdos burocráticos vem asfixiando cada vez mais o sistema produtivo.

Chegaremos ao ponto de termos um sistema matrix de controle social? Se o federalismo não vier logo, nem mesmo a equipe dos heróis da famosa trilogia Matrix conseguirá desmontar o que está sendo eletronicamente, costurado. Uma camisa de força eletrônica em cada brasileiro, costurada quase que silenciosamente, de forma diligente, usando a inteligência nacional, para abafar a inteligência produtiva e social.

Quando a distorção ideológica chega ao vestibular: uma questão da UERJ tem de ser anulada

Por Reinaldo Azevedo

Temos falado muito de doutrinação aqui nestes dias, não é? Aproveito para convidar os que ainda não o fizeram a ler o texto, que está no post anterior, de autoria do professor Ronaldo Laranjeira. Ele não é um abelhudo, mas especialista em dependência química. Expõe, de maneira contundente, os muitos desvios a que está submetida no Brasil a chamada política de redução de danos. Ainda voltaremos, claro, a esse assunto. Por aqui, a prática acabou se misturando com uma derivação teratológica da ideologia de esquerda. Mas fica para depois.

Há dias, dei destaque ao texto escrito pela mãe de uma aluna, inconformada com o viés ideológico do material didático, do Sistema COC de Ensino, que era usado pelo colégio da filha. Em vez de diálogo, tentaram calá-la na Justiça. Vocês conhecem o caso. Os “espadachins da reputação alheia”, que é como Balzac chama certo tipo de jornalismo em Ilusões Perdidas, tentaram ver na iniciativa uma guerra comercial. Já disse: é leninismo de sabujo de empreiteira. Acusam os adversários de fazer o que eles fazem — a sacada é de Olavo de Carvalho.

As distorções começam, sim, no material didático, tenha a origem que tiver, e saltam para a universidade, que forma novos doutrinadores, que saem dali para doutrinar. Forma-se ciclo perfeito do atraso, que resulta nos comuno-fascistas que invadem reitoria. Já sabem o que recomendo pra eles: o política democrática da tropa de choque. A menos que provem que a tropa de choque não está abrigada pelo estado democrático e de direito.

Adiante. A doutrinação esquerdopata também está presente já na peneira por que passam os candidatos a uma vaga no terceiro grau. Há alguns dias, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) realizou a primeira fase de seu exame vestibular. A questão 59 era esta, que segue em vermelho:

A partir desta edição VEJA passará a grafar a palavra estado com letra minúscula.

Os povos de língua inglesa, generalizando, esperam do estado a distribuição equânime da justiça, o respeito a contratos e à propriedade e a defesa das fronteiras. Mas não consideram uma dádiva do estado o direito à boa vida material sem esforço. Grafam “state”. Com maiúscula, estado simboliza uma visão de mundo distorcida, de dependência do poder central, de fé cega e irracional na força superior de um ente capaz de conduzir os destinos de cada uma das pessoas.

O modelo de Estado contra o qual o editorial se posiciona e o modelo de Estado que fundamenta a decisão dos editores da revista estão identificados, respectivamente, na seguinte alternativa:

(A) Mínimo; Comunista
(B) Socialista; Capitalista
(C) Corporativista; Keynesiano
(D) Bem-Estar Social; Neoliberal

Adivinhe qual é a resposta que o examinador considera correta, leitor amigo. É isto mesmo. O vestibulando era obrigado a cravar a alternativa “D”. Para entrar na Uerj, o candidato tem de saber que a VEJA é contra o estado de bem-estar social e favorável ao estado neoliberal. O conjunto da obra é cheio de perversidades, certo? Já que a prova continua a gravar “Estado”, em caixa alta, ela faz, ao mesmo tempo, uma declaração de princípio: contra o estado neoliberal e favorável ao estado de bem-estar social. Se algum aluno quiser recorrer à Justiça para anular a questão, dá uma boa briga. Eu, que sou da VEJA, cravaria, dadas as opções, a alternativa “B”.

Não é segredo pra ninguém que o “neoliberalismo” virou um palavrão no país. No mundo inteiro, diga-se, tal taxonomia tem uma paternidade: a esquerda. “Neoliberalismo” passou a ser visto como sinônimo de redução dos direitos sociais em conseqüência de uma interferência menor do estado na economia — em oposição a países da própria Europa em que há um estado mais presente ou uma legislação que protege fortemente o trabalho. Adivinhem onde o desemprego hoje é maior: na Alemanha do “bem-estar social” ou no Grã-Bretanha neoliberal? Acertou quem respondeu "Alemanha".

A classificação vesga chegou ao Brasil. O governo FHC, que vendeu algumas estatais — não tantas quantas poderia — foi chamado pelas esquerdas de... “neoliberal”. A privatização da Telebras, por exemplo, significou a universalização do telefone em tempo recorde na história e abriu as portas do país para a tecnologia da informação. Ah, mas o PT, vocês se lembram, era contra esse absurdo, mais essa evidência do "neoliberalismo". Como era contra a venda da Embraer — hoje a maior fabricante de aviões para transporte regional do planeta — e da Vale do Rio Doce. As privatizações trouxeram investimentos, tecnologia, emprego. Na Europa, a esquerda acusou Maragareth Thatcher de ter desmontado o estado de bem-estar social em seu país — que caminhava para a irrelevância — para implementar o neoliberalismo. No caso do Brasil, nem mesmo tal oposição era possível porque o estado era, como ainda é, corporativista — além de terrivelmente ineficiente e gastão.

É a esse “neoliberalismo” — a essa positiva lufada de liberalismo — que está se referindo a prova da UERJ? É claro que não!!! Trata-se tão-somente de um viés ideológico estatista, que se respira no ambiente universitário, especialmente numa universidade pública, vazado para um exame de seleção. Não tenho nenhuma simpatia pelo chamado “estado de bem-estar social”, apesar do nome docinho, mas nem eu seria tão ranzinza a ponto de dizer que ele defende “a boa vida material sem esforço”, que preconiza para a sociedade “a dependência do poder central, de fé cega e irracional na força superior de um ente capaz de conduzir os destinos de cada uma das pessoas”. Ah, não. Ou eu seria obrigado a concluir que Fidel Castro, Evo Morales, Hugo Chávez, Kim Jong-Il e Ahmadinejad — já tão distintos entre si — aderiram ao estado de bem-estar social.

A questão não tem alternativa certa porque é muito simplória, e a UERJ deveria anulá-la. A menos que reivindique a condição de verdadeira consciência de quem escreveu o editorial da VEJA. Trata-se apenas de uma manifestação um tanto ignorante de rabugice ideológica, de que as vítimas podem ser os candidatos. Das alternativas dadas, a mais próxima do texto, ademais, é a “B”. E não porque eu demonize o termo neoliberalismo. Quem demoniza são eles.


ORKUT - CUIDADOS

Por: Marco André Vizzortti

Professor de Informática da USPO

O ORKUT apareceu como uma forma de reaver amigos, saber notícias de quem estava distante e mandar recados, e hoje esta sendo utilizado com o propósito para que, creio, o seu maior trunfo, obtenção de informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira. Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve?

Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana.Foi por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados? Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros?Já te abordaram num barzinho dizendo que te conheciam faz tempo?Já foi pra festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?

Pois é. Ta tudo lá. No ORKUT. Com cinco minutos de navegação eu sei que você tem dois filhos, tem um namorado , estuda no colégio tal, freqüenta cinemas.E o melhor de tudo, com uma foto na mão, identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua. Afinal, já sei onde você está. É só ler os seus recadinhos.Faço um pedido: quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação, mas poupe seus filhos, poupe sua vida íntima. O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou.A foto dos meninos estava lá. Teu local de trabalho tava lá. A foto no hotel 5 estrelas na praia tava lá. A foto da moto que está na garagem estava lá.

Realmente, somos um povo muito inocente e deslumbrado.Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos.Até que um dia a ameaça será fato real.. Tarde demais.Se você me entendeu, Ótimo!Reveja sua participação no ORKUT ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca. Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável. Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas, já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que foram vítimas da própria imprudência.A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários.

Não só de Orkut vive a maioria dos internautas. Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar. Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede.O papo pode ser muito bom, legal. Mas disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável.Portanto cuidado ao colocar certas informações na Internet.


JOGADOR ZÉ ROBERTO SE DESPEDE DO BRASIL

"Inicialmente gostaria de expressar minha gratidão ao Brasil. Foi com prazer que por muito tempo defendi a camisa canarinho e me orgulhei de ser brasileiro. Infelizmente este país não faz mais parte de mim.

