Escrito por Josias de Souza
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), hoje senador, tornou-se obcecado pesquisador do esforço armamentista de Hugo Chávez. Vem vociferando contra o perfil belicista do presidente da Venezuela desde o ano passado.
Sarney situava na casa dos US$ 4 bilhões os investimentos de Caracas em armas. Nesta segunda-feira (3), ele atualizou sua contabilidade. Disse que, entre aquisições e encomendas, Chavez já investiu US$ 7,1 bilhões em equipamentos bélicos.
Até o Brasil freqüenta a lista de fornecedores de armas de Chávez. Vendeu-lhe, segundo Sarney, um lote de pistolas 9 mm. De resto, o líder da auto-proclamada Revolução Bolivariana serve-se radares de defesa aérea da China; veículos de transporte de tropas, helicópteros de ataque, rifles, caças, radares e submarinos da Rússia. Os russos estariam também modernizando caças adquiridos por Chávez no Irã.
“A sedução da força é grande e não leva a bons resultados”, diz Sarney. “Que necessidade tem um país do nosso continente de armar-se dessa maneira? Para quê? Contra quem? Qual é o objetivo? Não é outro senão o de constituir uma ameaça ao Continente.”
Como evidência de suas preocupações, Sarney recorre ao conflito entre Colômbia e Equador, iniciado no final de semana. “A primeira reação de Chavéz ao incidente não foi a de negociar uma solução pacífica”, lamenta o ex-presidente brasileiro. “Chávez disse: vamos mandar divisões blindadas para fronteira. Outro dia, ele já havia declarado que, se houvesse algum problema na Bolívia, mandaria tropas para lá. Temos que nos unir contra isso.”
A crise entre Equador, Colômbia e Venezuela, detonada pela morte de 17 guerrilheiros das Farc, entre eles Raúl Reyes, segundo homem da guerrilha, ganhou o mundo.. Muita gente veio ao meio-fio para dizer algo. Do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon –“Estou preocupado”—ao ex-ditador cubano Fidel Castro –“Se ouvem com força" na América do Sul "as trombetas da guerra, em conseqüência dos planos genocidas do império ianque."
Em Brasília, a arenga diplomática foi o tema principal da reunião de coordenação política, No Planalto . O chanceler Celso Amorim, que passara o domingo grudado ao telefone, relatou a Lula e a outros ministros as informações que recolhera em contatos com as chancelarias do Equador e da Colômbia. A pedido do presidente, Amorim prepara uma manifestação oficial do governo sobre o problema.
De resto, informou-se que Lula conversará, pelo telefone, com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Busca uma maneira de atuar como mediador de uma solução conciliatória. Já contactou também os presidentes Uribe, da Colômbia, e Correa, do Equador.
Acusado de ter invadido o território do Equador para aniquilar os guerrilheiros das Farc, o governo da Colômbia foi ao contra-ataque. Pede explicações ao gabinete equatoriano de Rafael Correa acerca de suposta proteção de Quito à guerrilha colombiana.
Assessores de Uribe dizem ter pescado documentos comprometedores em três computadores apreendidos no ataque aos guerrilheiros. O conteúdo de dois desses papéis apontam para a existência de vínculos entre Equador e as Farc.
Os documentos (leia aqui e aqui foram veiculados pelo jornal colombiano "El Tiempo". Mostram que o guerrilheiro Reyes, morto no ataque de sábado, teria se reunido com Gustavo Larrea, ministro da Segurança do Equador. No encontro, expôs o interesse de oficializar relação das Farc com o Equador.
Há ainda nos textos indicações de que se agendava uma conversa de representantes da guerrilha com o presidente equatoriano . Não é só: a inteligência colombiana sustenta que o conteúdo dos laptops apreendidos com a guerrilha demonstra que o compañero Chávez repassou às Farc a bagatela de US$ 300 milhões.
Sarney lembra que, quando presidiu o Brasil, foi surpreendido pela presença de “uma coluna de guerrilheiros das Farc no Norte do Brasil”. Deu-se no primeiro mês de sua gestão. Determinou que fossem expulsos. “Mandamos o Brasil dar um sinal de que jamais admitiria que seu território fosse transformado em santuário de qualquer aventura que se desenrolasse em países do Continente.” Desde então, diz Sarney, nenhum presidente brasileiro, nem mesmo Lula, “permitiu que o Brasil servisse de abrigo para guerrilheiros ou rescaldo de lutas internas de outros países.”
COMENTÁRIO de Rebecca Santoro:
Sarney finge que não sabe da participação de seu colega Luiz Inácio na fundação, na manutenção e no total apoio ao Foro de São Paulo. Finge não saber que todos os governantes comprometidos com este Foro governam pela e para a União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas, à revelia do povo e da nação independente que existe em cada um dos territórios por estes senhores governados. Finge não saber que tais governantes chegaram ao poder pelo financiamento das esquerdas transnacionalistas espalhadas pelo mundo. Finge não saber, também (e isso um dia virá a público como uma grande surpresa!) que bases sólidas da Jilhad (a guerra santa muçulmana contra o mundo ocidental) já estejam por nosso território espalhadas, inclusive, tendo representantes de vários grupos terroristas anti-americanos participando, como "convidados", dos encontros do For de São Paulo. Finge não saber, igualmente, que as FARC (FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS COMUNISTAS - SIM, ESTE É O VERDADEIRO NOME DO GRUPO, QUE APROVEITOU QUE COLÔMBIA COMEÇA COM "C" PARA DISFARÇAR SUAS REAIS INTENÇÕES, MUITO BEM EXPLICADAS EM SEU NOME VERDADEIRO) aqui no Brasil, não precisam de bases próprias (com seu nome, digo), pois contam com a cobertura de instalações do crime organizado, principalmente no RJ e SP, e com as do MST, MLST, VIA CAMPESINA, espalhadas por todo o país.
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