Por muitos anos vivi com minha família na Alemanha e me identifiquei completamente com o país. A despeito de certos intolerantes e racistas, que são minoria, minha família se integrou totalmente ao modo de vida alemão. Minhas filhas mal falam português e são totalmente fluentes em alemão. Para voltar ao Brasil, isto pesou muito.
Queria que elas se sentissem, como me sentia, brasileiro. Queria que conhecessem o meu país, que falassem a minha língua nativa, queria mostrar o lado bom do Brasil, um pouco diferente daquilo que volta e meia aparece nos noticiários de TV alemão. A tentativa foi em vão.

Muito embora tenhamos ficado em uma cidade muito acima da média do padrão de vida brasileiro, os males que a assolam me parecem regra, não exceção na vida brasileira. Não nos era permitido andar sem seguranças; minhas filhas não podiam, em hipótese alguma, passear ou brincar na rua; Ir à praia, que fica a menos de 100m de nosso apartamento, também era contra a recomendação que nos passavam os seguranças e companheiros de clube.
Todo o tempo que estivemos no Brasil, ainda que livres fisicamente, éramos reféns psicológicos. Mesmo sendo um ídolo local, o risco parecia nos acompanhar a cada esquina virada, a cada momento em que passeávamos. A sombra do sequestro ocorrido dois anos atrás com outro ídolo local, Robinho, nos perseguia por todos os lados. Assistir o noticiário televisivo alimentava ainda mais nossos medos. Por sorte, minhas filhas não entendem muito bem o português. Se entendessem, descobririam um país em que o crime está por todos os lados: está nas escolas, está nas faculdades, está no Judiciário, está no Congresso e está até mesmo na família do presidente.

Imagino o choque cultural para elas, criadas em um país com padrões morais tão rígidos. Me ponho no lugar delas e penso como deve ter sido desagradável esta estadia no Brasil. O que pensavam quando dizíamos que elas não podiam andar livremente nas ruas? O que pensavam quando dizia que era melhor não dizer às amigas que eram minhas filhas? Como entendiam que não brincar na rua, que não passear em parques e que sempre andar com aqueles homens que não conheciam era o melhor para elas? Minhas filhas devem ter detestado o Brasil.
Foi com muita alegria que receberam a notícia de que voltaríamos à Alemanha. Além da segurança, há a questão da discriminação. Embora etnicamente muito diferente da população local, minhas filhas, lá, sempre foram respeitadas e nunca vistas com menosprezo. Aqui no Brasil, onde todas as raças se misturaram e não dá para saber quem é o que, sofríamos com um tipo de discriminação inimaginável para elas: Éramos vistos como anormais por nossa religiosidade.

Por aqui imaginam que negros sofram de racismo na Alemanha, mas praticam uma intolerância inexplicável por sermos evangélicos. Ou, como é dito pejorativamente por aqui, somos "CRENTES", palavra carregada de maus juízos. Dentro do futebol, jogadores como eu que se organizam em grupos chamados de "Atletas de Cristo" são vistos com ressalvas, especialmente pela mídia que acompanha o esporte.
Por todos estes motivos, levo minha família de volta à Europa. Pelo meu sucesso e também pelas nossas escolhas, o Brasil se tornou um suplício para aqueles a quem mais amo. Batalhei a vida inteira para sair da pobreza e ter sucesso profissional. Acima de tudo isto, sempre busquei construir uma família feliz e correta. Hoje, a felicidade de minha família tem como pré-requisito afastá-las do Brasil. Por isto que, ainda que com tristeza, faço o melhor para elas.
Aos meus fãs, muito obrigado. Ao Brasil, boa sorte."
ZÉ ROBERTO



ESTÁ TUDO DOMINADO NO DECÁLOGO DO RETIRANTE PINÓQUIO

Por: Geraldo Almendra

“Os canalhas são mais didáticos que os honestos. O canalha ensina mais. Temos tido uma psicanálise para o povo, um show de verdades pelo chorrilho de negaças, de "nuncas", de "jamais", de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Ânimo, meu povo! O Brasil está evoluindo em marcha a ré! Os canalhas são a base da nacionalidade”.

“Com a morte do petismo romântico, com o derretimento do PSDB, o destino do país vai ser a ideologia escusa, sem moral, do peemedebismo que o lulismo favorece. Os sinais estão no ar. Nosso destino histórico é a maçaroca informe do PMDB. O objetivo dessa mixórdia é nos fazer descrentes de qualquer decência.” (AJ)

Aqueles que declaram que a corrupção no Brasil é um folclore, e tentam induzir a opinião pública a acreditar que alertar, de forma repetitiva, a sociedade sobre a praga da corrupção, realimenta a destruição do Estado de Direito, não passam de seres humanos desprezíveis, vendidos, hipócritas e aliados da destruição do país.

O “Estado de Direito”, fundamentado em uma Justiça corporativista e relativista, com seus Tribunais superiores agindo como cúmplices da impunidade de corruptos e prevaricadores, é uma piada recorrente dos botequins do Palácio do Planalto; cada escândalo publicado nas páginas dos jornais serve de motivação para o saboreio de goles de pinga pela canalha da ACA – alcoólatras corruptos anônimos – do submundo da prostituição da política.

Os corruptos que conseguem ser punidos pelas mãos da Justiça são os que têm conexões frágeis com a máfia da prevaricação do poder público e os que, “por dever de ofício” oferecem suas cabeças como bois de piranha da corja dos vermes que apodrecem os Poderes da República.

Será que a liberdade da gang dos 40 – entre tantas outras que apodrecem as estruturas morais e éticas das instituições públicas – são um folclore, ou efetivamente são insultos permanentes à fé dos cidadãos no Estado de Direito? Será que o Presidente do Congresso será corretamente punido pela Justiça, ou este caso de grotesca prevaricação, que envergonha o país perante o mundo, também é mais um folclore da corrupção?

Para quem acha que a corrupção no Brasil não passa de um folclore, envio um pedido solene de um cidadão que trabalha mais de cinco meses por ano para pagar a conta da patifaria do poder público: VTNC.

Quem se debruçar com isenção e consciência crítica sobre a história da canalhice política das últimas décadas no Brasil, poderá comprovar que nosso país vem sendo desgovernado por grupos de poder que representam os objetivos de sórdidas oligarquias, que têm na prática da corrupção, na prevaricação e no relativismo da Justiça, seus instrumentos de aproveitamento das ações do poder público, sempre em interesse ilícito próprio.

Contudo a pior versão da prostituição da política, efetivamente, tomou conta do Estado e das relações públicas e privadas, a partir do desgoverno petista, herdeiro privilegiado das canalhices dos desgovernos pós-regime militar, especialmente os da era FHC, o maior responsável pela tomada do poder dessa “esquerda” irresponsável, inconseqüente e calhorda. O “petismo romântico” teve que colocar o rabo entre as pernas e mergulhar de cabeça no mar de merda da corrupção generalizada.

Ficou evidente nesses últimos seis anos, que o caldo da destruição dos mais básicos princípios morais e éticos que devem nortear o comportamento de servidores públicos, concursados ou não, temporários ou permanentes, como os canalhas dos políticos e seus cúmplices de cargos de confiança, já estava esparramado de forma quase irrestrita no submundo do corporativismo dentro do poder público.

O golpe final nas nossas esperanças de “sermos felizes novamente” – contrariamente ao que se imaginava – se deu com a subida ao poder do retirante Pinóquio, líder de um sórdido esquema “esquerdista” mafioso de tomada permanente do poder, que está fazendo de nossa falência cultural, moral e ética, os fundamentos para a destruição do futuro dos nossos filhos e de suas famílias, desde que eles não aceitem a submissão aos atos da burguesia calhorda que está se formando com o incontrolável empreguismo no poder público e nas empresas “privadas” controladas pelo Estado. A propósito, a terceirização de atividades dentro das empresas controladas pelo estado virou um paraíso para os militantes do petismo; se alguém ficar curioso procure se informar sobre a maior delas.

O toque de mestre da tomada do poder pela esquerda calhorda é o fato de conseguir dominar plenamente a sociedade sem as batalhas nas ruas que caracteriza as grandes transformações sociais durante os processos políticos que antecedem uma revolução com o objetivo de mudar o controle do Estado.

À semelhança do decálogo de Lenin, podemos, na prática do dia-a-dia do petismo, lulismo, ou qualquer nome que se queira dar a essa desgraça que tomou conta do submundo da prostituição da política e se espalhou pelas entranhas dos Poderes da República, estabelecer um referencial para os fundamentos das táticas revolucionárias do Retirante Pinóquio:

1. Promova a ignorância diplomada do processo educacional, corrompa a juventude, incentive a promiscuidade sexual, e promova a o consumo de drogas por meio de propaganda enganosa distribuída por “agentes” disfarçados.
2. Provoque, humilhe, desorganize, e desacredite as Forças Armadas perante a opinião pública; fortaleça as forças policiais civis e militares subordinadas diretamente ao Estado corrupto criando uma força paralela fascista para defender os interesses dos novos donos do poder, e organize uma resistência civil irrestritamente beneficiada pelo assistencialismo populista para impedir manifestações contra o governo.
3. Infiltre amplamente as instituições públicas e privadas com os militantes da revolução da canalhice comunista dando-lhes segurança e bem-estar no usufruto da segurança do empreguismo em troca de sua lealdade.
4. Compre as consciências do mundo corporativo civil com o suborno nas relações público-privadas e endivide o Estado sem limites para remunerar os fiadores capitalistas da destruição do país.
5. Utilize o populismo assistencialista para fazer da sociedade majoritariamente excluída, um refém dependente do Estado.
6. Esbanje sem limites o dinheiro público no fortalecimento da estrutura do Estado corrupto e prevaricador pagando altos salários e oferecendo mordomias para suas classes políticas, gerenciais, e executivas.
7. Promova o apodrecimento moral e ético dos Poderes da República, tornando o Congresso dependente das alianças políticas espúrias com o partido do governo e forme alianças com as diversas instâncias do Poder Judiciário para relativizar a aplicação dos códigos legais conforme os interesses do Poder Executivo e de seus cúmplices.
8. Promova o desarmamento civil e catalogue todos aqueles que possuam armas de fogo para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência a causa “revolucionária” da canalha da corrupção e da prevaricação.
9. Divida a população em grupos antagônicos incitando a defesa dos interesses da revolução petista utilizando o medo e a covardia da sociedade – refém da falta de cidadania – como instrumento de controle de movimentos sociais alternativos.
10. Assuma o controle da academia, do meio artístico e dos veículos de comunicação de massa com a força do poder financeiro e coercitivo do Estado sem limites de imoralidade ou falta de ética.
As grandes lutas ideológicas entre as concepções políticas de domínio do Estado no nosso país cederam lugar a uma luta pelo controle do poder público para impor a mais canalha associação de interesses comunistas e capitalistas para conseguir o domínio da sociedade através do controle de suas instituições, atendendo aos interesses da nova burguesia petista e das elites dirigentes públicas e privadas que têm explorado a sociedade há décadas.

Como bem escreve um dos poucos jornalistas do país que tem coragem e vergonha na cara, nosso país está sendo pós-graduado na cultura da sacanagem.
A corrupção, a prevaricação e a vagabundagem tem sido características dos Poderes da República ocupados pelos governos civis. A diferença entre o atual e os anteriores é que os disfarces acabaram e a sociedade organizada foi convencida, pelos atos do retirante Pinóquio, que ser vagabundo, hipócrita, canalha, corrupto, omisso e mentiroso, é a essência da atividade política. Sendo assim, vamos relaxar e gozar, e todos seremos iguais, deixando o país afundar no mar de lama da corrupção generalizada.



ESTOU VENDO TUDO......
Carlos Pinto
Jornalista

“Estou vendo tudo, estou vendo tudo,
fico calado faz de conta que estou mudo.”
(Zé Ramalho)

É incrível a capacidade do Governo Federal em conjunto com o Congresso, de criar e procriar crises e factóides. Nem bem se consegue debelar um acontecimento pouco edificante, e logo desponta outro ainda pior, num encadeamento típico de um roteiro cinematográfico. Todos os dias os veículos de comunicação nos informam de novas operações da Polícia Federal, efetuando dezenas de prisões, tendo cada operação dessas uma denominação. Uma ora é a “navalha” na carne dos fraudadores de obras públicas, para no dia seguinte darem um “xeque-mate” nos exploradores de máquinas caça níqueis, onde até parentes do Presidente aparecem como suspeitos, alem dos célebres compadres.

Enfim, a Pátria brasileira é enxovalhada diariamente nos comentários de toda a imprensa nacional e internacional, sem que nenhum desses malfeitores receba a punição necessária. Pelo contrário, tornam-se símbolos da impunidade, provando no dia a dia, que cadeia foi feita apenas para abrigar os três Ps: pobres, pretos e prostitutas. Gastam-se milhões de reais nessas operações, movimentando centenas de policiais, sem que o Judiciário conclua qualquer processo e encarcere por longo tempo, os acusados de fraudar a Lei. Os de QI mais alto ficam presos por algumas horas, enquanto os bagrinhos apodrecem no cárcere esperando a definição dos processos.

Do mensalão não tem ninguém na cadeia, dos golpes aplicados por fraudadores da previdência pouco se fala agora, porque um novo escândalo é produzido para abafar o anterior. E todos eles para tapar os olhos e ouvidos da população lesada, a um acinte maior que é o lucro excessivo da rede bancária do país. Alem da exploração efetuada através da cobrança de tarifas absurdas, sentem-se no direito de lesar os poupadores em função do malfadado Plano Bresser. O Bradesco, que no primeiro trimestre deste ano já apresentava um lucro de 1,7 bilhão de reais, após vinte anos apresenta como desculpa não ter tido tempo de ressarcir seus clientes poupadores. A Caixa Econômica Federal sai pela tangente alegando não ter funcionários disponíveis para efetuar os levantamentos necessários e também ressarcir os incautos e crédulos poupadores. O Governo, de acordo com o Ministro Guido Mantegna, estuda reconhecer essa dívida, o que é um acinte à nossa inteligência.

Com essa ajudinha governamental, e em função de planos econômicos fracassados, os bancos sonegaram 1. 900 bilhões de reais, numa demonstração clara de enriquecimento ilícito, lesando milhares de poupadores em todo o país. No final de maio a Defensoria Pública da União, entrou com uma ação cível pública na 15ª. Vara Federal de São Paulo, no sentido de que todos os poupadores prejudicados com o citado Plano Bresser, sejam automaticamente ressarcidos sem a necessidade de entrarem com ações individuais. Enquanto o povão lesado se diverte vendo senadores fritarem o Presidente do Senado em fogo brando, não percebem que essas crises e factóides acabam servindo de cortina de fumaça, para desviar a atenção da sociedade de assuntos de relevância como o acima mencionado.

É por essas e outras razões, que o país não anda, não se desenvolve, não cresce e a miséria aumenta, trazendo com ela a violência urbana. Isso me faz lembrar de um rap de Gabriel, o Pensador, quando coloca “que sou contra o enriquecimento do pobre, e o empobrecimento do rico.” Quem não quer perder os anéis, por certo acaba perdendo os dedos.

EXAME DA OAB PODE SER EXTINTO

O Exame de Ordem, requisito fundamental para que um bacharel em direito possa exercer a advocacia, pode estar com seus dias contados. Tramita no Congresso um projeto de lei que determina a extinção da prova. De autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), o projeto aguarda aprovação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado para ser encaminhado à votação na Câmara dos Deputados. Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a iniciativa é um retrocesso.

"Sou totalmente contrário e falo isso em meu nome e em nome da instituição que represento", disse Braz Martins Neto, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP. Segundo ele, atualmente, o exame é a única forma de garantir que os advogados que atuam no mercado são profissionais de qualidade.

De acordo com a OAB, hoje existem mais de mil faculdades de direito em todo o País, formando mais de 100 mil bacharéis ao ano. Desses, somente cerca de 30% são aprovados no Exame de Ordem a cada ano. "E isso não ocorre pela dificuldade da prova, mas pela falta de preparo desses graduados. A falta de estágio, formação deficiente e avaliação incorreta feita pelas faculdades causam isso", afirmou Martins Neto.

Em São Paulo, mais de 40 mil estudantes se formam em direito a cada ano, vindos das mais de 300 faculdades existentes no Estado. Em 2006, o índice de aprovação no Exame de Ordem foi de 20%, segundo a OAB-SP. "Em algumas edições, chegamos a aprovar apenas 6%", alertou o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP. "O exame tem de fazer o papel de vilão para avaliar de uma forma que não ocorreu na faculdade. Isso sem generalizar, porque existem ótimas faculdades de direito."

Para o senador Gilvam Borges, autor do projeto que determina a extinção do exame, a prova não necessariamente avalia a capacidade do bacharel. "Submeter-se a uma prova depois de estar formado não promove a melhoria no sistema de ensino. Nem prova se o bacharel está apto ao exercício da profissão. Ou seja, a prova não prova nada", afirmou ele, durante sessão no plenário, em maio deste ano.

"Não consigo entender porque as instituições de Ensino Superior podem formar médicos, pedagogos, engenheiros, economistas, sem que, para ingressar no mercado de trabalho, precisem realizar qualquer exame de ordem ou conselho, mas não possam formar bacharéis em direito em iguais condições", complementou o senador.

O Exame de Ordem tem três edições a cada ano e é dividido em duas etapas. Na primeira, os candidatos respondem a questões objetivas e precisam acertar pelo menos 50% para chegarem à próxima etapa. Na segunda fase, os bacharéis fazem uma prova prática e necessitam de pelo menos 60% de acerto para serem aprovados no exame.



Ateísmo Teórico e Marxismo
Por: Rivadávia riva.r@terra.com.br

CONHEÇA A 'GÊNESE', e descubra porque tanta raiva, ressentimento e ódio da 'jihad' ateísta contra as religiões e os que eles entendem por 'crentes'.

DESMISTIFICANDO O ATEÍSMO
Para se compreender o que significa ser Ateu de fato, é necessário conhecer algumas definições inicialmente, especialmente dentro de um contexto histórico apropriado. Ser Ateu, é erroneamente, entre outras falhas por simples ignorância ou má fé, associado a ausência de preceitos éticos e morais, alem de ser associado pejorativamente à condição de Marxista ( como se esta questão também fosse algo "herético" ). A ética e valores morais de indivíduos, até por uma questão de lógica, como a própria definição afirma ( de indivíduos ), não está associada a nenhuma religião ou crença em seres supostamente superiores. Logo, ser Ateu significa prezar pela ética e pela moral conforme seus próprios julgamentos e suas interações com a sociedade, sem considerar a existência de deuses e de suas supostas referências comportamentais (*).

O fato de indivíduos optarem pela racionalidade dos fatos, baseados em questões filosóficas, comprovações cientificas ou pelos simples fato de não se acreditar cegamente em algo que não foi ainda comprovado tecnicamente - e que em verdade jamais será comprovado - como a questão de uma suposta existência de um Deus, não necessariamente ser Ateu é ser comunista, mais precisamente Marxista.

Até por que historicamente, desde que homens inteligentes existem, sempre existiram Ateus, antes mesmo que Karl Marx nascesse e desenvolvesse sua metodologia cientifica de estudo da historia das sociedades, com enfoque a economia política. Até mesmo antes que Igrejas fossem criadas e Estados se tornassem teocráticos por forças econômicas e políticas, Ateus já existiam em grande número. Para se ter uma idéia de dados estatísticos, segundo pesquisas da ONU, existem atualmente mais de 1 bilhão de Ateus no mundo atual, aproximadamente 20% do contingente humano.

Em relação ao Marxismo, na realidade, para Marx, a religião, exceto como fenômeno histórico e social, não era muito mais do que uma historia da carochinha.

É dentro do contexto histórico da razão e do desenvolvimento do intelecto, que conceituo a questão Ateísta de forma sintética. Ser Marxista, não está associado a ser Ateu e vice versa, somente se considera que o desenvolvimento do intelecto, a compreensão da Historia e o desenvolvimento sustentado das sociedades, convergem naturalmente para a não crença em deuses.
(Ateísmo - do Grego a, 'não', e theos, 'deus')

O Ateísmo pode ser interpretado como uma visão de que não existem deuses. Há um senso comum amplamente adotado que denota simplesmente a não crença em Deus e é consistente com o agnosticismo. Um estrito senso denota a crença de que não existe nenhum Deus; este uso tem se tornado o padrão. Na Apologia Sócrates é acusado de ateísmo por não acreditar nos deuses oficiais de Atenas. Alguns distinguem entre ateísmo teórico e ateísmo pratico. Um ateísta teórico é aquele que conscientemente nega a existência de um ser supremo, por sua vez, o ateísta pratico pode até acreditar que um ser supremo exista mas vive como se não existissem deuses.

Marxismo - a filosofia de Karl Marx

O Marxismo, além de representar a filosofia de Karl Marx, pode ser interpretado como qualquer dos diversos sistemas de pensamento ou abordagem a critica social derivado de Marx. O termo também é aplicado, incorretamente, à certas estruturas sócio políticas criadas pelos dominantes partidos Comunistas durante a metade do século XX.

O próprio Karl Marx conheceu idéias de certos críticos franceses que invocaram o seu nome, e se observa que ele sabia pelo menos que não havia um Marxista. O fato que seu colaborador, Friedrich Inglês, se popularizou com seu maior interesse que Marx em ciências naturais, e além de ter vivido mais do que ele, escreveu, entre outras coisas, uma "dialética da natureza" que se aparentou descobrir determinadas leis naturais, que ajudou a aumentar a confusão.

Lênin, o líder da revolucionara Rússia Comunista, próximo do fim de sua vida descobriu previamente conexões não conhecidas entre o Capital de Marx ( 1897 ) e a Ciência da Lógica de Hegel e concluiu que os Marxistas por meio século não haviam compreendido Marx. Agendas políticas especificas de, entre outros, a facção Marxista dentro do Partido Democrático Social Alemão na virada do século, a facção Bolchevista dos socialistas Russos liderada por Lênin, e depois governos e partidos se declarando aliados aos "princípios Marxistas Leninistas", tem contribuído para re-interpretações. Por diversas décadas na União Soviética e paises aliados a esta, um amplo acordo envolvendo doutrinas fundamentalistas de Marx foram estabelecidos e politicamente obedecidos, resultando um uma versão doutrinaria rotulada "Marxismo Ortodoxo" e virtualmente assegurando a ampla rejeição do Marxismo como tal quando dissidentes ensinaram a aceitar esta versão como autentico Marxismo que se tornou poderoso.

Marx nunca escreveu uma exposição sistemática de seu pensamento, o qual de qualquer caso modificou drasticamente a ênfase ao longo do tempo e inclui elementos de historia, economia, e sociologia assim como mais considerações filosóficas tradicionais. Em uma carta ele especificamente alerta contra a consideração de sua historia do capitalismo ocidental como uma analise transcendental do supostamente necessário desenvolvimento histórico de qualquer uma e todas as sociedades em determinado período de tempo. É também algo paradoxal que o Marxismo é comumente identificado como um sistema "totalizador" se não "totalitário" por filósofos pós modernistas que rejeitam a teorias globais ou "grandes narrativas"como inerentemente invalidas. Entretanto, a evolução do Marxismo desde os tempos de Marx auxiliam a explicar esta identificação.

Este Marxismo "ortodoxo" colocaria forte ênfase no determinismo histórico - a inevitabilidade de certas seqüências gerais de eventos conduzindo à substituição do capitalismo por um sistema de economia socialista (no qual, de acordo com a formula de Marx, cada pessoa seria renumerada conforme seu trabalho) e eventualmente por um sistema comunista (renumeração conforme as necessidades individuais) - como previsto por Plekhanov. Na obra "O Papel dos Indivíduos na Historia", ele retrata idiossincrasias individuais como acidentais: ex., não teria Napoleão existido o curso geral da historia não teria se tornado diferente. Na obra "Materialismo e Empiriocriticismo", Lênin ofereceu um reforço epistemológico da noção que o Marxismo é a única verdadeira visão mundial através da defesa da teoria da "copia" ou "reflexo" do conhecimento de acordo a qual conceitos reais simplesmente espelham a realidade dos objetivos, que nem fotografias. Em outra ocasião, entretanto, ele argumentou contra o "economismo", a inferência que a inevitabilidade histórica da vitória comunista tornaria obvia o ativismo político. Lênin, ao invés, sustentou que, pelo menos sob as condições políticas repressivas da Rússia czarista, apenas um partido clandestino de revolucionários profissionais, atuando como a vanguarda da classe trabalhadora em seus interesses, poderia produzir mudanças fundamentais. Mais tarde, durante o longo reinado político de Josef Stalin, o hegemônico Partido Comunista da União Soviética foi identificado com o supremo interpretador destes interesses, assim justificando a regra do totalitarismo.

O assim chamado Marxismo Ocidental se opôs a esta versão "ortodoxa", mesmo considerando os escritos de um dos seus mais notórios pioneiros representantes, Georg Lukacs, que brilhantemente percebeu a conexão próxima entre a filosofia de Hegel e o pensamento inicial de Marx antes dos manuscritos não publicados que provavam esta conexão terem sido recuperados dos arquivos, atualmente tendendo a reforçar ambas as visões de que o partido encarna os interesses idealistas do proletariado e uma estética favorecendo a arte do "realismo socialista" acima de mais formas experimentais. Seu contemporâneo, Karl Korsch, em "Marxismo como Filosofia", ao invés viu o Marxismo como estando acima de todos os métodos heurísticos, apontando para o saliente fenômeno (ex: classe social, condição material) geralmente negligenciado por outros filósofos. Seu conselho foi de fato seguido pela Escola de Frankfurt de teoria critica, incluindo Walter Benjamin na área de estética, Theodor Adorno em critica social, e Wilhelm Reich em psicologia.

Uma inundação de "novos Marxismos" - os graus relativos de sua fidelidade ao pensamento original de Marx não pode ser medido aqui - desenvolvido, especialmente durante o despertar da gradual redescoberta da maior orientação ética, menos determinística que os primeiros escritos. Entre os nomes que merecem especial menção neste contexto, estão Ernst Bloch, que explorou a conexão Marxista com o pensamento utópico; Hebert Marcuse, critico da "dimensionalidade única" da sociedade industrial; a escola Práxis ** ( apos o nome de seus jornal e dentro da visão de suas considerações com as praticas de analise social ) dos filósofos Iugoslavos; e mais tarde Jean-Paul Sartre. E atualmente, muitos outros nomes dedicados ao estudo histórico e filosófico dentro da metodologia cientifica desenvolvida por Marx ( ex: Edmund Wilson, Eric Hobsbawn, Marshal Berman, Jose Arthur Giannotii ).

Simultaneamente com o declínio e queda de regimes nos quais o Marxismo ortodoxo foi oficialmente privilegiado tem havido recentes desenvolvimentos de novas abordagens, em menor grau conectados pela virtude de suas utilizações de técnicas favorecidas por filósofos americanos e britânicos, coletivamente conhecido como Marxismo analítico. Problemas de justiça, teorias de historia, e a natureza da teoria Marxista da "mais valia" (do inglês: valor excedente ) tem sido preocupações especiais destes escritores.

Mesmo que futuros Marxismos pareçam se distanciar ainda mais das próprias considerações especificas de Marx enquanto ainda compartilhem seu comprometimento na identificação e explicação, e critica as hierarquias de dominação e subordinação, particularmente aquelas de ordem econômica, na sociedade humana.

ATEÍSMO E SUA RELAÇÃO HISTÓRICA COM O MARXISMO

Ao rejeitar qualquer esforço muito laborioso para negar a existência de Deus, Engels parece julgar essa tarefa não só pouco convincente, como também uma perda de tempo. A posição agnóstica de conservar o espírito aberto em relação ao assunto ou de admitir Deus como uma possibilidade não provada não era de tipo a ser levada muito a serio por eles. Marx e Engels consideraram a Reforma como "revolucionaria" porque representou o desafio de uma nova classe ao feudalismo, mas também, a longo prazo, porque a derrocada da velha Igreja abria caminho para i,a secularização gradual do pensamento entre as classes alfabetizadas, passando a religião a ser considerada, cada vez mais, apenas como uma questão privada.

Marx escreveu em 1854, num ensaio intitulado "A decadência da autoridade religiosa", publicado como artigo de fundo do jornal New York Daily Tribune, que, a partir da Reforma, as pessoas alfabetizadas "começaram a livrar-se individualmente de todas as crenças religiosas": na França, como nos paises protestantes, a partir do século XVII aproximadamente, quando a filosofia conquistou seu lugar de maneira definitiva.

O deísmo era, a seus olhos, muito semelhante ao agnosticismo, uma forma cômoda de livrar-se de dogmas desgastados.

Por ter alarmado as classes superiores, a Revolução Francesa provocou uma transformação, grande mas superficial, e uma aliança explicita entre tais classes e as Igrejas, que as agitações de 1848 fizeram reviver. Mas esta era já, então, uma aliança precária, e a autoridade eclesiástica só era reconhecida pelos governos na medida em que isso lhes era conveniente. Marx ilustrou essa situação mostrando como, na Guerra da Crimeia, deflagrada em 1854, em que a Grã-Bretanha e a França tomaram o partido da Turquia, os cleros protestante e católico desses paises viram-se obrigados a orar pela vitória de infiéis contra cristãos. Isso , na opinião de Marx, faria de tais cleros, no futuro, ainda mais claramente, criaturas dos políticos.

Segundo Engels, os estrangeiros cultos que se transferiam para a Inglaterra em meados do século surpreendiam-se com a solenidade religiosa ainda encontrada entre as classes medias naquele país, mas as influencias cosmopolitas já estavam começando a se fazer sentir e a ter o que ele chamou de efeito civilizador em Sobre o materialismo histórico. A decadência da fé, que poetas como Tennyson e Arnold lamentaram com acentos patéticos, tocava-o pelo lado cômico.

Engels analisou o agnosticismo quanto à realidade da matéria ou de causacão, e foi dessa maneira que a expressão foi usada mais comumente pelos marxistas que vieram depois dele. Lênin, em particular, em sua polemica contra o empiriocriticismo (1908) Esforçou-se por sustentar que as novas idéias de Mach e de sua escola positivista não eram realmente diferentes das velhas idéias que haviam tido como origem com Hume e que Engels havia combatido como uma forma perniciosa de agnosticismo.

Admitir que nossas sensações tem origem física, mas tratar como questão aberta a possibilidade de que nos proporcionem informações corretas sobre o universo físico, era, na opinião de Lênin, apenas jogar com as palavras.

Por sua vez, com sua abordagem evolucionária da história, Georg Wilhelm F. Hegel, mostrava que o materialismo simples dos filósofos do século XVIII era inadequado: não bastava supor que o CRISTIANISMO e todas as outras religiões houvessem sido criadas por impostores (Engels, 1882). Era necessária, escreveu Marx, em 1844, na "Critica da filosofia do direito de Hegel: introdução", uma analise das condições e das relações humanas que tornavam as religiões indispensáveis a humanidade. A religião era uma expressão da imperfeita consciência de si do homem: não do homem como individuo abstrato, mas como homem social, ou ser humano coletivo. Era uma distorção do ser do homem, porque a sociedade era distorcida.
Em algumas das mais conhecidas palavras de Marx, a religião é definida como o coração de um mundo sem coração, o ópio - ou lenitivo - das massas sofredoras. O caminho para a felicidade real passa, assim, pela possibilidade que os levara a ansiar por esse substituto. A auto emancipação, acrescenta Marx, não é apenas desejável: é dever do homem realizar seu mais alto potencial, deitando fora tudo o que o mantém na imperfeição e na degradação.

Os primeiros socialistas da Europa Oriental estavam cercados por uma enorme população camponesa que, particularmente na Rússia, vivia mergulhada em profunda religiosidade, de um tipo peculiarmente supersticioso, que sempre estivera a serviço dos czares. A grande diversidade de outros cultos cristãos e de religiões não cristãs no império czarista complicava ainda mais a situação. Uma luta decidida contra toda a religião parecia essencial ao progresso. Daí a posição inflexível de Plekhanov em favor do mais rigoroso materialismo, e a sua admiração pelo que chamou de a mais fina flor do pensamento materialista, ou seja, os escritos dos filósofos do século XVIII.

Esse problema preocupou Lênin ainda mais. Engels havia advertido contra a loucura que seria tentar abolira religião pela força, como alguns membros blanquistas da Comuna de Paris queriam fazer ( "O programa dos refugiados blanquistas da comuna", 1874 ). Lênin concordava, mas sabia que a influencia religiosas não estava limitada a intelectuais pusilânimes, sendo encontrada também entre alguns trabalhadores, desanimados ante a energia cega do capitalismo que os ameaçava, cronicamente, com calamidades imprevisíveis. A religião deveria ser uma questão privada, disse ele, no que concernia ao Estado.

Um partido socialista, porém, não podia tomar a mesma atitude, mas isso não significava que aqueles que tinham crenças religiosas não pudessem participar do partido, se fossem também socialistas sinceros. O ateísmo não tinha lugar no programa partidário.

Como a influência da religião dependia do jogo das forças econômicas, a classe operaria não podia ser protegida contra ela por declarações, mas sim pela luta contra o capitalismo, e a unanimidade quanto a isso era muito mais importante do que a unanimidade quanto aos assuntos do céu (Lênin, 1909).

Pode haver uma certa diferença de ênfase na declaração de Stalin, em 1913, de que o partido devia defender a liberdade de crença para todas as comunidades, mas denunciar toda a religião como um obstáculo ao progresso ( Stalin, 1913 ).

Marx e Engels foram levados, por força de seu crescente interesse pelo mundo fora da Europa, a especular sobre outras religiões que não a cristã. A historia oriental, observou Marx, adquiria muitas vezes a aparência de uma historia das religiões (Carta a Engels, 2 de junho de 1853 ). Pode-se dizer, com efeito, que o marxismo, como Marx ao início de sua vida intelectual, encontrou na investigação histórica da religião uma de suas tarefas mais estimulantes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir, abstraindo questões muito mais complexas do comportamento humano, no que se refere a suas duvidas essenciais (de onde viemos, porque existimos etc), que ser Ateu é simplesmente não acreditar em deuses. O Ateu teórico esta ciente de que deuses não existem, e de forma analítica tentam compreender as questões filosóficas fundamentais sob a ótica da ciência e do que é plausível, sem recorrer a entidades fantásticas quando não se conhece a resposta para alguma pergunta importante. Quando não se conhece a resposta, o Ateu é partidário de que deve-se pesquisar mais ao invés de se render a uma crendice qualquer.

Também, ser Ateu, não é se dedicar ao estudo das bíblias judaico cristãs de forma a provar que não tem fundamento, pelo simples fato de Deus não existir. Partindo desta premissa, a bíblia judaico cristã passa a ser um livro rico apenas em passagens históricas, que como tal, devem ser estudadas, através de metodologias de estudos científicos e sociais.

Ser Ateu, não é professar uma religião, seita, ou filosofia orientada para negar a existência de deuses, e muito menos ser seguidor de determinada vertente política ou filosófica. Ser Ateu, é um estado de pensamento acima de qualquer consideração desta ordem, independente das posições que se assumem em relação à polarização clássica entre Capitalismo e Comunismo.

Ao se venerar autores confessamente Ateus e Comunistas - como José Saramago - que de forma brilhante escreveu livros memoráveis como "Memorial do Convento" e "Evangelho Segundo Jesus Cristo", não está a se criticar a figura de Deus, mas somente os homens que personificaram suas neuroses, vaidades, selvagerias, ignorâncias, na figura divina de um deus, cruel, vingativo, e que deve a todo custo ser temido, que tem sido a tônica das Igrejas ao longo dos séculos, como mero instrumento de dominação das massas e concentração de poder político e financeiro.
(*) "Não sei se Deus existe. Mas seria melhor para sua reputação que não existisse". Jules Renard

Práxis - A expressão Práxis refere-se, em geral, a ação, a atividade, e, no sentido que lhe atribui Marx, à atividade livre, universal, criativa e auto-criativa, por meio da qual o homem cria (faz, produz), e transforma (conforma ) seu mundo humano e histórico e a si mesmo; atividade especifica ao homem, que o torna basicamente diferente de todos os outros seres. Nesse sentido, o homem pode ser considerado como um ser da práxis, entendida a expressão como o conceito central do marxismo, e este como a "filosofia" ( ou melhor, o "pensamento") da "práxis".

[A palavra é de origem grega, e de acordo com Lobkowicz, "refere-se a quase todos os tipos de atividade que o homem livre tem possibilidade de realizar; em particular, a todos os tipos de empreendimentos e de atividades políticas". Do grego , a palavra passou ao latim e, deste, à línguas européias modernas. Antes de ingressar na filosofia, era usada na mitologia grega como o nome de uma deusa bastante obscura e em vários outros sentidos. ]
http://paginas.terra.com.br/arte/sarmentocampos/Ateismo.htm

BOLSONARO COBRA REAJUSTE PARA OS MILITARES

COMUNICADO Nº 169

Brasília, DF, 5 de junho de 200710 de Junho -

Parabenizo os Artilheiros pelo seu Dia. A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional - CREDN,aprovou requerimento nº 48/2007, de minha autoria, que convoca o Ministro da Defesa - Waldir Pires - para prestar esclarecimentos sobre a remuneração dos integrantes das Forças Armadas e, em especial, sobre a MP nº 2215 que acaba de completar 6 anos e 5 meses sem ser votada.

Abstenho-me de comparar nossa remuneração/proventos com outros servidores das Carreiras Típicas de Estado que, segundo dados do Ministério do Planejamento, percebem até 3 vezes mais que os militares da União.

Longe de querer criticar, apenas como sugestão aos atuais e futuros Oficiais Generais das Forças Singulares, creio que os mesmos deveriam ter a iniciativa, mesmo a contragosto, de comparecer periodicamente ao Congresso Nacional para expor os problemas enfrentados pelas Forças, bem como dar ciência do brilhante trabalho desenvolvido nos 4 cantos do nosso Brasil pela Marinha, Exército e Aeronáutica.

Nos meus 16 anos de Câmara dos Deputados, esses militares só têm comparecido quando são convocados ou convidados para Sessões Solenes, o que é muito pouco, ou melhor, quase nada. Pode-se conferir qualquer adjetivo ao Congresso; no entanto, por aqui passa o destino da nossa família - local onde se ganha ou se perde qualquer guerra. Atribuímos a nossa missão de guerra como justificativa às agruras que vivemos em tempos de paz.

No dia 1º de Junho, em solenidade antecipada pelo Dia da Artilharia, mais de 300 militares da ativa e reserva ouviram, de um ex-Chefe do então EMFA, que - "nós militares vivemos de ideais, não precisamos de conforto, e sim de motivação para cumprir a missão" - configurando a negação das necessidades básicas da família militar.

Nosso cadastro de e-mails atinge 38.000 militares, inclusive no Haiti, onde estive recentemente (veja fotos<http://www.bolsonaro.com.br/jair/fotos/10/> ). Enquanto produzimos segurança, o Poder, ao qual servimos, avança sobre nós porque continuamos omissos e mudos.

No Colégio Naval (Angra dos Reis-RJ), por imposição da Justiça local, os alunos, por serem menores de 18 anos, não podem atirar. Na mesma linha, a Escola Naval, por interpretação do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, não aceita a matrícula de menores. Nosso recruta recebe bruto R$ 207,00 e um soldado engajado, por ser menor de 21 anos, não pode dirigir viatura de 2 ¹/2 ton e, em conseqüência, sequer formamos uma reserva em sua plenitude. As demissões (a pedido e ex oficio) de oficiais e praças de carreira são centenas todos os anos. Na consciência e na iniciativa de cada um de nós o bem estar de nossas famílias e o futuro do Brasil.

JAIR BOLSONARO - Cap R/1

VISITE NOSSA PÁGINA: http://www.bolsonaro.com.br/




BANT reúne oficias da reserva das três Forças

Cerca de 100 Oficias da reserva das Forças Armadas Brasileira, residentes na região de Natal-RN, se encontraram em almoço de confraternização na Base Aérea de Natal (BANT), no dia 1° de junho.

É o encontro entre as gerações que construíram e as que continuam construindo as Forças Armadas. É um ato de união, demonstrado no nosso lema: “Nossa Força vem da União da nossa gente”, comentou o Comandante do Segundo Comando Aéreo Regional (COMAR II), Major-Brigadeiro-do-Ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro. Em discurso, ele destacou a importância, o respeito e a gratidão pelos oficiais da reserva, elogiou a iniciativa da BANT e disse que pretende estender esse tipo de evento para as demais bases aéreas do Nordeste.

O organizador do encontro, Coronel R/R do Exército Albérico Andrade, contou que Natal tem uma comunidade expressiva de oficiais da reserva das três Forças. A confraternização tem a finalidade de manter os laços de união com os oficiais da ativa. De acordo com ele, é também uma forma de se reviver o passado, a oportunidade para contar os causos e encontrar os antigos companheiros. “É ótima a presença dos comandantes. Nos sentimos prestigiados e apoiados”, disse.

O Coronel R/R da FAB, Henrique Fontenelle (que, antes que perguntem, não é meu parente e nem mesmo conhecido), coordenador do encontro dos oficiais da Aeronáutica, disse que as reuniões já acontecem há cerca de 10 anos e que o número de participantes vem crescendo a cada encontro. Em Natal, a Aeronáutica tem cerca de 300 oficiais da reserva. O Exército também, junto com a Marinha somam aproximadamente 800 militares. Os comandantes da BANT, da Primeira Força Aérea (I FAe), do comandante da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada e o Chefe do Estado-Maior do 3° Distrito Naval também participaram do evento.



CAVALO DE TRÓIA

http://brasilacimadetudo.lpchat.com/

(OI/Brasil acima de tudo)
Do Observatório de Inteligência



Qual a diferença entre as fotos? Difícil dizer? Salve cada uma delas com um nome diferente. Verifique o tamanho dos arquivos. Et voilá! Um tem 17k, o outro tem 30k. Como isso?

A foto à direita tem incluída uma linha de programa que remete a um texto chamado "Manifesto dos Professores", um documento de adesão contra o voto eletrônico sem impressão. Não, não tem como ver. Para isso é necessário um programa, muito fácil de conseguir. Pode ser baixado em http://paginas.terra.com.br/lazer/fredigiesbrecht/Paginas/Adendo.htm. Depois de instalá-lo você poderá abrir as duas imagens e verificar o que está dentro da segunda. A senha é alerta.

Adendo é um programa que permite esconder mensagens, arquivos ou pastas dentro de imagens. Desenvolvido para proteger dados, caso alguém resolva "bisbilhotar" seus arquivos.

Há algum tempo atrás, existia uma teoria de que as fotos dos candidatos na urna eletrônica poderiam levar um código secreto capaz de modificar os resultados das eleições. Naquela época parecia teoria da conspiração, mas era perfeitamente possível para quem conhecesse mais a fundo a codificação de imagens. Como isso poderia funcionar? Simplesmente colocando uma única linha de código em algum dos milhares de programas que compõe a urna, com a função de desviar o curso do programa para uma rotina dentro de uma foto do candidato. Toda a lógica da fraude estaria no código escondido dentro da foto. Depois de efetuada a fraude, essa rotina devolveria o controle para o programa da urna, na linha seguinte à do desvio.

Esta hipótese era perfeitamente viável naquela época, como o é hoje. A diferença é que hoje está disponível na internet. Não existe mais segredo. Imagine que Angelina Jolie fosse candidata a prefeita de uma cidade aqui no Brasil, e que ela tivesse um esquema com um programador que tenha acesso às urnas. Num dos programas do TSE basta a inclusão de uma única linha de código, e na foto da candidata uma simples rotina que, por exemplo, a cada voto dado a ela some 2 em vez de 1, e subtraia 1 de um outro candidato. Está feita a fraude, elege-se um prefeito. Você dirá: se alterar o programa do TSE será fácil pegar. É verdade, à condição que algum fiscal saiba fazer uso do programa de verificação da assinatura digital, e que ele efetivamente o faça nas urnas dessa cidade. Sabe-se, contudo, que isso não acontece.

Agora, imagine que um programador do TSE incluiu esta linha em algum dos milhares de programas da urna. Uma linha dessas passa despercebida pelo chefe dele, pelos seus colegas, por qualquer perito em informática, por qualquer auditoria do tipo que o TSE permite. É uma linha que não faz nada, como centenas de outras que passam despercebidas. Os programas estão abertos aos fiscais, que nunca encontrarão nada de suspeito. E então essa linha de código está em TODAS as urnas no Brasil inteiro, em todas as eleições. Alguém pode garantir que isso já não tenha ocorrido em sua cidade, em qualquer das eleições desde 1996? NINGUÉM pode!

GREVE MILITAR

Pelo Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva
do site: Ternuma Regional Brasília - http://www.ternuma.com.br/


Ouvi, estarrecido, no noticiário da TV GLOBO, que uma medida provisória, com a concessão de uma gratificação para controladores de vôo, estaria pronta. Mas só seria enviada ao Congresso, quando fossem resolvidos os problemas com o pessoal envolvido. Cessados os atrasos, retornando os sargentos ao chão de fábrica, digo, aos consoles de controle considera-se que está tudo bem e o governo lhes concede um abono. Em suma, poder-se-á dizer que a primeira greve militar foi bem sucedida e, por isso, deve-se esperar que outras venham a eclodir.
Se, na gloriosa Força Aérea Brasileira, dá-se destaque a uma de suas especialidades, como agir quando outras também resolverem parar de executar suas missões em busca do mesmo aumento salarial? Lembro-me de que, nas manifestações das esposas de militares realizadas na Esplanada dos Ministérios, com vistas a reajustes de vencimentos, havia uma faixa que dizia mais ou menos assim: “Voar é fácil, fazer voar é que é difícil.” Parecia um recado aos senhores oficiais aviadores de seus mecânicos, por meio de suas esposas de orçamentos apertados. E se a coisa se alastra para os também gloriosos Exército Brasileiro e Marinha do Brasil? Assistiremos, então, à instalação da anarquia nas Forças Armadas Brasileiras. A quem interessa essa anarquia é trabalho para os órgãos de inteligência das três forças.
Se fizermos um retrospecto de fatos já consumados, evidencia-se que, desde o governo do marxista arrependido FHC, o desgaste imposto aos militares vem num crescendo indisfarçável a começar pela criação do Ministério da Defesa. Analisem-se os ministros nomeados e chega-se à conclusão de que nenhum deles teria condições mínimas para ocupar a pasta. Passou-se a falar, então, nas nefandas indenizações para notórios criminosos e maus patriotas, que tentaram implantar o regime comunista no Brasil. E, do falar, chegaram aos juristas esquerdinhas, aos caçadores de ossadas, aos interessados em patrocínio de causas milionárias, aos muitos milhares de perseguidos e aos bilhões de reais das indenizações. Houve até um humorista que disse que a comunada não queria fazer revolução, mas investimento, isso sim...
Contra elas, ao que me lembre, nenhuma reação oficial das Forças Armadas. A exoneração de um Comandante da Força Aérea por ter dito que, se havia algo contra o Ministro da Defesa, devia ser feita a investigação, foi absorvida sem traumas por sua gente, embora todos soubessem que ele estava certo no que expressara. A absorção também foi tranqüila nas forças irmãs. Sucederam-se inúmeras outras demonstrações de desapreço dos governantes e de seus próximos. Inesquecível foi o bocejo da Sra. Ruth Cardoso, em uma parada de 7 de Setembro, como a retratar seu tédio por estar ali vendo aqueles “gorilas” passarem... Condecorações distribuídas, dentro da linha de “convivência dos contrários”, eram retribuídas como o não comparecimento para recebê-las.
O discurso do Presidente da República chamando oficiais-generais de “bando” não causou estranheza a nenhum deles e nem se soube de reação no âmbito das forças. O episódio das falsas fotografias do Herzog, que resultou em determinação para um pedido público de desculpas por parte do Comandante do Exército, é tão deprimente que nem merece comentário longo. Contingenciamento de dotações orçamentárias e até mesmo de recursos descontados dos militares para seus fundos de saúde, causando transtornos à administração e constrangimento ao moral dos efetivos, foram e são constantes.
Alimentação, peças de reposição, fardamento, armas e munições, um sem fim de carências. Pálidos discursos para ouvidos deliberadamente moucos... Aí, então, a esquerda canalha e revanchista encastelada no poder deduziu: “Esses caras não são de nada! Vamos em frente.” O primeiro teste foi contra um coronel reformado, heróico combatente de terroristas em São Paulo. Processado para que um tribunal o declare, oficialmente, como torturador, ele apelou para seu Comandante e a resposta é que nada podia ser feito porque a coisa estava na Justiça. Outras agressões e desfeitas, até chegar à suprema desfaçatez de glorificar o desertor assassino Carlos Lamarca. Nem adianta mais comentar, tantas foram as manifestações contrárias nos meios de comunicação e até no Congresso Nacional. Só não as vimos nas Forças Armadas.

Assim, de recuo em recuo, de baixar a cabeça, de aceitar o que vier, em nome de uma disciplina e de uma lealdade incompreendida por desleais, chegamos à indisciplina do motim. Ou alguém acha que os de menor patente não sentem que lhes falta comando. Ou alguém acha que um aspirante-a-oficial do Exército está contente, sabendo, pelas tabelas divulgadas pela Internet, que ganha menos do que um soldado (isso mesmo, um soldado) da Polícia Militar de Brasília. Diga-se de passagem, uma boa polícia e paga pelo Governo Federal, o mesmo que remunera o aspirante.
Quando o Presidente da República mandou o Ministro do Planejamento e uma funcionária da Casa Civil negociar com controladores amotinados, o Comandante da FAB devia ter saído. Não o fez. Agora, agüente as conseqüências. Quando o Presidente da República exigiu, em curtíssimo prazo, que lhe apresentassem soluções para que não se repetissem os apagões e ninguém lhe deu bola, ele devia ter saído ou exonerado todos os que não obedeceram. Não o fez. Agora, agüente as conseqüências. E o povo? Como a maioria optou pelo desgoverno e pelos escândalos dos primeiros quatro anos petista, agora agüente as conseqüências.

CURTINHAS DO CLÁUDIO HUMBERTO
Todas são importantes links para quem sabe o que está por trás do que parecem ser simples notinhas informativas sobre fatos isolados.
Mossad monitorou Jamil, da Xeque-Mate
O serviço secreto israelense Mossad acompanhou de perto o foragido ex-deputado Gandi Jamil, um dos peixes grandes do jogo ilegal, envolvido na Operação Xeque Mate. Gandi e seu irmão Fahd, acusados de chefiar o contrabando e o tráfico de drogas no Mato Grosso do Sul, eram suspeitos de facilitar a fuga de terroristas iranianos que explodiram o prédio da associação israelita AMIA, em 1994, matando 85 em Buenos Aires

O elo entre Lula e Servo
Um empresário do Paraná, Valter Sâmara, apresentou em abril de 2002 o presidente Lula a Nilton Cezar Servo, apontado pela Polícia Federal como chefe da máfia dos caça-níqueis. Notário em Ponta Grossa (PR), Sâmara disse que hospedou Lula várias vezes em sua casa. Segundo Silvia Pfeiffer, fornecedora de serviços, ele sugeriu a ela procurar Mônica, secretária de Lula, para tratar de qualquer coisa na Infraero, em troca de 10% para o PT.

Assim, ó
As flores, o carinhoso cartão e um e-mail, revelados no Conselho de Ética, desmentem a jornalista Mônica Veloso, que negou à revista Veja ser amiga de Cláudio Gontijo. Eram muito amigos.

Bancada
Pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral mostra que a campanha de grande parte dos senadores do Conselho de Ética foi financiada por empreiteiros.

Marina na ESG
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) é esperada quinta (21) na Escola Superior de Guerra para explicar o impasse entre restrições ambientais e desenvolvimento econômico.

Jantar a dois
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) jantou a sós, no Rio, com o megainvestidor George Soros, que o surpreendeu elogiando o cocaleiro Evo Morales. Ao final, o senador tentou pagar a conta, mas Soros não deixou.

Entrando numa fria
Depois de pedir aos venezuelanos doação de geladeiras, o ditador Hugo Chávez agora ameaça de confisco os produtores de leite. Pelo jeito, não quer saber de geladeira vazia.
Devastação gramscista
Em 04 de junho de 2007
O autor é cineasta, jornalista, escritor e ex-Secretário Nacional da Cultura
© 2007 MidiaSemMascara.org - http://www.midiasemmascara.org/

Resumo: A “guerra de posição” de Gramsci não subestima a “guerra de movimento”, que envolve a violência das armas. Mas prefere ter como arma a incessante manipulação de aulas, discursos, palestras, livros, noticiário da imprensa, filmes, novelas, shows musicais, peças teatrais, para chegar, afinal, por outros caminhos, ao velho regime comunista

Prosseguindo no exame do panorama político-ideológico predominantemente esquerdista que se abate sobre a vida cultural brasileira, há que se destacar a presença do pensamento de Antonio Gramsci, seguramente mais eficiente do que as ações do Djanovismo soviético e da Escola de Frankfurt na criação das “condições objetivas” para se chegar a um “outro mundo possível” - vale dizer, estabelecer por aqui uma sociedade comunista. Para quem não sabe, Gramsci foi o secretário-geral do PC italiano que Benito Mussolini, em 1926, instituindo o “tribunal especial para a defesa do Estado”, condenou a 24 anos de prisão, depois de considerá-lo um “cérebro perigoso”.

Confinado na penitenciária de Turi (na província de Bari, Puglia) Gramsci - cujo pai, Francesco, foi condenado a 5 anos de prisão por peculato e extorsão - arquitetou, em 33 cadernos escritos no cárcere, o mais diabólico esquema estratégico para a tomada do poder pelos socialistas em geral e os marxistas em particular. Com efeito, embora fugindo à estratégia de assalto direto ao poder preconizado por Lenin, cujo cerne é a violência revolucionária, os objetivos gramscistas sãos os mesmos de Marx, Engels, Lênin e Fidel Castro, qual seja, destruir o capitalismo para firmar o “Estado Regulado”.

De fato, com Antonio Gramsci – “Il Gobbo” (“O Corcunda”) - a “transição para o socialismo” ganharia novos contornos estratégicos: ao invés da “guerra de movimento” instituída por Lenin, os socialistas ocidentais, em face do fracasso da revolução bolchevique fora da Rússia, apelariam para a “guerra de posição”, metódica e segura, a ser conduzida pelo “intelectual orgânico” com o respaldo da “sociedade civil organizada”. O objetivo, a longo prazo, seria a defenestração da burguesia e suas instituições de poder mas, agora, pela via da “revolução passiva”. Em vez do Estado burguês, a hegemonia do Estado passaria às “classes subalternas”.

Para administrar as sucessivas crises fomentadas no Estado democrático tradicional - uma condicionante fundamental na estratégia da “transição para o socialismo” -, Gramsci aponta como obrigatória a organização das “classes subalternas” a partir da mobilização de “aparelhos privados de hegemonia” - estes, considerados alicerces básicos para a formação da nova Sociedade Civil. Por “mobilização de aparelhos privados de hegemonia”, o teórico comunista compreende as distintas ações subversivas do partido-classe, sindicatos, associações, organizações não-governamentais (ONGs), etc., todos atuando para minar as “trincheiras” e os núcleos de “defesa” da sociedade capitalista.

Caberia ao intelectual “orgânico” o papel de buscar a adesão da sociedade civil pela penetração cultural e a detonação da guerra psicológica contra as instituições representativas do parelho hegemônico do Estado democrático tradicional. Na sua lógica “transformadora”, Gramsci considera todo mundo como intelectual, deste o sapateiro até o escriturário, passando pela enfermeira, etc., a formar, no fundo, a massa de manobra para servir de pasto à manipulação ideológica esquerdista.

O intelectual “orgânico”, na nova estratégia revolucionária, deve conquistar, entre os demais integrantes da sociedade, a adesão do “intelectual tradicional” (burguês), desde que este aceite o papel preponderante do partido-classe - o “príncipe moderno”, na linguagem cifrada de Gramsci - como dirigente e formador do novo “consenso”, objeto final da “guerra de posição”, a etapa avançada de mobilização na “transição para o socialismo”.

(O que venha a ser partido-classe, o próprio Gramsci, nas suas “Notas sobre Maquiavel”, assim o define: “O moderno Príncipe desenvolve-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que o seu desenvolvimento significa, de fato, que todo o ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio príncipe moderno e serve ou para aumentar o poder ou para opor-se a ele. O príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costume” ).

Para estabelecer o “consenso”, o gramscismo labora dia e noite na imposição de um novo senso comum, o conjunto de valores, crenças, costumes, tradições e o modo de pensar prevalecente no seio da sociedade tradicional. A concepção monstruosa do corcunda pretende nulificar o ser humano para, em seguida, por “dentro”, dar-lhe nova formatação, gerando assim uma espécie de Frankstein coletivo.

Hoje, não há como negar, a sociedade brasileira já sofre os efeitos deletérios da estratégia gramsciana para chegar ao governo hegemônico das “classes subalternas”. Facções de organizações não-governamentais, partidos políticos, setores universitários, meios de comunicação em geral, as artes, produção editorial, a igreja, a justiça, o governo, etc. - juntos na tarefa ingente de formar o “consenso” antes do bote final -, desmontam os valores culturais do Brasil tradicional, rearticulando novos conceitos de sociedade nacional (“sociedade civil”), de cidadão (“cidadania”), de opinião individual (opinião coletiva “politicamente correta”), de legalidade (“legitimidade”), etc., numa lavagem cerebral sem precedentes na história da nação.

A “guerra de posição” de Gramsci, claro, não subestima a alternativa de, no momento oportuno, se associar à “guerra de movimento” preconizada por Lênin, que envolve a violência das armas. Mas prefere, em vez disso, ter como arma a incessante manipulação de aulas, discursos, palestras, livros, noticiário da imprensa, filmes, novelas, shows musicais, peças teatrais, para chegar, afinal, por outros caminhos, ao velho, totalitário e criminoso regime comunista.






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